Curiosidades de bastidores e mais no bate-papo com Manu Gavassi, Rafael Infante para Não Tem Volta

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Em Não Tem Volta, Manu Gavassi e Rafael Infante se metem nas maiores confusões depois que o personagem dele encomenda um assassino de aluguel para acabar com a própria vida depois que a personagem dela acaba com ele. Só que quando Gabriela volta para a vida de Henrique eles vão precisar fugir dos bandidos que tem o trabalho para fazer.

Com direção de César Rodrigues e roteiro original de Fernando Ceylão, o ArrobaNerd participou do dia de imprensa do filme e bateu um papo com os atores, junto com outros jornalistas, e também com o time de produção do filme.

Confira o que descobrimos sobre os bastidores do filme que chega nos cinemas nacionais agora esta semana.

Mas antes assista o trailer do filme.

No filme, o Henrique e a Gabriela meio que invertem os papéis que a gente está acostumado a ver em comédias porque é um cara completamente entrega o amor romântico que chega a uma decisão extrema, porque ele está em inconformado com o término, e uma mulher que, por mais que ela seja apaixonada, ela está preocupada com a carreira, com a individualidade dela. Então eu queria perguntar para o Rafa e para a Manu como é interpretar personagens assim e qual a importância para gente ver mais personagens desse jeito no cinema nacional?

Rafael Infante: Eu acho que para o mercado isso é muito legal, por que é um momento social que tá acontecendo. Mas eu tenho um probleminha nisso que é o seguinte: eu fui criado em um ambiente de psicanálise na minha casa. Então eu sempre percebi que homens e mulheres viviam isso desde… então eu acho que tem essas duas somas, é um movimento importante e isso tem sido repetido na arte, no entretenimento, na cultura, mas essas questões são masculinas e femininas né? E é bonito que tenha todos os lados, né? Gêneros e etc.

Manu Gavassi: É mas eu eu concordo que há algum tempo atrás seria diferente de maneira diferente, né? Taria escrito de uma maneira diferente né? E eu me identifico muito com isso na Gabriela. Porque eu já várias vezes, pensei duas vezes no amor, pensei duas vez na minha carreira, na minha carreira antes, preciso saber qual é meu legado, eu preciso saber quem sou. Então acho que é uma dúvida da minha geração de mulheres, é uma dúvida mais recente assim, mais atual. Então agora todas as minhas amigas se identificam com isso, e tem as mesmas dúvidas e pensam duas vezes… porque acho que você pensa: não vou comprometer a minha independência, eu demorei para construir.

Eu não vi as gerações anteriores a mim construírem essa independência. Não dependerem de marido para se sustentarem. Acho que em outros tempos teria sido escrito diferente.

Rafael, você veio de um programa que não podia fazer as pessoas rirem, mas aqui você a Manu nos fazem rir e que a química tenta sido construída ao longo das gravações. Poderiam comentar um pouco do dia-a-dia das gravações?

Rafael Infante: Eu, em nenhum momento, fui fazer ela rir. (…) Em nenhum momento foi: “Agora vou fazer ela rir!” A não ser situações do filme…

Manu Gavassi: E às vezes eu fazia piada e ele roubava!

César Rodrigues: Mas a química, de fato, entre eles, foi muito fundamental e foi instantânea. Isso foi determinante. A química é uma coisa que você trás e vai entendendo… e ela pode ser construída. Aqui no caso deles, aconteceu. Aconteceu na afinidade. Por isso que eles se divertiram tanto.

O filme em nenhum momento quis fazer piada. A graça do filme é a situação que ele [o personagem de Infante] vive. Não foi como um desenho aqui, vamo fazer piada aqui. Não, é que essa situação é tão dramática, ela é tão complicada, que a gente ri da situação que ele tá vivendo. E eu acho que a química do bastidor né?, a química da troca dos dois, ela claramente se repetia ali.

Quais as cenas mais divertidas e as mais difíceis de gravar de Não Vai Ter Volta?

Rafael Infante: Ah todas as de casal com a Manu foram incríveis de gravar. Mas particularmente [gravar] essas cenas de rolar no chão, lembra aquelas na Bahia?, foi o dia inteiro suando, foi um desafio diferente. Eu nunca tinha feito, tipo você estar dentro de um carro, e o “Ação!” vem pelo rádio. Era um desafio novo aqui

Manu Gavassi: Mas você não se tacou daquele carro né?

Rafael Infante: Me taquei.

Manu Gavassi: Mas era dublê?

Rafael Infante: Tá, eu me taquei… até certo ponto.

Manu Gavassi: Mas rolando [no chão] era você?

Rafael Infante: Depois de certo ponto, sim. Tinha joelheira, tudo protegido. O Cesinha dava Ação! lá do outro lado, falava no rádio, o cara dirigia… era uma mistura de vai dar certo, ou não vai… e deu!

César Rodrigues: As cenas da festa final deram bastante trabalho. E a gente tava em locação mesmo. Falando de espaços. Fazer aquela cena da briga no banheiro, um espaço mínimo, com espelhos. Toda uma produção. Foram cenas com uma construção, com muito detalhe… para mim foi uma cena que foi trabalhosa.

Manu Gavassi: Mas uma das cenas que eu mais ri, eu não tava na cena, quer dizer, eu tava na cena, mas apenas observando. Foi quando o [personagem] do Rafa aparece de cachorro, e diz: Mas não tem um advogado aqui não!. Eu ri muito, todo mundo riu muito.

César Rodrigues: E aí foi realmente um improviso.

Em uma das primeiras cenas do filme, vemos simplesmente, o Henrique [o personagem do Rafael Infante], tacando um carro na água, e eu queria saber muito sobre o processo dessa cena em especial. Eu queria saber como foi feita, se vocês jogaram mesmo o carro, se teve dublê?

Leonardo Monteiro de Barros (produtor do filme): A Conspiração Filmes tem uma equipe, tem um departamento próprio de efeitos visuais, criação digital… e todos os efeitos são feitos dentro da produtora pela nossa equipe coordenada pelo Cláudio Peralta. Mas aí a execução eu deixo a direção e o elenco falar.

César Rodrigues: Aquela cena, foi uma cena toda desenhada. Na verdade não destruímos carro nenhum, não quebramos vidro nenhum. E isso que é bacana. A construção, o desenho da situação, para que pudéssemos levar aquela narrativa, da cena.

A agência tava ali, fica com Botafogo, ela foi construída para ser na frente do mar… então todo esse lugar que a gente vai construindo, vem muito do dia-a-dia do desenho de cena. Da elaboração do tipo de carro e tudo mais.

Antes eu passava horas, dias para fazer uma cena dessa, parava trânsito, um controle de produção muito maior, o custo de uma cena dessa, o tempo, a logística, era gigante.

O cinema brasileiro é o cinema do mundo. Nós temos os mesmos recursos, as mesmas possibilidades, e estamos nos apropriando disso. Tá sendo fantástico pra gente né? A gente se colocar e ter possibilidade vez maior de estar realizando cenas como essa, com esse acabamento, que você vê em filme de qualquer lugar.

Rafael Infante: Eu também amo ficar vendo essas coisinhas. E a gente tava em Botafogo, no carro, fazendo toda aquela cena, dele em direção aquele vidro, e depois foi outro dia gravando lá na Baía de Guanabara. Foram vários dias.

O enredo gira um pouco em vermos o Henrique não superar a ex. Se vocês fossem amigos do Henrique, como vocês aconselhariam ele sabendo da história? vocês falarem: “Esquece essa menina segue em frente ou falaria não, vai atrás da Gabriela. Insiste um pouquinho ali.”

Manu Gavassi: Eu falaria vai atrás da Gabriela, ia demais!

Rafael Infante: Eu acho que eu também falaria. Vai atrás da Gabriela. É o amor da vida mesmo? Então acho que vale a pena.

Na trama Henrique (Rafael Infante), que não consegue superar a separação de Gabriela (Manu Gavassi) e decide contratar uma empresa de assassinos de aluguel para acabar com sua própria vida. 

Arrependido após reencontrar seu grande amor e reatar a relação, Henrique se envolve em uma trajetória repleta de situações tensas e mirabolantes para se salvar, mesmo sabendo que, por contrato, sua decisão não tem volta. 

No elenco temos ainda Diogo Vilela, Betty Gofman, Roberto Bomtempo, Pietro Barana, Heraldo de Deus.

Não Tem Volta chega em 23 de novembro nos cinemas.

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