A Casa Do Dragão | Review: 1×06 – A Princesa e a Rainha

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Passagem no tempo. Rivalidade feminina. Fofocas na corte. E mortes. Uma combinação ideal para ser, e termos, um episódio digno de Game of Thrones e de sua série derivada A Casa do Dragão.

E o 1×06: A Princesa e a Rainha, até que faz sim um bom capítulo, mas convenhamos que já passou metade da temporada e a atração sempre fica naquele sentimento de que AGORA a trama vai mudar completamente… só que aí os roteiristas avançam a história no tempo, pouca coisa muda, e o ciclo se repete. Claro, as coisas até que mudaram um pouco mais nesse sexto capítulo, por conta de ter passado mais de 10 anos desde dos eventos vistos no episódio anterior com o noivado de Rhaenyra com Laenor Velaryon e a Rainha Alicent por assumir um tom mais agressivo quando se trata da sucessão ao trono, afinal, ela tem dois filhos com o Rei Viserys (Paddy Considine)… mas estruturalmente, apenas aumentou-se a lista de personagens na atração por que, de maneira geral, a trama em si continua a mesma de 5 episódios.

Emma D’Arcy, John MacMillan
Foto: Ollie Upton / HBO


E agora, 10 anos depois de tudo isso, Rhaenyra (agora Emma D’Arcy) dá a luz para mais um filho com Laenor (agora John MacMillan). Ou pelo menos é o que o casal quer que todo mundo imagine por conta daquele acordo entre eles. E tantos anos depois, o acordo continua de pé e ambos estão com novos parceiros. A questão da paternidade das crianças, já são três filhos, sendo o primogênito e o herdeiro da herdeira do trono, o jovem Jacaerys (Leo Hart), é questionada mais uma vez por Alicent (agora Olivia Cooke, aqui ótima no papel) que parece ser a única com culhões para debater o assunto perto do Rei.

Até mesmo o pai da Princesa faz vista grossa sobre a questão. E D’Arcy e Cooke tinham uma grande empreitada pela frente para assumirem como a Princesa e a Rainha, que dá o título para o episódio, afinal, as atrizes anteriores, por mais que levou-se um tempo, conseguiram entregar boas atuações nos primeiros 5 episódios. E no episódio 6, principalmente Cooke manda muito e bem ao levar o tom raivoso de Alicent para um outro patamar que a colega só tinha arranhado no episódio passado.

10 anos depois Alicent, tem muito do pai, e vemos ela ser uma mãe feroz que luta por seus filhos, Aegon (Ty Tennant) e Aemond (Leo Ashton) e posição dos garotos na linha sucessória. Aegon é o único que pode questionar a legitimidade de Rhaenyra no trono, afinal, é o herdeiro homem do Rei que como vimos nesse episódio já parece ir de mal a pior. O que era um dedo faltando, agora virou para um braço completo? 

Assim, Princesa e Rainha se engalfinham com indiretas (a cena no pequeno conselho foi uma excelente representação) em uma guerra silenciosa de poder (chamar a outra logo depois do parto foi jogo baixo e uma das cenas mais pesadas da série até agora), e que ao longo do episódio se tornam cada vez mais diretas e ousadas, onde a questão de sucessão é mais uma vez comentada e discutida.


Olivia Cooke, Paddy Considine
Foto: Ollie Upton / HBO

Parece que A Casa do Dragão avança sua trama, a cada episódio, para sempre voltar na mesma questão principal que envolve Rhaenyra e eles colocam uns dragões ali para dar uma enganada. E claro, A Casa do Dragão sempre usa e abusa desses personagens quando bem lhe convém. Feitos por computação gráfica, num trabalho bem impressionante, seja quando temo cenas com os jovens Príncipes que precisam treinar os seus dragões, menos Aemond que diferente do irmão, e dos primos, não tem um, ou até mesmo quando vemos as espécimes com Laena Velaryon (Nanna Blondell) que se vê casada com o, por enquanto pacto irmão do Rei, Daemon Targaryen (Matt Smith), com três filhas com seus problemas próprios.

As cenas com o dragão Vhagar, de Laena, o mais antigo de todos, foram bem bacanas e apavorantes de se ver e um dos ápices do episódio. O mesmo vale para todas as cenas que Cooke apareceu.

E como falamos, por mais que muitas coisas tenham acontecido, a luta do cavaleiro da guarda da Princesa Harwin Strong (Ryan Corr) com agora cavaleiro da guarda da Rainha Sir Criston Cole (Fabien Frankel), a tentativa do Mão do Rei Lyonel Strong (Gavin Spokes) em deixar o cargo por conta das atitudes do filho, e as consequências das ações do outro filho do conselheiro, o ardiloso Larys Strong (Matthew Needham), parecem que sempre ajudam a atração em estar num ritmo de uma eterna preparação para a formação de uma tempestade. Será que as nuvens carregadas finalmente vão dar chuva nos próximos episódios? Já estamos rumo às horas finais de A Casa do Dragão que de uma forma bem pontual e isolada, por enquanto só entregou um grande vem aí. 

A Casa do Dragão exibe seus episódios todos os domingos na HBO e HBO Max, às 22h.

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