Em bate-papo Ben Schwartz fala sobre Renfield: Dando Sangue Pelo Chefe

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O ator e comediante Ben Schwartz tem feito bastante coisa desde que apareceu em Parks & Recreation como o queridinho dos fãs, Jean-Ralphio. Depois disso, Schwartz foi a voz do Sonic nos 2 filmes em live-action sobre o personagem, esteve na série The AfterParty no AppleTV+ e aqui estrela ao lado de Nicolas Cage e Nicholas Hoult no longa Renfield: Dando Sangue Pelo Chefe.

Renfield: Dando Sangue Pelo Chefe | Crítica: Comédia peculiar de fazer sorrir e mostrar os dentes

Na trama Schwartz interpreta Tedward Lobo, o membro de uma organização criminosa que comanda as ruas de Nova Orleans no universo do longa. Junto com sua mãe, Bellafrancesca Lobo (Shohreh Aghdashloo) os dois vão cruzar o caminho do Conde Drácula (Nicolas Cage), do seu servo Renfiled (Nicholas Hoult), da detetive Rebecca (Awkwafina) e quem sabe formar uma aliança com um dos vilões mais conhecidos e temidos do cinema.

Em bate-papo com o site, Schwartz comenta sobre os bastidores do longa, trabalhar com Cage e outras curiosidades de Renfield: Dando Sangue Pelo Chefe.

Confira abaixo.

Ben Schwartz em cena de Renfield: Dando Sangue Pelo Chefe
Foto: Credit © 2023 Universal Studios. All Rights Reserved.

Teddy é um personagem super exagerado, um dos vilões do filme, tem cenas bem bacanas com o Drácula de Nicolas Cage e tudo mais. O que foi que te atraiu para esse projeto especificamente?

Ben Schwartz: Sim, eu acho que é bem isso que você falou. É meio que engraçado e divertido interpretar o cara malvado. Eu nunca interpretei um vilão antes, eu sempre faço o mocinho, ou a voz de um personagem animado que tenta ser bom.

Então foi muito empolgante interpretar um vilão, participar de cenas de tiroteio, de perseguições, dirigir alucinadamente por aí, e participar dessas cenas com grandes coreografias de luta, e também apreender a lutar pela pela primeira vez na frente das câmeras. Então tudo isso uma grande razão para eu ter aceitado, mas o roteiro aqui é fantástico.

O roteiro é muito engraçado. E depois que eu consegui o papel, e eles me falaram que Nic [Cage] iria interpretar o Drácula, eu fiquei: “Ah meu Deus, isso aqui é o paraíso. Então achei que era um projeto divertido para dizer sim.”

No filme,Drácula e Teddy tem uma relação curiosa, e a família Lobo tem uma relação curiosa com o personagem. Poderia comentar um pouco dessa dinâmica e o que o Drácula vê neles e vice-versa?

Ben Schwartz: Eu acho que é por causa que ele é muito fã. Ele faria tudo para o Drácula, o que uma coisa muito engraçada. Todos os motivos que Renfield odeia o Drácula são os motivos que Teddy ama o Drácula. Tipo: “Ah meu deus, eu vou fazer qualquer coisa que você me pedir. Quero conquistar o mundo. Você vai me dar poderes ilimitados? Eu vou viver para sempre?”

Mas Teddy não é esperto o suficiente para pensar nas coisas no longo prazo. Ele só pensa em tentar impressionar sua mãe e deixar seu melhor amigo impressionado.

Eu acho que é uma coisa bem patética para um chefão do crime fazer, mas ao mesmo tempo, eu achei bem divertido a forma que fizemos.

Estamos curiosos para saber como foi a atmosfera no set de Renfield: Dando Sangue Pelo Chefe. Você já trabalhou com pessoas como Amy Poelher, Jason Bateman, o elenco de SNL. Poderia falar sobre o que você aprendeu nesses set colaborativo e como foi a atmosfera no longa?

Ben Schwartz: Aprendi que meio que tiro um pouco de tudo [dos sets que participei]. Ver Don Cheadle em House Of Lies e ver que ele era o primeiro nome na lista de elenco, era um grande produtor no seriado e é uma das pessoas mais gentis com a equipe de produção e garantia que todos estivessem bem, e cuidava de todos. Trabalhar com a Amy [Poehler] e ver que ela trata todo mundo muito bem, e o quão colaborativa ela é quando atua [com você].

E Billy Cristal com 75 anos e ainda continua na ativa, e ainda aceita alguns desafios, e topou fazer um projeto arriscado de um filme independente comigo que custou apenas 1 milhão de dólares. Sabe? Esse filme foi tão barato que nós trocávamos de roupa nos nossos carros, mas ele amou fazer. Ele amou fazer que não importou. Nós passamos momentos muito bons, então você leva um pouco disso, de todo mundo.

E aqui, com Cage o que eu levei foi que ele tinha 110% de compromisso. O cara era o Drácula no segundo que ele entrava na sala, você via ele se preparando, antes das câmeras começarem a rolar, e você ficava: “Ah meu Deus, tô vendo Nick Cage se preparando e é a coisa mais empolgante”, e o pessoal fala “Ação!” e você via ele se transformar e ficava: “Ahhh!” e nossa isso foi muito divertido.

Eu realmente tento sempre escolher alguma dessas três frases quando vou escolher meus filmes. Uma [delas] é se as palavras [o texto] são boas e eu quero falar aquilo. A outra é se o diretor é talentoso e eu quero trabalhar com ele, ou se temos um ator ou atriz que eu realmente quero trabalhar, e aprender, com eles. Então eu sempre escolho pensando nisso, e sempre no que vou aprender nesses aspectos: roteiro, direção, atores.

Então, as palavras foram inacreditáveis de boas. Eu amo Chris McKay, e temos Nick Hoult, Awkwafina e Nick Cage. Não teria como, por nada nesse mundo, que eu não aceitaria fazer um filme onde Nick Cage interpreta o Drácula.

Shohreh Aghdashloo e Ben Schwartz em cena de Renfield: Dando Sangue Pelo Chefe
Foto: Credit © 2023 Universal Studios. All Rights Reserved.

O quão envolvido você esteve em criar esse personagem? O quão de Teddy estava no roteiro e o quanto você e Chris McKay trabalharam para criar esse personagem, o quanto de liberdade você teve para improvisar e fazer o que você gostaria de fazer com o personagem?

Ben Schwartz: Robert Kirkman teve a ideia e trabalhou com o roteiro ao lado de Ryan Rively. E as palavras nele eram incríveis e eu fiquei: “Ah, eu sei como eu vou interpretar isso”e na minha cabeça quando eu falei falei com Mckay era que eu poderia adicionar mais comédia e deixar mais pé no chão.

Tem um momento no filme onde eu chego no restaurante e meio que eu estou debochando de todo mundo, e interpretando meu personagem como um arrogante chefe da máfia e coloco minha arma perto da cabeça da Awkwafina eu digo para ela quer vou atirar e ela diz: “Faz! Atira!” e você vê meu personagem ficar aterrorizado por que ele nunca tinha atirado em um cara antes. Ele nunca tinha machucado alguém antes, então ele fica: tipo o que? O que você está fazendo?

E eu amei essa ideia e McKay teve esse grande momento quando ele fala: agora nós temos que ver se seu personagem realmente vai tomar essa decisão e se ele vai dar uma de maluco e realmente tirar a vida de alguém.

Eu amo interpretar dessa forma e lidar com essas pequenas mudanças e ele ficar mais insano e ir por aí jogando drogas nos policiais e foi muito divertido interpretar ele em diferentes níveis.

E como você se sentiu ao usar a máscara do Lobo durante as gravações do filme?

Ben Schwartz: Tem uma cena no filme onde eu coloco essa grande máscara e meu personagem vai para um lugar, para roubar ele, e eu tiro ela [a máscara]. Estava tão quente, e desconfortável, e cheirava horrível. Eu me movimentava muito na cena, então todas as vezes eu que eu tirava eu estava suando e muito desconfortável. Então foi um grande alívio tirar ela, e eu poderia esperar para isso acontecer e eu tirar a máscara.

E essa cena era para ser muito maior. Eu tinha umas duas páginas de monólogos, por que eu iria acabar [detonar] com aquele lugar, mas eu acho que eles cortaram algumas partes.

Então eu acho que a versão que está passando eu só chego e tiro a máscara, mas eu lembro que nos dias das gravações eu fiz muitas coisas malucas com ela, foram 3 dias que nós gravamos, e toda vez que eu tirava a máscara, eu ficava: “Ah sim, agora está melhor.”

Você tem algum filme que te inspirou aqui? Você tem algum vilão favorito que você se inspirou para fazer Teddy em Renfield: Dando Sangue Pelo Chefe?

Ben Schwartz: Muito bacana essa pergunta! Eu não me inspirei em ninguém. Mas meu vilão favorito foi Heath Ledger em Batman – O Cavaleiro Das Trevas. Eu amei. Eu acho que ele está tão dentro do personagem. Eu realmente amo, então meio que eu levo como uma inspiração. Me falaram hoje, durante o dia de imprensa, que meu personagem tem muitas semelhanças com Nicholas Cage em A Outra Face (1997) quando ele tem aquelas armas douradas. E eu não tinha pensado nível e eu achei incrível.

Tanto o personagem dele quanto o meu, tem armas e meu personagem dá uma pirada. Eu amei! Mas os filmes que eu vi foram Caminhos Perigosos (1973), Donnie Brasco (1997) e Scarface (1983) e eu acho que meu personagem tem cartazes desses filmes pregados na parede. Eu acho que ele finge que esteve nesse filmes, mas ele nunca estará em filmes como esse.

Poderia falar como foi gravar algumas das cenas de ação?

Ben Schwartz: Ah foi muito muito engraçado para alguém que não fez muita coisa envolvendo cenas de ação fazer. Tipo a primeira coisa que eu tive que fazer foi treinamento de armas. Eu atirei em algumas coisas antes, mas aqui eu parecia um maníaco atirando nas coisas. Foi muito engraçado. Se vocês me vissem no primeiro dia do treinamento eu estava todo empolgado, até que duas semanas depois, eu estava: “Ah Meu Deus”.

Foi igual quando eu comecei a fazer meu treinamento para as cenas de luta, eu parecia uma criança empolgada. Eu ficava fazendo isso e aquilo, até que um cara literalmente um dia me parou e falou: “Você não pode fazer isso. Você não pode ficar fazendo barulhos enquanto você soca as pessoas.”

E eu: “Claro, claro, você está certo. Estamos gravando um filme, né?” Então eu tive que me conter em coisa assim. Mas foi divertido. Foi igual em The AfterParty [a série da AppleTv+] que eu tive que aprender a dançar para um número musical. Eu estou aprendendo essas habilidades pequenas nos sets de gravações que eu levo comigo.

E por causa desse número musical já me ofereceram papéis musicais e agora que eu tenho essas cenas de ação, quem sabe não me oferecem para ser o melhor amigo judeu do Keanu Reeves em John Wick 5. Vamos ver o que pode acontecer né?

Renfield: Dando Sangue Pelo Chefe vem de uma sequência de filmes “originais” na Universal Pictures como M3GAN, Batem À Porta, O Urso do Pó Branco. Como é estar em um filme de estúdio que tem uma história que não é baseada em uma história em quadrinhos ou um livro?

Ben Schwartz: Eu acho que isso é uma excelente questão. Eu amo histórias originais. Eu fui contrato para fazer o remake de um filme baseado em uma novela com um elenco todo de Latinas. Eu escrevi isso faz um tempo, eu to no novo DuckTales. Eu faço parte do Turtles.

Eu já trabalhei em revivais. Mas toda vez que eu escrevo meus roteiros, é sempre uma história original. Eu amo a ideia de trazer alguma coisa original. Vou te falar eu sou o maior fã de histórias da Marvel Studios. Eu amo a Marvel, eu amo a DC. Eu assisto eles. Eu amo super-heróis. Eu cresci com quadrinhos, jogos de vídeo game, e eu amo o que Phill Lord e Chris Miller estão fazendo em trazer essas novas coisas e que eles criam novos projetos para Homem-Aranha com o novo Aranhaverso, e eu acho que é um dos melhores filmes da década passada.

Eu sou totalmente a favor de projetos originais, e como um comediante e como um roteirista que escreve para grande estúdios e que escrevo comédia, o fato que O Urso do Pó Branco tenha dado certo, e o fato que esse tipo de filme foi lançado, me permite assumir novos riscos e me fazer tentar vender filmes de comédia.

Por que eu cresci vendo Steve Martin, os filmes do Jim Carrey, de John Candy e não temos mais tantas comédias assim. Ninguém deixa comédias assim estrear nos cinemas. Eu espero que isso continue a ser uma tendência para termos mais riscos em apostas em comédias por que eu acho que quando vamos para o cinema para tomarmos sustos, eu acho que a ideia de rirmos juntos com um grupo de pessoas é uma experiência muito catártica e eu amaria se isso pudesse continuar.

Renfield: Dando Sangue Pelo Chefe chega nos cinemas nacionais em 27 de abril.

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