Totally Killer (Dezesseis Facadas) | Crítica: Um slasher totalmente divertido de se assistir

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Logo pelo trailer, e pela sinopse, já dá para ver que premissa de Dezesseis Facadas (Totally Killer, 2023) é uma interessante demais. Tem uma trama de viagem no tempo, temática dos anos 80, e ainda é um filme slasher? Uma combinação dessas só poderia vir da produtora Blumhouse que mais uma vez, em mais um Halloween, fecha parceria com o Prime Video para lançar um longa que chega agora em Outubro para as comemorações dos dias das Bruxas.

E aqui, e não é só a premissa que ajuda, em Dezesseis Facadas, o que dá certo também é a presença da atriz Kiernan Shipka que mais uma vez surfa no hype deixado pela série de O Mundo Sombrio de Sabrina e estrela esse terrorirzinho divertido e que faz um filme totalmente galhofa de se assistir.

O filme é uma mistura de tudo que tem rodado em Hollywood nos últimos tempos, mesmo que aqui Dezesseis Facadas tenha um charme totalmente único, ao mesmo tempo que se apoia nesses clichês todos para dar certo.

Kiernan Shipka em cena de Totally Killer (Dezesseis Facadas).
Foto: Credit: Courtesy of Prime Video. All Rights Reserved.

Ao beber da fonte de A Morte Te Dá Parabéns, Pânico, Halloween, e até mesmo, por conta da viagem no tempo, The Flash, o longa faz acontecer por conta de Shipka e também do elenco de apoio nessa pirada história. 

Aqui vemos a jovem meio rebelde Jamie (Shipka), que não se dá muito bem com a mãe Pam (Julie Bowen), voltar no tempo na época que ela (Olivia Holt na versão teen) era adolescente e viu um assassino mascarado aterrorizar o colégio e a cidade que eles moravam e que ficou conhecido como o Assassino das 16 facadas.

Claro, Dezesseis Facadas acaba por ser mais comédia do que terror, mas o elenco de maneira geral consegue entregar bons momentos em ambas as partes. Principalmente Shipka que é totalmente carismática, e que navega muito bem quando o texto do trio de David Matalon, Sasha Perl-Raver e Jen D’Angelo dá para a atriz as chances de brincar com as diferenças culturais entre os anos 80 e o mundo atual que Jamie vem.

Das regras sobre o Tik tok, ou sobre falar sobre substâncias ilegais na frente de crianças e a questão de privacidade e consentimento, Dezesseis Facadas brinca com essas questões, na medida que Jamie facilmente navega pelo passado para tentar descobrir que é o Assassino mascarado que aterrorizou a cidadezinha e fez as amigas de Pam, chamadas de as Mollys, em uma sacada genial que esse grupo de amigas prestam homenagem para a atriz Molly Ringwald, morrerem.

E olha que como um bom filme slasher, Dezesseis Facadas sabe brincar bem com a lista de suspeitos. Assim, na medida que Jamie precisa tentar sobreviver ao ensino médio nos anos 80 e com a ajuda da versão mais jovem (Troy Leigh-Anne Johnson) da mãe (Kimberly Huie) da sua melhor amiga Amelia (Kelcey Mawema) ela precisa também encontrar uma forma de voltar para a casa, no presente, enquanto o Assassino que também retornou, e quem a faz embarcar nessa doideira, também está solto.

Ao apostar em discussões sobre viagem no tempo, no melhor estilo De Volta Para o Futuro, como falamos, o longa aposta mais nas cenas espirituosas e nas homenagens para os filmes da época do que efetivamente no terror.

Claro, quando o assassino começa a atacar as jovens e mudar as ordens dos assassinatos, e deixar o podcaster Chris Dubasage (Jonathan Potts) que acompanha o caso maluco, e as sequências dos eventos do passado são afetados pelas mudanças que Jamie faz na linha do tempo, o longa se torna mais sangrento de acompanhar e também não se segura nesse sentido. Afinal, são 16 facadas que as vítimas tomam né? 

A diretora Nahnatchka Khan (vinda da comédia romântica Meu Eterno Talvez) acerta em conseguir capturar a essência oitentista, tão fundamental para estabelecer a diferença entre a época de Jamie e a época quando Jamie está com a mãe na adolescência dela. Mas senti que faltou um cuidado maior, e um sentimento maior de tensão nas partes slashers. O tom cômico está totalmente no ponto e seja, talvez, seja o que sustenta o filme.

Kiernan Shipka e Olivia Holt em cena de Totally Killer (Dezesseis Facadas).
Foto: Credit: Courtesy of Prime Video. All Rights Reserved.

Outra coisa que ajuda, é o elenco teen ter experiência com outras produções, principalmente Hoult que está muito bem, vinda da série Cruel Summer, Charlie Gillespie (da série Julie And The Phantoms) como pai de Jamie na versão mais jovem, Jeremy Monn-Djasgnar como um jogador tipicamente dos filmes da época, e também Liana Liberato como a jovem Tiffany, e que veio aí do último filme da franquia Pânico, lançado no começo do ano, e aqui faz uma das vítimas do assassino mascarado.

E quando as peças começam a se encaixar, e a investigação de Jamie começa a riscar os nomes da lista de suspeitos, Dezesseis Facadas corre para amarrar as pontas de uma forma tão rápida igual o brinquedo que os personagens se encontram no parque de diversões da cidade e que é feito de máquina do tempo por Lauren e Jamie. 

No final, Dezesseis Facadas diverte e empolga pelas referências aos clássicos do gênero, pelas piadas bem colocadas e por entregar quase 2 horas de non-sense num filminho de terrir para começar bem a temporada de Halloween.

Nota:

Onde assistir Dezesseis Facadas?

Dezesseis Facadas chega em 6 de outubro no Prime Video.

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