Heartstopper | Crítica 2ª Temporada: Mais profunda e carinhosa, entrega momentos doces e intensos

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E chegou a tão aguardada 2ª temporada de Heartstopper, e os produtores conseguiram ser ainda mais intensos e entregar momentos deliciosas para os personagens de Alice Oseman. Mais maduros e entendendo mais de si, os personagens evoluem bem nestes novos 8 episódios.

Novamente vejo de bom grado o desenvolvimento dos personagens, com medos e anseios reais, mas com uma rede de apoio incrível para serem quem quer ser, e ter tudo o que precisam. O carinho com que a trama é abordada é evidente em cada passagem dos episódios.

Oi… De novo!

Depois de todo o drama que passaram na 1ª temporada com o bullying e a descoberta do primeiro amor, Charlie não quer que Nick passe pelos dramas que ele viveu, e isso o tira de controle, e é muito bom a série mostrar esse lado controlador dele, e como ele acaba descontando isso em outras coisas. Será interessante um aprofundamento no problema emocional e seu descontrole em uma 3ª temporada.

Mas aqui só temos amor por enquanto, e o medo do que está por vir. É ótimo como Nick e Charlie só querem estar juntos e viver um amor leve e livre, mas a pressão de Nick querer se assumir para os amigos, acaba tomando um dimensionamento que os colocam em problemas emocionais.

Aprofundar essa questão foi ótima, mas o melhor é ver como as pessoas estão ao seu lado, principalmente Elle, Tao e Isaac, mas aos poucos Nick cresce de pessoas ao seu redor que o aceitam como ele é, como Imogen.

Se em casa Charlie começa a ver sua vida perdendo o controle por querer ter um amor real, para Nick o drama de ver seu irmão David o criticando e expondo, acaba o fazendo falar verdades para ele e para o pai ausente, e tendo o apoio de sua mãe, Sarah. Olivia Colman como sempre incrível em cena.

O baile foi simples, mas os momentos realmente incríveis ficaram para Paris!

Paris!

A viagem para França colocou os garotos em êxtase com suas férias de verão e teve momentos deliciosos de descobertas para todos.

Nick entendendo como o pai age, Charlie tendo crises por não ter controle das coisas e criar transtornos alimentícios, tudo é muito bem abordado.

Mas Paris foi incrível para o desenvolvimento de Elle e Tao, e onde eles entendem onde deverão estar no relacionamento deles. Tudo muito leve e sem pressão, e isso acaba recaindo sobre Isaac, que para mim não teve muitos bons momentos no primeiro ano, mas aqui evolui de forma deliciosa ao falar sobre pessoas assexual.

Se de um lado temos a leveza dos pais e como agem com os filhos, Heartstopper entregou um ótimo drama para Darcy, com uma mãe que não a aceita e ultrapassa aquela fachada da garota descolada, e dando mais profundidade a ela. Tara acaba sendo um ótimo apoio, assim como todos os seus amigos.

Tori poderia ter mais momentos, mas ela sempre é certeira, seja com os pais, ou com Nick, só que o seu auge é com David, irmão de Nick, colocando o rapaz em seu devido lugar.

Adultos

Ponto extra para a série ao abordar Farouk e mostrar ele duro e severo com os alunos, para quebrar esse estereótipo ao mostrar que ele tem uma criação diferente, e que não conseguiu sair do armário novo como os adolescentes, e não viver essa fase como deveria. E Fisayo Akinade como o professor mais leve e sempre dando suporte, acaba o acolhendo e ali nascendo um sentimento muito interessante entre eles, e que deve ser melhor abordado em uma provável 3ª temporada.

A treinadora do time de rúgbi também acaba sendo uma aliada forte para Nick, mostrando para ela que a vida pode ser feliz, e que ele deve aprender a equilibrar as coisas. E conta como ela sofreu quando se assumiu lésbica, mas que está feliz com a esposa.

Heartstopper | Crítica 1ª Temporada: Adaptação dos quadrinhos é divertida, sensível e apaixonante

Heartstopper é um alívio para a comunidade que sempre sofre e que precisa ter essas histórias e dramas românticos leves para nos apoiar e mostrar que temos o direito de ter uma vida como qualquer outra pessoa.

Além disso, ela reforça que podemos perdoar, mas temos que fazer isso quando é para evoluir, não para satisfazer o ego de quem nos machucou para que essa pessoa se sinta bem. Se estamos machucados, devemos nos cuidar primeiro, para depois pensar no próximo;

Que venham mais histórias de Charlie e Nick.

Heartstopper tem suas 2 temporadas disponíveis na Netflix.

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