Um bate-papo com Scott Beck e Bryan Woods, os diretores de 65 – Ameaça Pré-Histórica

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O currículo da dupla Scott Beck e Bryan Woods é de colocar respeito. Eles trabalharam com John Krasinski nos filmes da franquia Um Lugar Silencioso e também adaptaram o conto de Stephen King chamado The Boogeyman para um novo longa de terror que chega nos cinemas em Junho.

E eles também comandam o longa de ficção científica 65 – Ameaça Pré-Histórica que chega nos cinemas já na próxima quinta-feira estrelado por ninguém mais ninguém menos que Adam Driver.

Parceiros de longa data na produtora que leva seus nomes, Beck e Woods também cuidaram do roteiro desse suspense que passa depois de uma queda catastrófica em um planeta desconhecido, onde um piloto chamado Mills (Adam Driver) rapidamente descobre que ele está na verdade na Terra… 65 milhões de anos atrás. Agora, com uma única chance de se salvar, Mills e a outra sobrevivente Koa (Ariana Greenblatt) precisam atravessar um terreno desconhecido cheio de criaturas pré-históricas em uma luta épica para sobreviverem.

Adam Driver luta contra dinossauros em novo trailer da ficção científica 65 – Ameaça Pré-Histórica

Em bate-papo com o site a dupla comenta um pouco sobre o filme e como foi criar uma história totalmente original em uma Hollywood marcada por sequências, reboots e filmes de super-heróis.

Foto: Sony Pictures

ArrobaNerd: Muito se tem comentado na imprensa sobre filmes que não são de super-heróis, ou filmes que não são propriedades intelectuais conhecidas. Nós tivemos M3GAN, Desaparecida, Batem à Porta, Urso do Pó Branco... e agora 65 – Ameaça Pré-Histórica…. como é para vocês lançar um filme com uma história totalmente original e que as pessoas não precisam ter uma conexão prévia com outros materiais?

Bryan Woods: Nós estamos muito orgulhosos de sermos o único filme de grande orçamento de um estúdio em Março que não é sei lá o décimo segundo filme de franquia. É uma grande honra para nós e levamos a sério isso. Scott e eu crescemos nos anos 90 amando filmes, onde existia sempre um novo, maluco, e original, filme todo final de semana nos cinemas.

O mercado mudou de uma certa forma que muito se apoia em propriedades intelectuais e nós achamos que é muito importante para o ecossistema dos cinemas ter novos e malucos lançamentos sendo lançados, e nós temos aproveitado esses filmes, como M3GAN e Urso do Pó Branco, e nós esperamos mais disso, então é um privilégio ter a possibilidade de apresentarmos [também] uma coisa, um pouco diferente.

Além de vocês assumirem a direção do filme, vocês também escreveram o roteiro de 65 – Ameaça Pré-Histórica. Teve algum momento que vocês pensaram: Nossa vamos parar um pouco aqui por que isso tá muito doido? A pergunta principal é o quanto o roteiro mudou desde da época que vocês venderam o projeto para a Sony Pictures até o momento que vocês finalizaram o filme?

Scott Beck: Para nós como roteiristas e diretores, você sempre se propõe a escrever uma versão do roteiro e sabe que inevitavelmente vai evoluir… e essa evolução acontece quando você trabalha com alguém tipo Adam Driver, ou quando você trabalha com seu time de efeitos visuais e estuda como animais se movem, e portanto, como você vai ter dinossauros, como você [fazer esses personagens] atacar em certas formas.

Então eu acho que para nós sempre sobre tentar adaptar, e tentar descobrir o que a história precisa e ter essas conversas e colaborações que te ajudam a criar um caminho que pareça o mais orgânico possível em termos de o que o filme é e o que a história precisa.

O que vocês aprenderam ao trabalhar na franquia Um Lugar Silencioso que vocês levaram aqui para 65 – Ameaça Pré-Histórica? Alguma dica que vocês receberam de John Krasinski?

Bryan Woods: Acho que ficamos realmente encorajados pelo público que apareceu para um filme como aquele que não era de uma propriedade intelectual que não era uma sequência e estamos empolgados com isso. E eu acho que isso nos empolgou para cairmos de cabeça em uma nova empreitada com 65 – Ameaça Pré-Histórica e continuar a apostar em ideias malucas e estranhas para filmes.

Eu acho que nós realmente nos conectamos com o que John fez, um tipo de filme lindo, sem som e que não se apoiava em diálogos… nós acreditamos muito na experiência de ver um filme nos cinemas e também acreditamos em filmes que você pode viajar por todo o mundo e que não exista a barreira da lingua, por que o idioma que se fala é o idioma universal que nós une….que é o cinema.

E com 65 – Ameaça Pré-Histórica o que nós definitivamente queríamos fazer, era um filme enxuto, que não tem muita cenas contemplativas, e que não tenha muitos momentos que vemos os personagens sem agir…

Então no final é sobre esses tipos de experiências cinematográficas, sequências experimentais, e cheia de emoções, focadas nos personagens que são um pouco fora da curva, e que mostram um pouco dessas pessoas que são no longa. Então eu acho que se tinha alguma coisa é que nós ficamos realmente inspirados.

Além da dupla, Sam Raimi Zainab Azizi atuam como produtores executivos.

Confira o trailer do longa:

65 – Ameaça Pré-Histórica chega dia 09 de março exclusivamente nos cinemas.

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