Andor | Primeiras Impressões: Um começo sombrio e empolgante

Diego Luna reprisa papel visto em Rogue One: Uma História Star Wars.

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Rogue One: Uma História Star Wars (2016) talvez seja para muitos fãs de Star Wars um dos seus filmes favoritos dentro da franquia. Aquela de um grupo de pessoas que não são Jedi, ou estão ligadas aos rankings de poder do Império, ou da Antiga República, mas que mesmo assim fazem parte dessa grande história das galáxias pareceu empolgar, e levar aos cinemas, muita gente.

E isso veio depois da LucasFilm e da Disney terem lançado Star Wars: O Despertar da Força nos cinemas em 2015. Com o início da trilogia e o spin-off, foi uma nova esperança de revitalizar a franquia e voltar com esses personagens.

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Diego Luna em cena de Andor
Foto: ©2022 Lucasfilm Ltd. & TM. All Rights Reserved

E ao apresentar a figura dessas pessoas que foram fundamentais para conseguir os planos da Estrela da Morte para a Aliança Rebelde, pudemos ver um outro lado dessa galáxia tão tão distante. E três filmes, dois da trilogia e Han Solo, e algumas séries no Disney+ depois, Andor chega na plataforma e vemos que tudo que rolou com Rogue One se repete na atração que chega com seus três episódios no Disney+ em formato de lançamento semanal.

E pelo menos ao menos nos três primeiros episódios dessa primeira temporada, serão duas no total, Andor se apresenta como uma produção única e bem diferente do estamos acostumado ver, e assistir, com Star Wars do Disney+. Andor é mais sombria do que foi The Mandalorian e O Livro de Boba Fett e menos cheia de easter-eggs e fan-services do que foi Obi- Wan, por exemplo.

Nesse começo, faz uma coisa mais Blade Runner menos Star Wars e acaba por ser mais uma atração sobre “ somos pessoas comuns por viver nosso dia-a-dia e sobrevivendo nos confins da galáxia” do que Jedi, Força, e Lordes Sith. São, novamente, pessoas comuns, a viverem suas vidas, no meio da dominação do Império Galáctico. Um dos personagens até diz em uma das cenas: “quanto menos atenção chamarmos para eles melhor”.

Claro, Andor é uma série Star Wars, você sente que é uma atração Star Wars, seja pela paisagem desértica (mas não estamos em Tatooine), pelo tipo específico de ambientação que a série se impõe, e claro, pela presença das forças do Império sempre ali e também pelo fato estamos por acompanhar o personagem de Cassian Andor no centro dessa história. 

E se em Rogue One: Uma História Star Wars, tínhamos uma série de personagens para prestar atenção e desenvolver no curso de um filme (afinal, sabemos o que iria acontecer com eles por conta dos eventos de Star Wars: Uma Nova Esperança), Andor é totalmente o espaço para Diego Luna desenvolver e nos mostrar seu potencial como Cassian Andor e Luna realmente agarra essa oportunidade e está excelente.

Ainda não é 100% o Andor que conhecemos mas temos muito caminho para chegar até lá na medida que o personagem vive na tumultuada cidade em que vive por dar golpes e em busca de sua irmã. Apoiado em flashbacks que contam sua infância e como ele foi parar do seu planeta natal para a cidade, Andor realmente começa de uma forma super empolgante e misteriosa na medida que vemos o personagem num bar, a interagir com os outros clientes do local. A primeira parte da aventura de Cassian, rumo aos eventos de Rogue One, começa ali na medida que vemos a morte de dois homens em um beco escuro.

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Kyle Soller em cena de Andor
Foto: ©2022 Lucasfilm Ltd. & TM. All Rights Reserved

Sinto que o combo formado pelos episódios 1, 2 e 3 contam uma única história e que serve para nos fazer ambientar na trama que Andor vai contar nos próximos capítulos. A atração é eficaz em nos mostrar, e estabelecer, onde o personagem está na linha do tempo da franquia Star Wars, seus relacionamentos no planeta e as coisas que ele precisa fazer para sobreviver no lugar: roubar créditos, ou contrabandear peças de naves e tudo mais. Seja seu relacionamento com vendedora Bix Caleen (Adria Arjona), ou com o robô B2EMO (o novo favorito dos fãs, com certeza), ou com os diversos personagens que Andor interage em seu dia-a-dia.

O que não ajuda o personagem é a trama paralela em que o foco fica no oficial Syril Karn (Kyle Soller), um membro da guarda com ideias grandiosas quer manter a ordem e a lei, e começa a reunir, as pistas do caso que surgem quando os dois corpos aparecem, atrapalham as estatísticas de criminalidade e estão, como vemos, ligados com Andor. Claro, toda essa trama se desenvolve ao longo de três episódios, onde temos a introdução da personagem de Fiona Shaw, como a misteriosa caçadora Maarva e de Stellan Skarsgard como um comprador de peças da loja de Bix (ele é mais que isso) e que está de olho em alguma coisa que Andor quer passar para frente. (Sem spoilers aqui).

Ambos Skarsgard e Shaw estão bem demais e apenas completam a carga dramática necessária que Andor se apresenta nesse começo e que se complementam com a atuação de Luna. O caminho para os eventos vistos nesse começo até os vistos em Rogue One: Uma História Star Wars devem ser preenchidos aos poucos ao longo dos próximos capítulos da série que começam de uma forma mais dramática do que esperado. Estamos curiosos.

Andor estreia seus episódios no dia 21 de setembro no Disney+.

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