Após polêmicas envolvendo a HFPA, o canal NBC não transmitirá o Globo de Ouro 2022

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O canal NBC confirmou hoje (10) que não vai transmitir o Globo de Ouro em 2022 depois da polêmica envolvendo a HFPA, Hollywood Foreign Press Association (Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood).

Confira o comunicado (via Variety):

“Continuamos a acreditar que a HFPA está comprometida com uma reforma significativa. No entanto, uma mudança dessa magnitude exige tempo e trabalho, e acreditamos fortemente que o HFPA precisa de tempo para fazer da maneira certa. Como tal, a NBC não irá transmitir o Globo de Ouro de 2022. Supondo que a organização execute seu plano, temos esperança de estar em posição de transmitir o programa em janeiro de 2023. ”

Desde de 2018, o canal NBC tinha um acordo para transmissão do evento até 2026 e paga US$ 60 milhões de dólares anualmente.

A decisão foi anunciada depois que os grandes serviços de streaming e produtoras como a Netflix, Amazon Studios e Warner Media decidiram cortar relações com a organização até que as reformas dentro da associação continue.

Uma das reivindicações da organização Time’s Up, e um dos pontos de mudança pedido, seria de aumentar o número de membros votantes com uma quantidade maior de pessoas, que a HFPA tivesse uma quantidade maior e mais diversificada de pessoas, principalmente, com mais votantes negros. A HFPA sugeriu um cronograma que levaria 18 meses para adicionar novos membros, coisa o que impactaria pelo menos duas edições do Globo de Ouro.

Atualmente a associação tem apenas 87 pessoas.

A exigência da Time’s Up é que a organização tenho no mínimo 300 pessoas e que todos os atuais membros deixem a organização e que um novo comitê seja formado. A Time’s Up colocou como critérios: 5 anos de experiência “comprovada” e pelo menos 30 matérias publicadas (seja matérias na TV, em revistas, em rádio ou on-line) nos últimos 5 anos (atualmente são 24 nos últimos 3 anos).

O cargo vitalício deverá ser abolido e os membros precisam comprovar terem publicado pelo menos 10 matérias (vs 6 atualmente) durante o calendário daquele ano para manter seus votos e seus cargos e deverão reaplicar para suas posições a cada 10 anos.

A pressão para mudanças na HPFA começou agora no começo do ano, após uma matéria investigativa do jornal Los Angeles Time mostrar o envolvimento de membros com estúdios e canais de TV em relação a pagamentos, brindes e outras despesas para divulgação dos programas. Um dos casos foi da série Emily In Paris que levou boa parte dos jornalistas em viagem para Paris para assistir as gravações do primeiro ano da série. Emily In Paris foi indicada em Melhor Comédia.

Outro ponto que a organização pressiona a HFPA, é que os membros comprovem que assistiram pelo menos 80% dos projetos (entre séries e filmes) antes de darem seus votos. Os canais e os estúdios realizavam sessões antecipadas exclusivamente para os membros da organização e muitos deles “não apareciam em sessões de produções que tinham pessoas de cor (seja na direção, produção, ou como protagonistas, afirmou o Time’s Up).

No Brasil, a TNT exibe a premiação.

Com informações do Hollywood Reporter.

[Atualizado em 16h25]

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