É Viola Davis como você nunca viu. Em G20, a vencedora do Oscar interpreta a Presidente dos EUA Danielle Sutton que se torna o alvo número um depois que a cúpula do G20 é cercada. Depois de escapar da captura dos agressores, ela precisa ser mais esperta que o inimigo para proteger sua família, defender seu país e salvar os líderes mundiais.
Com direção de Patricia Riggen, o longa chega no Prime Video no próximo dia 10, e fomos descobrir as curiosidades de bastidores e os segredos do longa durante a coletiva de imprensa do filme realizada de forma virtual.
Ao lado de Davis, G20 é estrelado por Anthony Anderson, Marsai Martin, Ramón Rodríguez, Douglas Hodge, Elizabeth Marvel, Sabrina Impacciatore, Christopher Farrar e Antony Starr.
G20 foi escrito por Caitlin Parrish e Erica Weiss, e Logan Miller e Noah Miller, com história de Logan Miller e Noah Miller.
Confira abaixo.
Moderadora: Vocês estão trabalhando nesse filme desde 2016. Qual é o sentimento agora que vocês estão prestes a lançar o longa para todo mundo?
Viola Davis: Estou me sentindo muito bem. Estou mesmo. Vejo esse filme como o ápice de nossa tenacidade, nossa visão para as produções da JuVee [Productions, produtora da atriz com o marido Julius Tennon] que se trata de atender ao amplo espectro da humanidade. Sinto que todos se empenharam ao máximo e o efeito desse filme é exatamente o que pretendíamos. Portanto, considero isso um sucesso e estou me divertindo com isso. Estou me sentindo muito bem. E você Patrícia?
Patricia Riggen: Eu me sinto muito bem também. […] Já estou estou envolvida há quatro anos, o que é muito tempo, e me sinto muito orgulhosa disso. Estou muito satisfeita com os resultados, porque realmente me lembro da Viola dizendo: “Quero um filme divertido. Quero assistir com minha filha e me divertir”. E, sabe de uma coisa? [G20] é mais do que diversão. Não é só diversão. Ele também tem todos os outros elementos de que gostamos nos filmes. Sabe, tem aquele drama, aqueles personagens com os quais nos importamos e isso se dá muito por conta de Viola.
Moderadora: E como foi trabalhar juntas?
Viola Davis: O que eu adoro na Patricia é que ela é apaixonada por suas escolhas. Ela vem de um lugar autêntico, portanto, é uma colaboradora, mas não desiste de sua visão do projeto. E eu adoro isso.
[…] Sabe, nós, garotas, às vezes, nos esquecemos disso. Elas perdem esse memorando e cedem com frequência porque não ocupamos espaços nesse gênero, nessa linha de atuação, nessa indústria. Por isso, muitas vezes, as pessoas cedem e, em seguida, acabam fundindo sua visão e sua arte ao escopo do estúdio ou do serviço de streaming. E eu não vi Patricia fazer isso. Acho que ela fez escolhas fortes e ousadas nas quais acreditava e literalmente se manteve firme até o fim, e é por isso que temos o filme que temos hoje. É uma prova de seu talento.
Patricia Riggen: Obrigada pelas palavras. […] Sou muito, muito, acho que teimosa no que acredito e no que vejo, e luto até o fim, porque é meu trabalho proteger o filme, e acho que o segredo é não duvidar de mim mesmo e continuar acreditando em mim mesmo, e o fato de Viola estar lá como produtora e como protagonista do filme, com sua inteligência, seus instintos e seu talento, me deixou mais forte e me fez ser capaz de realmente lutar por todas as ideias.

Moderadora: Essa pergunta veio do Brasil, Em sua carreira, você interpretou alguns personagens marcantes que são mulheres fortes.
Mas nesse papel de presidente Danielle Sutton, como você se preparou física e emocionalmente para interpretar alguém que conduz toda a trama? E que você conseguiu equilibrar a força de um líder com a vulnerabilidade de uma mulher que está cansada de lutar, especialmente sendo uma mulher negra. O que mais lhe chamou a atenção ao desenvolver esse personagem?
Viola Davis: O que mais me impressionou, ou melhor, nem deveria dizer que me impressionou. Quero dizer, eu entendo isso. Acho que às vezes, especialmente se alguém é o presidente dos Estados Unidos. Nós o vemos como seu papel e não como um ser humano. Então, as pessoas dizem: “Viola, como você interpretou o Presidente dos Estados Unidos?” Não estou interpretando o Presidente dos Estados Unidos. Estou interpretando Danielle Sutton, que foi eleita presidente dos Estados Unidos. Por isso, sempre que se tem um personagem, é preciso descobrir qual é a necessidade, e que o motiva.
Moderadora: Uma pergunta da Alemanha. Como foi escalar o elenco para interpretar os outros membros da primeira família e como foi trabalhar com Anthony Anderson, Marsai Martin, e Christopher Farrar?
Viola Davis: Fantástico. Eu me senti conectada com eles desde o início.Sabe, uma das razões pelas quais sugeri Anthony Anderson para o papel foi porque muito do seu humor me lembra o do meu marido. Quero dizer, é isso mesmo. Ele me faz lembrar do meu marido. E Marsai e, Christopher, foi simplesmente tivemos química.
Moderadora: Outra pergunta do Brasil…Patricia, como foi gravar as cenas de ação?
Patricia Riggen: Sabe, há muitos deles e cada um é diferente. Algumas são apenas de contatos mais próximo, sabe, pessoas brigando umas com as outras. Uma das minhas favoritas é a cena do elevador e temos três bandidos lá dentro, mais a Presidente que cai, mais o guarda-costas dela, o agente serviço secreto que é visto aqui atrás. Portanto, são cinco, mais o operador de câmera, alguns deles dentro do elevador.
Foi uma cena super divertida e desafiadora de filmar. E depois temos outras com coisas grandes, como helicópteros que estão se movimentando e caindo, e esse helicóptero, por exemplo, não é um helicóptero VFX. É uma coisa real. Então é como ter um ônibus gigantesco que você tem que mover e girar. Foi divertido e desafiador.
Viola entrou em forma e super forte. Sabe, uma das coisas que considero muito importante quando vemos um filme de ação, especialmente se for uma mulher fazendo a ação, é que acreditamos que ela pode realmente enfrentar essas lutas e esses caras. E não há uma única dúvida de que ela pode vencer qualquer um desses caras.
Eu me inspirei nela no filme e agora tenho ido para a academia. [risos]
Moderadora: Por que você escolheu que o vilão fosse australiano? E o que fez com que o ator neozelandês Anthony Star fosse a pessoa certa para esse trabalho?
Patricia Riggen: Certo, então a Austrália é apenas uma escolha, você sabe, para torná-la global. […] E, é claro, Anthony Star é um ator fenomenal e ainda é muito novo como personagem. Ele traz, sabe, eu realmente o equiparo a Viola e isso é difícil de dizer sobre qualquer pessoa, porque ela é incrivelmente talentosa e traz muito para o personagem, mas Anthony Star também trouxe humanidade e uma paixão e ele adora ser malvado.
Então, ele realmente traz muitas coisas e um dos personagens mais difíceis de criar é o vilão.[…] As pessoas me dizem que, enquanto assistem ao filme, há um momento em que você realmente fica do lado do vilão. Isso é muito legal. Eu tenho que dizer. Sim. Realmente entendo o ponto de vista dele.

Moderadora: E quero falar sobre o icônico vestido vermelho, porque eles fizeram o mais belo vestido para o filme. Quantas versões desse vestido foram feitas? E como ele funcionou?
Viola Davis: Tivemos quantos no filme? Uns três?
Patricia Riggen: Sim, mas fizemos aproximadamente uns 40 vestidos. Fizemos toneladas e toneladas de vestidos porque o vestido se transformava ao longo da história. E uma das coisas mais malucas é que tivemos de encomendar o tecido para confeccioná-lo com um mês de antecedência, porque os figurinos chegavam à Cidade do Cabo.
Então, acho que foram comprados milhares de metros desse tecido para fazer o vestido. E a outra coisa é que, sabe, tivemos muitas discussões entre Viola e eu sobre como ela vai fazer essas lutas? Como ela vai estar em um helicóptero com um vento e o vestido? Então, tivemos algumas ideias inteligentes sobre como colocá-la em outros trajes. Por exemplo, matar pessoas e roubar suas calças delas.
Viola Davis: Mas fiquei muito feliz quando você teve essa ideia, Patricia. Você não tem ideia. Quero dizer, eu adoro o vestido, mas o vestido se tornou um obstáculo, o que é lindo de se interpretar como ator. Como Viola, eu sempre pensava: “Oh, meu Deus, eles vão ver minhas cintas”. Agora, eventualmente, vocês veem minhas cintas, mas a parte bonita disso é que é a vida. Sabe de uma coisa?
G20 chega em 10 de abril no Prime Video.