terça-feira, 20 maio, 2025

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Looney Tunes – O dia que a Terra explodiu | Crítica: Divertido e That’s all, folks!

Se eu queria ver Gaguinho e Patolino unidos para salvar a Terra de uma ameaça em Looney Tunes – O dia que a Terra explodiu (The Day the Earth Blew Up: A Looney Tunes Movie, 2025)? Eu queria muito, mas fica claro também que tudo que envolve essa nova história animada dos Looney Tunes, a primeira em longa metragem para esses personagens, acaba por ser mais interessante pelo que o filme representa do que efetivamente entrega.

Afinal, toda a história de bastidores para chegarmos no momento do lançamento de Looney Tunes – O dia que a Terra explodiu nos cinemas acaba por ser muito mais legal de ter acompanhado do que o filme em si. Que é bom, que é divertido, sem dúvidas, mesmo que caótico, frenético e que realmente mostra por que alguns executivos decidiram malhar o filme e outros decidiram resgatar ele.

Foto: KETCHUP ENTERTAINMENT

“Você é deeeeesprezível!” diria o Patolino para um bando de executivos que cancelaram o lançamento do filme alguns anos atrás e impediram que Looney Tunes – O dia que a Terra explodiu tivesse um lançamento, seja nos cinemas, ou pela Max (antiga HBO Max que tinha encomendado o filme em 2021). Entre idas e vindas, uma possível redução fiscal, a venda do longa para estúdios rivais e plataformas de streaming diferentes que a da própria empresa que aprovou o projeto, o que importa é que Looney Tunes – O dia que a Terra explodiu saiu nos cinemas americanos, saiu nos cinemas brasileiros, e mostra que Looney Tunes ainda é uma marca conhecida e reconhecida e por que deveria ver a luz do dia.

E vimos. O longa acerta ao mostrar esses dois personagens tão icônicos como Gaguinho e Patolino (talvez, o pato mais que o porco) e figuras extremamente opostas em personalidades um dos outros, seguindo a linha de Wicked, Wandinha, e até mesmo Frozen, na medida que eles conseguem salvar a Terra e conseguem também se salvarem como filme e produção cinematográfica.

Foi muito bom ter tido a experiência de assistir Looney Tunes – O dia que a Terra explodiu nos cinemas, mesmo que o filme não entregue nada de mais ou seja marcante. Afinal, durante aquelas quase 1h30min de duração que o filme tem, o espectador é jogado para as maluquices que esses personagens vivem na medida que eles precisam encontrar uma forma de salvarem a casa que vivem e que foi herdada pelo “pai” deles, um fazendeiro solteiro e com o olhar açucarado.

Assim, em apuros, e prestes a perderem seu lar para uma agente imobiliária, o certinho Gaguinho e o debochado Patolino partem em busca de conseguirem empregos para pagarem suas dívidas. O roteiro alucinado e ligado no 220v (escrito por 11 pessoas!) dá para o espectador a sensação de estar no meio de uma montanha russa, onde tudo acontece de uma forma muito rápida, ágil, e sem tempo a perder.

Em um momento, vemos Gaguinho e Patolino andarem pelas ruas da cidade em diversos trabalhos, numa montagem bacana e que funcionam como mini-filmes, para logo depois conhecerem e cruzarem caminho com a cientista de sabores Petunia, para eles mesmos também irem trabalhar na fábrica de chicletes, para depois cruzar caminho com alienígena que tem planos bastante específicos para a Terra e seus moradores.

É tudo muito pah, pum e meio cansativo de se assistir. Mas não é ruim. Divertido? Claro, dei boas risadas. E a dublagem nacional está muito bem feita, as piadas muito bem adaptadas, a animação em 2D é muito bonita e uma escolha acertada para dar para o filme um visual mais acolhedor e próximo ao que estamos acompanhados com esses personagens, mas ao mesmo tempo senti que foi um grande episódio que liguei num sábado de manhã para assistir e que passou na TV sem comerciais. Ou no caso, aqui, no streaming, onde definitivamente o longa vai se sair melhor.

Foto: KETCHUP ENTERTAINMENT

Tem um aspecto cinematográfico? Não, mas é extremamente consciente disso ao contar essa história. A relação entre os dois personagens principais é um fator bem bacana para uma história dos Looney Tunes, afinal, Patolino sempre foi, ao longo dos anos, pareado com o Pernalonga, mas aqui, os roteiristas conseguiram criar uma trama nova, e atualizar essa dinâmica entre dois personagens super conhecidos do público e acostumado com um certo tipo de narrativa serializada. 

Na medida que Patolino, Gaguinho e a porquinha Petúnia vão desvendar os mistérios que a chegada do tal alienígena na Terra e seu plano de transformar os moradores da Terra em zumbis na medida que eles mascam chicletes, eles precisam também bolar um novo gosto para um e testar suas amizades.

As piadas funcionam, mesmo que algumas sejam mais datadas, e apenas amplificam a quantidade de tempo que esse roteiro foi feito para até quando o longa foi finalizado, a relação entre os personagens também, e a história, mesmo que a toque de caixa se garanta para contar uma boa história.

No final, Looney Tunes – O dia que a Terra explodiu é uma grande homenagem para esses personagens tão icônicos e importantes para não só a história da animação, mas para uma Era de desenhos animados que sofrem em se manter atuais e conectados com o público moderno. No meio de explosões, chicletes, e piadocas, Gaguinho, Patolino e Petúnia mostram que ainda tem gás para continuarem a agradar as futuras gerações, mesmo com quase 90 anos de existência. Um capítulo interessante para os Looney Tunes que vivem mais um dia para contarem uma história. That’s all, folks!

Avaliação: 3 de 5.

Looney Tunes – O dia que a Terra explodiu está em cartaz nos cinemas nacionais.

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Miguel Morales
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