Desvendamos os bastidores e o trabalho de efeitos visuais do longa Mansão Mal-Assombrada com o time de produção

Baseado na atração dos parques da Disney, o novo longa Mansão Mal-Assombrada chegou nos cinemas e trouxe uma nova aventura que se passa dentro desse casarão cercado de fantasmas e outros seres sobreanaturais.

E para transportar essa “magia” para os cinemas foi preciso um trabalho de efeitos visuais muito grande e todo um time por trás da produção. E aqui o longa foi liderado por Edwin Rivera, profissional que já trabalhou em diversos grandes projetos de longas como Guardiões da Galáxia Vol. 2, Homem-Aranha: De Volta ao Lar e também Coringa.

Retorne para a Mansão Mal Assombrada no trailer do longa

Em bate-papo com o site Rivera comenta as principais curiosidades, os bastidores e os desafios de produção para o longa.

E principalmente, o profissional responde como foram feitos os efeitos visuais de Mansão Mal-Assombrada?

Para começar, quantas vezes você e o time de produção dos efeitos visuais de Mansão Mal-Assombrada puderam ir na atração no parque da Disney para “fazer pesquisa” para o filme?

Edwin Rivera: Foi engraçado. Nós tivemos a oportunidade única de irmos na atração antes que o parque abrisse. Então só estávamos nós lá na atração, mas pudemos andar por ela, sem estar funcionando.

Então pudemos ver todos esses tipos de locações dentro da atração de pertinho, e depois nós pudemos andar novamente, só que com as luzes acessas. Então deu para vermos “Ah então é assim que eles fazem os efeitos.” Eles usam os cabos dessa forma, ou eles usam as luzes desse jeito, ou esse determinado tipo de tecido que eles usam para parecer como um fantasma. Então foi bem legal nesse sentido.

Como ter trabalhado em mega filmes Blockbusters como Homem-Aranha e Guardiões da Galáxia te ajudou com esse trabalho aqui em Mansão Mal-Assombrada?

Rivera: Muito desses filmes são tipo longas que constroem mundos sabe? Você cria um mundo que não existe. As vezes, você está gravando uma cena com um ator de Guardiões da Galáxia por exemplo. Nós gravamos com Chris Pratt, e ele ali é apenas um cara, no meio de um galpão, pintado todo da cor azul. Então tudo que está em volta dele é alguma coisa que é preciso ser criado. Então o desafio é ter esse tipo de ideia em sua mente.

Então temos que saber “ver” onde estão essas coisas por que temos que dizer para eles, ok, agora você tem que vir correndo nessa direção e é isso que você vai ver. Então temos que criar esse tipo de dicas visuais para os atores saberem onde eles estão.

Aqui, então temos essa parede, aqui vai ter um corredor. Colocamos fita adesiva junto com o tipo de produção para tentar descobrir onde é onde, e se nós fizermos eles correrem por um corredor que seja desse tamanho.

Vamos colocar fitas azuis por aí para demarcar na tela azul e eles depois não correrem pela parede. Então o desafio é tentar ver o mundo que está ali. Antes dele estar ali.

Então aqui [em Mansão Mal-Assombrada] o trabalho foi muito parecido com o trabalho que eu fiz em Guardiões.

Em relação aos trailers, como é essa pressão de separar e trabalhar nas cenas do filme para apresentar o material para os executivos e depois para o arquivo que vai ao ar, vai subir no YouTube e milhões de pessoas vão assistir e dar print da tela?

Rivera: Ah a parte dos trailers sempre é muito interessante por que eles acontecem quando você nunca está preparado, ou tem alguma coisa efetivamente pronto. Eles sempre precisam sair quando não estamos com o filme completo. Ainda estamos trabalhando no longa e o departamento de marketing está muito empolgado para mostrar alguma coisa, e mostrar esses momentos para o público e os deixar empolgados. Mas eles não tão prontos.

Estão sempre existe um desafio por que nunca parece que você está pronto para entregar. Mas a parte boa é que te força a olhar para certos elementos e que talvez você só iria olhar depois.

Então te desafia a fazer coisas para o futuro. Então te faz olhar um pouco antes para algumas coisas e te ajuda a fazer isso logo para depois trabalhar com o restante do longa fica mais fácil.

E quanto tempo antes do filme começar a filmar, ou estar finalizado, você e seu time começam a trabalhar nos efeitos visuais?

Rivera: Ah nós estávamos trabalhando com a DNEG [estúdio britânico de efeitos visuais] bem antes do filme começar a ser gravado. Nós trabalhamos inicialmente em criar como seria o efeito dos fantasmas e como isso ia parecer.

Eu e o diretor, Justin Simien, tínhamos uma ideia de como os efeitos dos fantasmas deveriam se parecer, mas queríamos ter certeza que daria certo quando você vê em tela, e visualiza. Então trabalhamos com a DNEG desde do começo para termos alguns testes antes de gravarmos qualquer coisa só para termos certeza daquilo que pensamos em nossas cabeças faria sentido quando vemos em tela.

O que deu mais trabalho fazer os efeitos visuais da Madame Leota interpretada por Jamie Lee Curtis ou o vilão Hatbox Ghost que tem voz de Jared Leto no original?

Rivera: Eu acho que o maior desafio foi deixar alguém se parecer exatamente como ela, por que ela está toda feita por efeitos especiais naquela Bola né? e todo mundo sabe como ela se parece hoje em dia.

E se nós estivéssemos tentando fazer Jared Leto parecer com Jared Leto também seria igualmente desafiador, mas pelo menos nós tivemos um pouco de liberdade com o personagem em o fazer ser, e parecer com o que imaginamos ser o Hatbox Ghost….e como ele seria se tivesse andando por ai. Então fazer a Madame Liotta parecer exatamente como a Jamie Lee Chris, eu acho que ao mesmo tempo é fantástico, mas também é desafiador.

E o que é mais difícil para você trabalhar com efeitos visuais em pessoas ou em locações?

Rivera: Ah é uma pergunta engraçada. Ambos são muito desafiadores por que as locações você tenta fazer um mundo que pareça real, mas que você não está olhando. Você não presta atenção. Isso é muito desafiador, por que todo mundo sabe como as árvores se parecem, como pó se parece, como nuvens se parecem, e como todas essas coisas são e se fizer alguma coisa muito errada, eu acho que chama atenção e parece estranho.

E ao mesmo tempo quando criamos fantasmas, e que ninguém sabe como eles são, também é difícil. Sabe, como fazemos eles se parecerem mágicos, mas também reais?

Se você pudesse trabalhar nos efeitos visuais de um projeto de filme dentro do catálogo de filme da Disney, ou trabalhar com algum personagem, qual seria e por que?

Rivera: Ah um dos meus filmes preferidos da Disney é Fantasia. Por que temos muitos personagens diferentes. Temos as pequenas flores, então o grande demônio daquela montanha.

E claro, as vassouras, do aprendiz de feiticeiro. Eu acho que seria um filme incrível de fazer por conta de ter tanta coisa diferente. E também não temos os hipopótamos bailarinas? Nossa isso seria incrível. Então eu acho que Fantasia. Eu iria amar fazer um versão real de Fantasia.

Tiffany Haddish e Lakeith Stanfield negociam participação na nova versão de Mansão Mal-Assombrada

Owen Wilson (Loki), Rosario Dawson (The Mandalorian), Chase Dillon (The Underground Railroad) e Danny DeVito (It’s Always Sunny in Philadelphia) completam o elenco do filme.

Justin Simien (do filme Bad Hair e de roteiros da série Dear White People) cuida da direção. Simien e a roteirista Katie Dippold no time de produção.

Dippold escreveu os roteiros de As Bem-Armadas (2013) e a nova versão de Caça-Fantasmas.

Mansão Mal-Assombrada é uma atração bastante popular dos parques da Disney.

Na nova e misteriosa aventura da Disney, uma médica (Rosario Dawson) e seu filho de 9 anos (Chase Dillon) querem começar uma nova vida juntos e se mudam para uma mansão em Nova Orleans, que surpreendentemente está dentro de seu orçamento.

Só para descobrir o motivo dela ser tão mais barata do que eles esperavam: ela está assombrada.

Desesperada por ajuda ela procura a ajuda de um Padre (Owen Wilson) que por sua vez vai atrás de um cientista viúvo que virou expert em atividades paranormais, uma psíquica do bairro French Quarter (Tiffany Haddish) e um historiador meio duvidoso (Danny DeVito).

Mansão Mal-Assombrada está em cartaz nos cinemas nacionais.