“No final do dia eu saia exausta!” diz Jennifer Lopez sobre as gravações do longa Atlas em bate-papo

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Em Atlas, o novo longa de ficção científica da Netflix, a cantora, atriz, produtora Jennifer Lopez interpreta Atlas Shepherd, uma analista anti-social e que tem problemas para confiar em tecnologia, mesmo que os avanços na área ajudam no seu dia-a-dia.

As coisas mudam quando ela precisa embarcar em uma missão para capturar um robô rebelde que deixou a Terra depois de causar uma revolução das máquinas. Mas, quando o plano não funciona, a única esperança de Atlas para salvar o futuro da humanidade será confiar na inteligência artificial em um robô enquanto navega por um planeta desconhecido.

O ArrobaNerd foi convidado para participar da coletiva de imprensa do longa, onde estiveram presentes a cantora e atriz Jennifer Lopez, o ator Simiu Liu que interpreta o vilão do filme, a IA chamado Harlan, e ainda o diretor do longa Brad Peyton.

Confira o que descobrimos dos bastidores do filme com o time de produção:

Jennifer Lopez em cena de Atlas. Cr. Courtesy of Netflix © 2024.

Jennifer, quais inspirações de outras personagens femininas em filmes de ação você teve para compôr sua personagem em Atlas?

Jennifer Lopez: Eu tive duas personagens em especial. Eu nem lembrei muito quando estava gravando Atlas, mas com certeza O Exterminador do Futuro 2 – O Julgamento Final com Linda Hamilton… não sei se vocês lembram desse filme, mas para mim, ela era a mais badass das badass de todos os tempos. Sabe o que eu quero dizer né? Eu me lembro de estar nos cinemas, vendo o filme em Nova York e Meu Deus, eu queria muito ser ela, muito. Eu vou uma atriz e isso que eu vou querer fazer. Eu não conseguiu fazer quando eu era mais jovem, mas agora, eu tenho a possibilidade de fazer alguma coisa que não é parecido, mas é o tipo de personagem que eu queria.

Já a outra personagem, que eu gosto muito, e que Brad e eu falamos muito sobre enquanto filmávamos era Ripley em Alien, Sigourney Weaver. Então, para mim, essas são as duas mais icônicas personagens dos filmes de ficção científica de ação.

E você Simu Liu, teve alguma inspiração de algum personagem de ficção científica?

Simu Liu: Sim, eu tive! Quer dizer, interpretar Harlan como uma inteligência artificial eu acho que tem muita coisa para me basear sim. Eu acho que começando com Kubrick e 2001 – Odisseia no Espaço…. com a voz de Hal (a voz do computador HAL 9000) que era que é tão equilibrada e assustadora… E eu era um grande fã de Star Trek quando eu era pequeno e eu amava Brent Spiner como Data, eu acho que ele ara fenomenal então eu tirei bastante inspiração… e mesmo que esses personagens era meio que amigáveis eu tentei criar uma voz onde eu distorceria de uma forma para torná-la perturbadora em um tom um pouco aterrorizante.

Quais desafios que a humanidade enfrenta em relação à inteligência artificial? E quais aspectos das novas tecnologias você considera mais surpreendente?

Jennifer Lopez: Para mim, tecnologia vem sempre evoluindo, o tempo todo. E claro que, obviamente, com algumas coisas que me fazem ficar nervosa. Mas quando penso em inteligência artificial, e até mesmo sobre o que se trata esse filme, e que realmente meio que faz um bom trabalho em mostrar ambos os lados dessa história. Em tipo, o que de bom podemos tirar dessa relação com IA, e como podemos usar essa tecnologia para termos uma versão melhor de nós mesmos de certa forma, e o que pode realmente dar errado quando temos o personagem de Simu e que pode querer destruir tudo, assumir o controle, e acabar com a humanidade. Então eu acho que para mim, quando eu penso nisso, me vem uma grande questão sabe? Existe essa ideia que nós temos que ter respeito quando se trata de inteligência artificial. É como qualquer outra tecnologia. Eu lembro quando falavam sobre o mercado de música quando a internet começou a se popularizar e todo mundo: Ah nunca vai conseguir substituir as músicas. Risos. E okay, vocês viram o que aconteceu. Então eu acho que temos que ser realmente bastante cabeça abertas com o fato que sim, vão existir mudanças o tempo todo, e algumas são mudanças que as pessoas não podem prever.

Jennifer, você já trabalhou em inúmeros projetos e tem uma carreira impressionante até agora. Você ainda sente aquelas famosas borboletas na barriga mesmo quando trabalha em projetos como esse?

Jennifer Lopez: Meu Deus, sim! Eu tô sentido elas agora mesmo! Eu sempre sinto. Eu acho que você não vai para de sentir por mais velho, ou por mais tempo que você esteja na indústria. Eu sempre me empolgo ao fazer o que eu faço e poder fazer isso eu me sinto tão abençoada em fazer isso. É um privilégio poder fazer isso, encontrar alguma coisa que você gosta tão jovem. Eu sempre fui muito apaixonada por entretenimento, me apresentar, cantar, dançar, atuar, produzir e conseguir fazer isso já quase toda minha vida. Sim, eu ainda sinto as famosas borboletas no estômago. Eu sinto elas mais em casa sabe? Acredite ou não, bem mais do que no palco na frente de mais de 30 mil pessoas ou em situações como essa [de uma coletiva de imprensa].

Eu me sinto mais assim em casado que num set de filmagem, num set de 2 por 2 com tela verde, atuando feito uma doida, e com minha adrenalina lá no talo, em 100%, e me colocando em um outro universo….Eu me sinto bem confortável em situações assim, talvez, por que eu esteja fazendo isso já algum tempo.

E você Simu?

Simu Liu: Sim, claro, me sinto assim em quando estou no palco do SuperBowl também. Risos. Com milhares de fãs. Risos.

Mas sim, eu concordo com o que a Jen falou. Acho que essas borboletas nunca somem de verdade, e também acho que como artistas, e certamente, nós, como artistas, eu sempre acho uma forma de ficar empolgado com elas e usar esse tipo de energia, esse nervosismo, para abraçar de uma forma que nós ajude. Eu conheço alguns dos melhores artistas que existem, e alguns que eu me espelho, que já experienciaram terríveis medos de palco, com nervosismos, e ansiedade, e não é isso que os impedem de ser ótimos. É pelo fato que eles aceitam, abraçam, e trabalham através desses problemas. Eu acho isso incrível.

Simu Liu em cena de Atlas. Cr. Ana Carballosa/Netflix ©2024

E finalmente uma pergunta só para você Simu. Como foi trabalhar com Jennifer Lopez? [risos]

Simu Liu: Ah obrigado! [risos]

Mas foi muito legal. Sabe, eu lembro de um dos meus primeiros dias que eu apareci no set de filmes, para gravar a minha parte no filme, vocês sabem, como vilão, do filme, eu só apareço um pouco mais lá para o filme, então eu cheguei, sente, e eu: Oi, Jen, como você está? E lá estava ela lá, como uma guerreirinha, naquele cenário onde ela e Smith passam boa parte do filme, e eu: Como você tá? E ela: Eu estou aqui por 6 semanas já. Como você está?

E eu não tinha o que reclamar. Nada. Foi incrível. Foi muito inspirador. Eu definitivamente tive minhas borboletas no estômago, já que tinha que aparecer para gravar com ela. Afinal, ela sempre para mim era a Jen de Encontro de Amor (2002). Então foi díficil para mim e colocar na cabeça que eu precisava ser alguém que estava ali para tentar matar ela. Não é uma coisa que eu normalmente tentaria fazer no meu estado natural, mas foi uma coisa incrível. Muito incrível e eu sou muito grato de conseguir ter conhecido mais ela e até mesmo nessa press tour em que divulgamos o filme. Tem sido muito divertido.

Jen, o quão desafiador foi para você atuar onde você era a única personagem em cena e precisava interagir com uma IA?

Jennifer Lopez: Eu me lembro de alguém falando que Jodie Foster disse que quando fez o filme Contato, ela comentou que foi o papel mais difícil em termos de atuação que ela já tinha feito por que ela tinha que atuar por ela própria e tinha que usar apenas a imaginação dela. E foi isso, foi isso que aconteceu. Eu me lembro de ler o roteiro, e pensar: Nossa isso vai ser muito fácil. Vai ser moleza. Só vai ter eu lá, eu faço o que eu sei fazer, não terei que esperar por ninguém, eu vou aparecer, fazer meu trabalho, gravar algumas cenas e depois ir para casa.

Mas foi tão exaustivo! Ficar nesse estado de adrenalina pura, em que você está vivendo no limite de sua vida está acabando, você precisa salvar o planeta, você está em uma situação de vida e morte o tempo todo.

No final do dia, eu estava tão exausta, não apenas emocionalmente, mas fisicamente, por ter tensionado meu corpo todo e me jogado para um lado e para o outro, fazendo todas essas coisas, tentando me concentrar, e tentar ver as coisas que estavam lá dentro e todos esses tipos de coisas, que eu voltava para casa todos os dias com o que eu chamaria de mancar de cansado.

Ou seja, você manca, normalmente manca porque está machucada, mas quando manca porque está cansada, é como se estivesse mancando. Como se fosse apenas um mancar por estar exausto. É assim que andava até meu trailer todas as noites. Então era tão ruim. Foi exaustivo, mas foi empolgante porque era um novo tipo de coisa que eu nunca tinha feito.

Simu, você poderia falar quais as semelhanças e quais as diferenças entre interpretar um boneco Ken e uma IA?

Simu Liu: [Risos] Olha, um meio que só sabe surfar e o trabalho é apenas praia durante o dia e a noite tudo que sabe é ir para uma festa com danças coreografadas e divertidas e o outro quer apenas acabar com a humanidade.

A similaridade é que ambos são inanimados. E nenhum deles tem genitálias. Tá aí, eu achei uma similaridade entre eles. [Risos]

Brad Peyton (dos filmes Rampage: Destruição Total e Terremoto: A Falha de San Andreas) dirige o longa com roteiro de Leo Sardarian e Aron Eli Coleite. 

No elenco temos ainda os atores Simu Liu (Marvel’s Shang Chi e a Lenda dos 10 Anéis), Sterling K. Brown (indicado ao Oscar por American Fiction), Abraham Popoola (Mistério no Mar), Lana Parrilla (Once Upon a Time) e Mark Strong (Cruella, Shazam!)

Atlas está disponível na Netflix.

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