Gen V | Primeiras impressões: Expansão do mundo de The Boys é sangrentamente boa

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Na era do streaming não basta só ter uma produção de sucesso, com muitas horas vistas, uma legião de fãs e uma presença on-line massiva. É preciso espremer tudo que dá dela, afinal, a competição tá brutal por aí, certo? E Gen V, o spin-off da série de The Boys que chega no Prime Vide com três primeiros episódios de uma vez, acaba por ser a definição perfeita de como a máquina de Hollywood tem trabalhado ultimamente.

A Amazon colocou composto V nessa produção, e a expansão do mundo de um dos maiores sucessos do catálogo da gigante faz uma super bem vinda e sangrentamente boa de assistir. Eu estou não só viciado nela, mas também obcecado com tudo que vi até agora.

Talvez por ter a mão de Eric Kripke, que trabalhou na série original, e por trazer mais uma vez um sopro de novidade para o gênero de super-heróis, Gen V realmente agrada nesses primeiros episódios ao apresentar, principalmente, personagens carismáticos de se acompanhar e não ficar forçando muito ser uma atração derivada de uma outra, tipo dando lição de casa para nós espectadores termos que fazer.

Jaz Sinclair e Lizze Broadway em cena de Gen V.
Foto: Credit: Brooke Palmer/Prime Video

Sim temos acenos para The Boys, temos personagens de lá que aparecem aqui, easter-eggs, mas fica claro nesse começo que Gen V se sustenta em ser primeiro uma boa atração e depois ser um seriado dentro de um universo compartilhado com outra série. E esse é o grande x da questão com Gen V que dá para dizer que a série sim faz um bom começo.

Ao sair do mundo do Grupo dos 7 e a rixa com a gangue dos The Boys, e todas aquelas tramoias corporativas que marcaram a atração principal, Gen V foca em uma trama um pouco mais pé no chão e em personagens mais conectados com o público que o outro seriado e tem tudo para repetir o sucesso de The Boys na plataforma.

E ao focar em adolescentes, e adolescentes que tomaram o composto V da Vought Internacional, e em uma Universidade de elite para heróis em formação, a atração entrega uma combinação perfeita que une tudo aquilo que deu certo com The Boys e que fez o seriado entrar na cultura popular e ter uma legião de fãs online.

Gen V entrega um começo de temporada extremamente divertido, pirado e com umas passagens meio chocantes de assistir por serem non-sense para o que estamos acostumados a vermos por aí.

O primeiro capítulo intitulado 1×01 – Universidade Godolkin é super ágil em apresentar esse novo canto do Universo The Boys, os personagens que vamos acompanhar, o mistério que vão conectar esses jovens, e trazer o mais puro suco da piração e imprevisibilidade da atração principal. O sentimento de “socorro eles não vão fazer essa cena!” existe e é sentido aqui (pelo bem ou para o mal).

E a atriz Jaz Sinclair realmente dá conta de assumir o posto de protagonista, depois de ganhar um pouco mais de fama sendo a “melhor amiga da protagonista” lá na série O Mundo Sombrio de Sabrina da Netflix. O arco da jovem Marie Moreau é muito bem apresentado no seriado, primeiro com seu passado, depois com a explicação de seus poderes, a forma como ela descobriu eles e claro, todo o contexto dramático que envolve a adolescente da jovem e os motivos que ela precisa entrar na Universidade e por que isso é tão importante para ela.

Gen V pega carona na fórmula clássica dos filmes e produções teen e coloca o tempero The Boys para introduzir a jovem de origem humilde Marie na faculdade com os colegas ricos, nas dinâmicas entre eles, sem deixar de ser pesada, sangrenta, e divertida. Gen V consegue fazer isso de uma forma muito mais interessante que, por exemplo, Wandinha fez se levarmos em consideração produções lançadas nos últimos tempos que viralizaram.

Assim, o primeiro capítulo é marcado pela forma na qual o seriado explica como funciona não só o dia-a-dia da universidade, mas também a hierarquia do local, quem é quem, como Marie vai se encaixar, quem são os alunos populares e tudo mais.

E todo mundo parece estar com a cabeça para colocar o melhor de si quando as aulas começam. Afinal, como descobrimos, a Universidade tem uma lista com os 10 melhores alunos, uma coisa meio How To Get Away With Murder (literalmente por que como vimos alguém bate as botas no primeiro capítulo), e como, em termos de carreiras, as coisas funcionam na Universidade.

Da colega de quarto de Marie, a jovem que encolhe no melhor estilo Homem-Formiga, Emma (Lizze Broadway), para o queridinho do campus, o Garoto Dourado (Patrick Schwarzenegger), passando por Jordan Li (London Thor e Derek Luh), um estudante com a habilidade de ser duas pessoas com aparências e gêneros diferentes e que trabalha como assistente do Professor Brinkerhoff (Clancy Brown), um dos professores mais importantes do campus. 

Até mesmo a jovem Cate (Maddie Phillips), a namorada de Golden Boy, loira, modelete, e que tem o poder que influenciar as pessoas e Andre (Chance Perdomo), o filho de um conhecido super-super que precisa sair das sombras do pai Polarity (Sean Patrick Thomas)

Chance Perdomo, Jaz Sinclair de costas, Patrick Schwarzenegger, Maddie Phillips e Derek Luh em cena de Gen V.
Foto: Credit: Brooke Palmer/Prime Video

O primeiro episódio dita o tom e as dinâmicas entre esses personagens e que prometem muito em termos de história de maneira geral. Sinclair realmente está bem e lidera o elenco. Outro destaque fica com Schwarzenegger que passa uma vibe Homelander em formação muito interessante. Já Phillips também está muito bem e Perdomo (que trabalhou com Sinclair na série da Sabrina na Netflix) ganha mais uma oportunidade de entregar um personagem que promete e que deve ser novamente um dos queridinhos dos fãs.  

Gen V então, vai aos poucos costurar a trama, e apresentar também um local sinistro chamado pelos personagens de A Floresta, onde experimentos são conduzidos pelo Dr. Cardosa (Marco Pigossi) e que prometem cavucar em alguns segredos que tanto a Vought Internacional quanto a reitora Shetty (Shelley Conn) tem a esconder.

No final, Gen V mistura então jovens descolados, com super poderes, viciados em redes sociais, onde ser visto é a verdade que importante, com essa trama de mistério no melhor jeito de The Boys.

O humor satírico e o texto afiado de The Boys também estão presentes, o que faz o seriado parecer realmente ser uma extensão natural da série e que prepara o terreno, e as expectativas, para o retorno da sérieque já vai para o seu quarto ano e precisava uma pouco de alguma novidade.

Dito isso, fica claro que Gen V tem um tremendo potencial e começa f*cking boa! 

Gen V estreia em 3 episódios em 29 de setembro e depois exibe um novo episódio toda quinta-feira no Prime Video.

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