Only Murders In The Building | Crítica 2ª Temporada: Novos mistérios mesmas ótimas atuações matadoras do elenco principal

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Um dos carros chefes do lançamento do Star+ no Brasil, a série Only Murders In The Building retorna menos de 1 ano depois dos seus ótimos e divertidos episódios do primeiro ano terem estreado na segunda plataforma da Disney disponível por aí.

E em um ritmo super rápido e sem dar muito tempo de você pensar: “Nossa Only Murders já gravou sua segunda temporada e os episódios já estreiam agora?”, a série retorna tão afiada e divertida de se assistir como seu primeiro ano.

Only Murders In The Building
Martin Short, Steve Martin e Selena Gomez em cena de Only Murders In The Building
Foto; Craig Blankenhorn/ HULU – © 2022 Hulu

De volta ao Arconia, onde novos assassinatos acontecem no prédio. E dessa vez Oliver ( Martin Short), Charles (Steve Martin), e Mabel (Selena Gomez) foram realmente pegos com boca na botija, ou no caso com a mão no crime, e estão envolvidos como “suspeitos” principais no novo caso que aconteceu nos minutos finais do primeiro ano e que serve como o ponto de partida dos novos episódios.

E além de serem presos (a detetive Williams de Da’Vine Joy Randolph está de volta!), se tornarem as “pessoas de interesse” do caso, e serem liberados, eles precisam lidar também com a astuta empresária interpretada por Tina Fey que roubou a ideia deles e criou seu próprio podcast chamado Only “Murderers” in the Building. Assim, os roteiristas tentam sair pela tangente para dar para um novo ano uma nova trama para focarmos ao longo dos episódios do segundo ano. Serão 10 episódios no total.

E com novos mistérios, um novo assassinato, em Only Murders In The Building o que temos de melhor são as mesmas atuações matadoras de Short, Martin e Gomez que arrebentam como esses personagens e estão em total campanha para o Emmy (pela primeira temporada vale avisar) agora em setembro. O trio principal parece mais confortável em seus papéis, as dinâmicas entre seus personagens estão mais rápidas, afinal, eles já tem uma experiência de true crime juntos, e o faro para as pistas continua o mesmo, cheio de acertos e erros. E também as divertidas situações que eles são colocados estão de volta na medida que a investigação sobre a morte de Bunny (Jane Houdyshell) começa, mesmo com a polícia falando para eles não interferirem na investigação, e nada um novo podcast. Alías tem uma passagem no começo do segundo ano particularmente muito engraçada que envolve uma porta de emergência, um elevador e um quadro misterioso. Mas aqui sem spoilers, claro.

O que podemos falar da segunda temporada de Only Murders In The Building é que os roteiristas tentam repetir a fórmula do primeiro ano: muitas pistas, muito mistério, e reviravoltas. Só que a diferença aqui é que o caso envolve os personagens principais muito mais de perto, o que dá a chance para conhecermos mais de seus passados, mais efetivamente sobre eles. Se no primeiro ano, a vítima, Tim Kono (Julian Cihi) tinha uma relação com Mabel, aqui Bunny tinha uma, não só com todos os três, mas também com os todos outros moradores do prédio. A lista de suspeitos é grande, afinal a mulher era o cão.

Só que num primeiro momento do segundo ano de Only Murders In The Building, uma das pistas tem relação exclusivamente com um dos três protagonistas. Novamente, sem spoilers aqui. Assim, os roteiristas conectam o caso com o passado dos personagens, o que dá chance para Short, Martin e Gomez mergulharem mais uma vez em seus personagens, onde eles conseguem mostrar novas facetas desse trio, e mais sobre essas pessoas que estão unidas, pelo acaso, pelo mesmo prédio.

E novamente parece que os roteiristas vão nos dar pistas, entre verdadeiras e falsas, que nos forçam a precisar prestar atenção em tudo e tentar desvendar o caso junto com personagens. O novo ano amplia o mundo do Arconia, tem a volta personagens coadjuvantes do primeiro ano, como os vizinhos fofoqueiros e curiosos como Uma (Jackie Hoffman) e amante dos gatos Howard (Michael Cyril Creighton). Os novos episódios de Only Murders In The Building ainda nos introduzem para diversos outros personagens que parecem, a princípio, não estarem muito conectados com a trama principal (mas isso já é uma suspeita minha) como Amy Schumer (como ela mesmo, igual Sting foi no primeiro ano) num papel totalmente qualquer coisa e numa versão de Schumer bem mais sem graça do que a atriz se apresenta em seus papéis, a atriz Cara Delevingne como uma artista de uma galeria em Nova York e também a veterana Shirley MacLaine. 

Assim, a série se apoia no mistério central, e em outras pequenas tramas paralelas, para continuar com o gás que teve no primeiro ano e contar uma nova história. Se ela vai ser melhor, mais bem esquematizada, e divertida de se desvendar, eu e você leitor teremos que esperar para ver a história se desenrolar nos próximos episódios. O que sabemos é que Only Murders In The Building retorna com o mesmo carisma, o mesmo tom de sagacidade e excelentes atuações desse elenco, numa das melhores séries dessa safra da guerra dos streamings que vem se afunilando na busca de produções-eventos. Faz novamente uma que não se pode perder.

Only Murders In The Building retorna em 28 de junho com 2 primeiros episódios no Star+. Novos episódios todas as terças-feiras.

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