A próxima série animada da Marvel vem aí. E nada de multiverso ou ameaças de um novo vilão, se trata de Marvel’s Moon Girl and Devil Dinosaur!
O seriado acompanha as aventuras da jovem Lunella Lafayette (voz de Diamond White no original) de 13 anos e do seu melhor amigo…. um T-Rex (voz de Fred Tatasciore no original) de mais de 10 toneladas chamado Devil Dinosaur.
Depois que Lunella acidentalmente trás seu feroz amigo para os dias atuais em Nova York, e juntamente com sua outra amiga Casey (voz de Libe Barer no original) eles vão embarcar em diversas aventuras para proteger a cidade do perigo e enfrentar ainda o misterioso The Beyonder (voz de Laurence Fishburne no original).
E o ArrobaNerd foi convidado pela Marvel para participar de um evento virtual onde rolou um bate-papo bem legal sobre a série com os atores, e ainda com Steve Loter, o produtor executivo da série ao lado de Fishburne.
Confira o trailer abaixo:
Nova York sempre foi pano de fundo para diversas produções da Marvel. Estamos curiosos se vocês podem falar sobre essa versão específica da cidade de Nova York que vocês mostram aqui em Moon Girl And Devil Dinosaur?
Steve Loter: Claro! Eu cresci em Nova York, nos anos 80 e 90. Eu estava lá quando tivemos o começo da arte graffiti. Hum, isso era Nova York antes da gentrificação, então era o momento perfeito onde a criatividade, a imaginação, música, arte, poesia, e livros ainda eram uma coisa muito vibrante e muito viva em Nova York.
Eu sempre quis ter a certeza que nós mostrassemos isso no seriado. Por que eu já vi Nova York ser mal representada em animações, então eu queria ter certeza que ficasse acurada. Então nós nos apoiamos em muitos nomes conhecemos do cenário artístico – o processo de serigrafia (do inglês silk-screen ou impressão a tela) de Andy Warhol, as artes grafites de Basquiat, os murais de arte de rua, para dar um gostinho para a Nova York que gostaríamos de capturar.
Por que eu sabia que nós tínhamos que fazer certo, senão, se eu não fizesse, eu não poderia voltar para Nova York. Eles não iam deixar, então, eu tinha que ter certeza que faria da forma certa.
Diamond, você entrega tanta vida e vibrância para a Lunella. Ela é uma ícone. Nós perguntamos, o quão você se vê nessa personagem?
Diamond White: Muito de mim. Eu crescido sendo uma garota Americana-africana e quando eu tinha 13 anos, não, quando eu tinha 7 anos anos eu queria muito uma personagem como essa que existisse. É muito legal ter alguém do mesmo tom de pele que o meu, a mesma textura de cabelo. Representação é isso…. significa muito para mim.
E a animação aqui é muito poderosa, e ela salta em tela, e definitivamente corresponde essa expectativa de uma série de ação. Mas como que vocês decidiram pelo design do seriado para não só contribuir para a ação, mas também para a cultura que também está sendo representada?
Steve Loter: Bem, eu acho que nós gostaríamos de ter a certeza que nós estávamos fazendo alguma coisa bem especial e única. E claro que Homem-Aranha No AranhaVerso foi uma grande inspiração para nós, afinal meio que escancarou as portas para que uma animação de super-herói parecesse muito especial e única. Eu e Laurence realmente nos conectados bem cedo, e nós falamos sobre a visão para o seriado e que deveria ser.
E Laurence é um grande amante de história em quadrinhos, então nós usamos essa inspiração como um mapa para o visual estético e particularmente no trabalho com os personagens e o visual da série de maneira em geral.
Laurence Fishburne: Nós tivemos muitas, mas muitas conversas sobre o visual de fundo, sobre a ambientação, a paleta de cores que iríamos e todas essas texturas. Vocês comentaram sobre graffiti, por exemplo, como um dos elementos de fundo e as texturas para a Nova York e o Lower East Side visto na série. Então foram todas essas coisas, e também, veja bem nós somos pessoas que realmente amamos animação, desde que éramos jovens, então é com muito prazer para todos nós estamos aqui, e criarmos esse seriado na qual, como Diamond falou, é um seriado como nada que existe por aí.
Aftershock é uma vilã que é tão pontual dentro de um contexto e uma representação horrível da gentrificação. Nós perguntamos se vocês podem falar sobre o desenvolvimento dela como a vilã e como foi importante que a personagem fosse a primeira vilã que Lunella enfrentasse no seriado?
Steve Loter: Sim, claro sobre o Aftershock ser a primeira vilã da série, ela é a primeira ameaça real, e mais formidável vilã que a Moon Girl enfrenta. Nós realmente quisermos encapsular muito sobre qual é a mensagem da trama, de termos uma série sobre uma garota que faz a diferença ser tão importante.
Então termos essa personagem que vem para a Lower East Side que pega sua energia de lá é basicamente um tratado sobre gentrificação. É um tratado sobre perder sua comunidade, seu bairro, e suas conexões. Então sim, é realmente muito importante que Aftershock seja o conduíte, sem piadinhas e trocadilhos, para esse tipo de história.
E foi totalmente intencional, ela é a filha de Electro, o que é sempre muito muito legal. Mas é isso, essas são as razões na qual Aftershock tinha que ser definitivamente nossa primeira vilã.
Essa questão é para Laurence Fishburne e todos no elenco. Falando sobre representatividade, perguntamos: ser nerd é o novo ser descolado? Por que vocês acham que agora, mais do que nunca, pessoas precisam ver mais garotinhas como gênios, que dominam matemática, e que não tem medo de se aceitarem assim?
Laurence Fishburne: Para mim não importa seu gênero, sua raça, suas crenças ou qual país você vive. Eu sempre achei que é muito muito legal e descolado ser inteligente. Eu acho que é importante para nós termos esse tipo de representação por que você não pode ser o que você não pode ver. Então se mais jovens garotas de cor tiverem a experiência de verem uma pessoa como Lunella, talvez, elas não fiquem medo de mostrarem suas inteligências, e se apoiarem nela. Eu acho que isso é uma boa coisa para se fazer.
Temos muitos easter eggs da Marvel na série, vocês poderiam citar quais são os favoritos de vocês?
Eu sempre gosto de dizer que nós somos complementares ao MCU. Nós vemos alguns personagens do MCU no seriado. Mas também temos alguns personagens que realmente estão bem enraizados lá no fundo dos quadrinhos da Marvel e que são bem difíceis de lembrarmos. Nós usamos, por exemplo, um personagem de um quadrinho lá dos anos 70… eu amo fazer isso, por que nós realmente usamos, ou tentamos usar, o personagem certo que se encaixe no elemento temático para cada episódio. Temos muitos easter-eggs, não só no fundo, mas em quase todo lugar, seja em diálogos, ou até mesmo em outros lugares que aparecem na série. Temos alguns bons por aí, por que afinal, nós também somos fãs.
E qual a reações de vocês quando descobriram que Moon Girl And Devil Dinossaur já tinha sido renovada para uma segunda temporada antes da atração estrear?
Laurence Fishburne: [comemora]
Steve Loter: Basicamente foi isso. Tipo, quero dizer, foi um bom sentimento por que nós sabíamos que nós tínhamos mais histórias para contar. E foi meio que na medida que a temporada 1 foi acontecendo, a história fica mais serializada. Você vê um tipo de antagonismo surgindo no pano de fundo. E eu acho que é isso, nos temos muito mais para contar. Quero dizer, nós queremos passar pela temporada 2 por que nós sentimos que Lunella Lafayette tem muito mais histórias para contar.
Marvel’s Moon Girl and Devil Dinosaur chega em 15 de março.