Lightyear | Crítica: Uma aventura infinitamente divertida e que vai além

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Bem não é de hoje que a Disney tenta preparar o publico para o que vai ser o filme do Lightyear (2022) e que filnalmente chega nos cinemas depois de uma extensa passagem da Pixar com produções que foram lançadas diretamente no Disney+.

Assim, levou um tempo para tudo isso acontecer. Foi apresentar o conceito da ideia muito tempo antes num mega painel on-line, foi chamar um ator queridinho do público como Chris Evans para ser a voz do personagem, e fazer uma campanha de marketing que tivesse tempo para ambientar o público para o que seria de maneira geral o longa e o que os fãs poderiam esperar.

E com Ligthyear fica claro o motivo que essa nova animaçao do estúdio é uma para se ver
nos cinemas. O tom espacial deixam Lightyear com o um jeitão especial. O que temos aqui é uma historia dentro de uma historia sobre um personagem que já conhecemos há anos, e uma que mostra o motivo que fez o seu dono gostar tanto dele que ganhou de presente sua figura em forma de boneco.

Com Lighyear, a Pixar aposta na metalinguagem para contar essa historia que faz uma, infinitamente divertida e que vai alem dos últimos lançamentos do estúdio. Lightyear tem jeitão de produção de ficção científica que marcou gerações como Star Wars,
mas ainda digo mais, Lightyear se assemelha muito mais com o novo blockbuster
queridinho de Hollywood: Top Gun: Maverick que olha só é baseado/uma continuação de
um filme tambem que marcou época mesmo na mesma época que Star Wars aconteceu.

Ao colocar a figura de Buzz Lightyear como o patrulheiro especial que deu origem para o
boneco que amos na franquia Toy Story, a Pixar trabalha com duas frentes: uma de
apresentar o personagem para uma nova geração e a outra de agraciar os espectadores
antigos do patrulheiro com uma nova e inédita história, mesmo que no final das contas não
seja bem dele e sim de digamos de alguém super parecido.

O longa é divertido, tem humor, tem passagens extremamente bacanas, mas também fico
na dúvida se vai funcionar com as crianças fora do quesito, lutinhas espaciais, cores
intensas pipocando em tela, e as perípécias que o gato SOX faz e que roubam as cenas da
animação. Sem dar muito spoilers sobre a trama em si, sinto que a história aqui contada
acaba por entregar uma um pouco mais cabeçuda e cheia de conceitos díficies para o
público alvo do estúdio.

Mas também fica claro que Lightyear continua a mirar e seguir a linha das últimas produções do estúdio, seja da Disney com Frozen 2 e Encanto ou da Pixar com Soul nos últimos tempos. Ao colocar Buzz Lightyear (voz de Chris Evans no original e Marcos Mion na versão nacional) r como o líder de uma missão o que fará o time de patrulheiros finalmente sair do planeta que eles estão presos, a trama joga toda a responsabilidade para cima do personagem.

E a questão da viagem espacial que o faz avançar anos no futuro e pular diversas etapas dessa construção de comunidade que a frota, mostra que o personagem tem muito que aprender.

A relação de Buzz com a Comandante Alisha Hawthorne (voz de Uzo Aduba no original) e tal viagem é o que molda os primeiros momentos do longa e entregam passagens muito
interessantes em termos de construção de personagem pelo fato que esse Buzz vê na colega como uma igual.

As coisas mudam quando Buzz precisa, já lá muito no futuro, ter que lidar com personagens de recrutas que ele nem viu nascar pois estava por alguns minutos voando por ai, e agora ele de volta, se torna seu novo mentor/ professor. O fato que a astuta Izzy Hawthorne (voz de Keke Palmer no original), o medroso Mo (voz de Taika Waititi no original) e fora da lei Darby (voz de Dale Soules no original) não estão prontos ainda estarem nessa missão rebelde que Buzz ainda tenta concluir faz com o que o filme seja uma história de amadurecimento em via dupla para todos os personagens envolvidos.

Assim, o longa coloca Buzz, o gato SOX, e esse novo time de desasjutados, uma coisa um pouco como a animação Star Wars, The Bad Batch para buscarem formas de combater a ameaça que
cerca o lugar que eles vivem: os robôs perigosos liderados pelo seu chefe do mal, o Zorg sem que o comandante Burnside (voz de Isiah Whitlock Jr. no orignal) saiba.

Lightyear então deixa um pouco o campos das ideias e parte para o campo da ação, onde
os barulinhos de laisers, robôs do mal, e o gato SOX com seus planos mirabolantes
aumentam o escopo da história mesmo que o relacionamento que esse grupo desenvolve e é
o que dá a sustância para o filme efetivamente deixar de ser apenas isso e realmente vai além para contar essa história que envolve esses personagens. Se preparem para algumas reviravoltas.

Se a figura desse Buzz pouco lembra o atrapalhado e bonachão boneco que deu as caras
na animação e que vivia um conflito de ser um herói ou um brinquedo, aqui em Lightyear ele
está na busca ainda de se transformar no arqutipo de personagem que foi idolatrado pelo Andy através do boneco de ação apresentado lá nos anos 90.

Talvez dentro do conceito, dentro da ideia, Lightyear consegue tirar alguma coisa válida, umq que será memoravél no imaginário popular igual foi Toy Story? Talvez não, só o tempo dirá se as pessoas vão assistir infinitamente esse desenho quando ele estrear no Disney+.

Avaliação: 3.5 de 5.

Lightyear chega nos cinemas em 16 de junho.

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