O Verão que Mudou Minha Vida | Crítica 1ª Temporada: A série mais fofa do ano

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Depois de assistir os episódios da série já, logo de cara, dá para dizer que Bem parece que temos a série mais fofa do ano. Pelo menos até agora. The Summer I Turned Pretty, ou O Verão que Mudou Minha Vida aqui no Brasil, chega no catálogo do Prime Video para definitivamente fazer da plataforma a casa das séries teen e comprova que esse verão (americano) é o momento que a plataforma tornou a mais atrativa para esse tipo de produção. 

A adaptação do livro de Jenny Hann faz uma série extremamente maratonavel sobre a descoberta de primeiros amores, amadurecimento e perdas. Segue a linha dos filmes Para Todos os Garotos… da streaming rival. Se você viu por lá e gostou, O Verão que Mudou Minha Vida é para você.

o verão que mudou minha vida
Lola Tung como Belly em O Verão que Mudou Minha Vida Foto: Amazon Studios

Liderado pela talentosa atriz adolescente Lola Tung, o seriado tem uma suavidade, uma leveza em contar essa história mesmo que lide com algumas questões importantes e mais dramáticas em seus episódios.

Em alguns momentos, O Verão que Mudou Minha Vida pode soar um pouco idílica demais, um pouco perfeita demais, seja em personagens ou situações apresentadas, mas parecem que estão ali para honrar a trama do livro e a história desses adolescentes. 

Você sente esse tom apenas nos primeiros episódios. Em O Verão que Mudou Minha Vida é verão e a jovem Belly (Tung) está pronta para voltar para a casa no litoral que frequenta com sua mãe Laurel (Jackie Chung) e seu irmão Steven (Sean Kaufman) desde que eles eram crianças.

Agora ela não é mais criança, já é uma adolescente, se preocupa com sua aparência e claro com garotos. Um especificamente: Conrad (Christopher Briney).

Foto: Amazon Studios

A questão é que será que Conrad a verá como uma mulher e não mais a garota que cresceu com ele? E para complicar tudo mais, como uma boa série teen, a casa que Belly passou seus verões é a mesma que Conrad, agora em sua fase rebelde e que largou o time de futebol que fazia parte, e seu irmão, o galenteador e que flerta como todo mundo Jeremiah (Gavin Casalegno) vivem com a mãe deles Susanah (Rachel Blanchard).

Ela e Laurel são melhores amigas e mantém a tradição de se reunirem no verão, sem os maridos, apenas as crianças para semanas na piscina, jogos e diversão. Mas não será um verão comum para ninguém. O mais interessante da série fica nessa desconstrução do verão perfeito pra todos os personagens.

Todos eles chegam com uma bagagem gigante, emocionalmente falando, para o verão. Fica claro que a mudança de ares não vai abafar os problemas desses personagens. Os primeiros episódios de O Verão que Mudou Minha Vida são bastante introdutórios nessa história e realmente ditam o tom mais pastel, e extremamente teen que a série possui. 

Foto: Amazon Studios

Ao trabalhar com arquétipos de produções do gênero, O Verão que Mudou Minha Vida brinca com esses personagens e aos poucos vai por mostrar os problemas que eles enfrentam e precisam lidar ao longo dessas semanas. E a série só cresce em termos de episódios, é um acaba por ser melhor que o outro, e a história e as reviravoltas apenas aumentam a cada desdobramento e claro a cada decepção amorosa. E também os triângulos amorosos que pipocam ao longo da temporada, tanto entre Belly que pondera seu crush em Conrad na medida que conhece outros rapazes, e até mesmo com o irmão dele. Hum, plot twist.

A forma como os roteiristas deixam Belly e boa parte dos personagens com falhas tipicamente adolescentes é muito interessante. E não só eles, os adultos, as figuras das mães principalmente, também tem suas próprias histórias paralelas que são bem desenvolvidas ao longo da temporada, mesmo que algumas como o bloqueio criativo de Laurel em escrever o novo livro e seu flerte com um outro escritor, são deixados um pouco de lado.

E onde tem festa, tem jovem. E O Verão que Mudou Minha Vida no começo parece fazer uma suavização do tema, mas a chegada de Taylor (Rain Spencer), a melhor amiga e descolada de Bells na cidade muda todas as dinâmicas da série. Não é que a série vai full Euphoria mas também coloca um pouco de tempero no que faltava do relacionamento entre esses jovens.

A temporada se encaminha para o grande evento da temporada de verão local, o baile de debutante. A forma como os roteiristas lidam com essa questão, e todos os conceitos sobre feminismo envolvido também é bastante interessante e cheio de pontuações relevantes pra a questão. E claro a festa tem revelações, brigas e abre o gancho para uma segunda temporada já garantida pelo estúdio.

No final, O Verão que Mudou Minha Vida sabe muito bem o tipo de público que quer atingir, e faz isso de uma forma super acertada numa produção despretenciosa e deliciosamente boa de se assistir.

O Verão que Mudou Minha Vida chega em 17 de junho no Prime Video.

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