Fantasma e CIA | Crítica: Longa entrega drama fantasmagoricamente divertido

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E chegou à Netflix a comédia dramática Fantasma e CIA (We Have a Ghost, 2023) e com um elenco de peso entregou um longa super divertido, dramático na medida certa e que nos faz rir e torcer pelos personagens durante o seu desenvolvimento.

O elenco é sensacional, coloca Anthony Mackie, David Harbour, Jennifer Coolidge, Tig Notaro e Erica Ash ao lado de um elenco jovem e super talentoso, encabeçado por Jahi Di’Allo Winston, Isabella Russo e Niles Fitch, e é notável como eles se divertem em cena e com isso entregam o necessário para nos manter entretido com a história do fantasma Ernest.

A trama começa muito simples, coloca o jovem Kevin (Winston) perdido nas mudanças de sua família e nas cobranças de seu pai Frank (Mackie), e ele encontra um próprio propósito ao conhecer o fantasma Ernest (Harbour) e ali começar a buscar uma forma de interagir com o fantasma e buscar um jeito de fazê-lo encontrar o seu destino.

Fantasma e CIA fica ainda mais maluco quando Frank e o irmão de Kevin descobrem o vídeo e o fazem viralizar e a vida de todos mudam completamente com a internet deixando todos famosos, e o surto que é mostrado é sensacional. Um fantasma se torna a nova celebridade e tudo o que sai deste momento é hilário, até mesmo com um Jesus aparecendo à porta deles.

O gostoso do filme é acompanhar o desenvolvimento da família, os problemas entre pai e filho e expectativas, e como Fantasma e CIA coloca todas as expectativas de Kevin em Frank e vice-e-versa. A discussão sobre paternidade e expectativa é muito bem encaixada e acaba muito bem ligada tanto na personagem da vizinha Joy (Russo) e como ela se relaciona com a família e também acaba chegando a Ernest.

Falando da relação de Ernest e Kevin, acaba realmente sendo uma fuga da forma que ele acaba vendo o próprio pai e ele molda a relação em torno disso, tanto pela falta de diálogo em casa, quanto por chegar em um lugar novo. Quando Ernest tenta assustá-lo e ele diz que sua vida já tem muitas coisas mais medonhas que isso, é uma forma muito pesada dele falar da relação de sua família.

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Crédito: Netflix

A entrada dos agentes da CIA no papel da Dra. Leslie Monroe acaba mostrando o desdém pelo próximo em um momento muito estranho, quando o diretor fala que podem fazer o que quiser com Ernest, já que ele está morto mesmo. A parte científica não foi muito a fundo, ficou com o medo do que ele realmente pode querer fazer, e o mesmo ficou no papel da maravilhosa Jennifer Coolidge e sua médium de TV que não acredita nas coisas, e acaba tendo uma das cenas mais incríveis do longa.

Fantasma e CIA é divertido, você ri com coisas simples, o elenco é competente e o desfecho de Ernest e o que o levou ao mundo espiritual é de uma reviravolta incrível e acaba deixando as coisas mais intensas para os personagens, em um momento de ação inesperada dentro da casa.

O longa tem direção de Christopher B. Landon, de Freaky: No Corpo de um Assassino e A Morte te Dá Parabéns, com roteiro dele ao lado de Geoff Manaugh.

Fantasma e CIA está disponível no catálogo da Netflix.

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