Julie and the Phantoms | Crítica 1ª Temporada: Doce e musicalmente empolgante

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Julie and the Phantoms
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Quando foi anunciada em julho a série causou burburinho, afinal, aqui no Brasil temos uma Julie que tem uma banda com fantasmas, então veio a novidade, Julie and the Phantoms (2020) é uma adaptação pelas mãos de Kenny Ortega, de High School Musical, da nossa queridinha Julie e os Fantasmas (2011).

A série brasileira teve produção musical de Rick Bonadio e teve uma temporada, indo ao ar na Band e na Nickelodeon. Tirando o enredo inicial, com a jovem Julie que encontra o álbum de uma banda antiga e libera os seus espíritos para tocar com ela, a série da Netflix traz alguns outros dramas, mudanças de personagens e muita cantoria e coreografia no melhor estilo high school americano.

Julie and the Phantoms
Imagem: Netflix

Julie and the Phantoms tem um elenco jovem competente e bom de garganta, as meninas Madison Reyes, Jadah Marie e Savannah Lee May arrasam quando soltam as vozes, e a banda dos meninos Charlie Gillespie, Jeremy Shada e Patrick Joyner é incrível. Vale ressaltar o talento de Cheyenne Jackson como o vilão da temporada.

Logo no 1×01 – Wake Up, somos apresentados a banda de Luke (Gillespie), Reggie (Shada), Willie (Joyner) e Bobby, que sonham em se apresentar no Orpheu, uma grande casa de show, mas os amigos acabam comendo um cachorro-quente e morrem intoxicado. Nesse episódio descobrimos que Julie (Reyes), um talento musical, se afastou da mesma após a morte da mãe, sua maior inspiração, e quando resolve mexer na garagem da mãe, acaba achando o CD da Sunset Curves, a banda dos meninos e isso os libera depois de 25 anos.

Julie and the Phantoms
Imagem: Netflix

A forma como a série conta a trama deles é bem linear, e o melhor tudo é muito rápido e de fácil assimilar. Flynn (Marie) tem uns momentos geniais e serve para nos conectar aos fantasmas, pois não os enxergando tem ótimas sacadas, assim como Carlos (Sonny Bustamante), que está cismado com os fantasmas e consegue deixar até mesmo sua tia com medo, e Reggie não é fácil.

Abordando amizade, e até mesmo sexualidade, de forma bem atenciosa, a série coloca Alex ao lado de Willie, um fantasma que acaba sendo importante por ensinar aos garotos sobre como se portar com os corpóreos, como são chamado os vivos na série. É culpa dele também apresentar a banda a Caleb (Jackson), um fantasma poderoso capaz de fazê-los aparecer a corpóreos, mas com a condição de serem sempre deles, incluindo dando-lhes um carimbo.

A série ainda lida com Luke e o fato dele ter se afastado dos pais para viver da música, e morrer sem ter pedido perdão. A música para sua mãe, Emily, lhe rende um solo simplesmente lindo, e a ajuda é importante para ele contar a Julie sobre o carimbo e o acordo que Caleb quer fazer.

Julie and the Phantoms
Imagem: Netflix

Mas voltando um pouco, é muito legal a rivalidade de Carrie (May), e durante alguns episódios achei que o Bobby, que sobreviveu na banda, fosse pai de Julie, mas na verdade é de sua rival, e ainda temos ótimos momentos dos fantasmas com o ex-amigo. É impossível não querer ver um reencontro mais sério entre eles.

A ligação de Julie com a banda Sunset Curves é mostrado no final e é muito bonitinha, e espero que abordem melhor também, pois foi meio que jogado nos últimos episódios, mesmo dando a entender em alguns momentos. E falando na mãe, a tia de Julie é uma figura! Os momentos dela repreendendo Ray (Carlos Ponce) quanto a criação de seus dois filhos é ótimo, pois mostra a visão diferente deles sobre paternidade.

Julie and the Phantoms
Imagem: Netflix

Os momentos musicais são incríveis! Cheyenne deu um tom sensacional para seu Caleb e os números grandiosos de seu hotel fantasmagórico são ótimos, mas o capricho também para as cenas de Julie são excelentes, como a entrada dela na escola após ser aceita de volta nas aulas de música.

Não posso encerrar sem falar de amor… Julie and the Phantoms abordou o relacionamento de Julie e Luke de forma crescente, como uma paixonite dela pelo cantor, mas sendo conduzida de forma muito respeitosa, só que Nick (Sacha Carlson) também ama a garota, mesmo que estivesse anteriormente com Carrie.

Julie and the Phantoms
Imagem: Netflix

A reviravolta final de Julie and the Phantoms é muito bacana, o show de encerramento para unir ela e a banda, e realizar o sonho do Orpheu foi bem montado, e colocar em cena os pais dela, além de Bobby, Carrie e Nick poderia dar tudo errado, mas espero que explorem muito mais coisas em uma eventual 2ª temporada, afinal, o gancho de Caleb e Nick é de matar de ansiedade.

Julie and the Phantoms é uma série musical bem leve, trata muito bem os assuntos que aborda, mesmo que em alguns pontos parece enrolar com outras coisas, só que a série vem para o lado bom da Netflix, ao lado de Eu Nunca…, com um drama adolescente leve e descontraído.

Julie and the Phantoms tem seus 9 episódios disponíveis na Netflix.

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