Todo Dia | Crítica

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Todo Dia (Everyday, 2018) é o seu clássico drama teen com um elenco jovem e bonito que compensa uma certa falta de experiência em atuação com carisma mas que por outro lado entrega uma trama simpática sobre descobertas, amores e relacionamentos.

Foto: Paris Filmes

O drama é baseado no livro de mesmo nome escrito por David Levithan e acaba por ser um típico filme adolescente americano, onde as coisas parecem seguir uma lista pronta e algum tipo de fórmula mas que acerta ao contar uma história onde temos uma protagonista que tenta sair do lugar comum e que corre atrás do que quer.

Como falamos, a trama é agradável e adorável em muitos momentos e conta o dia a dia de uma menina de 16 anos que se apaixona por A, uma alma que habita o corpo de um adolescente diferente a cada 24 horas. Todo Dia consegue então explicar diversas situações que ao longo do filme que podem surgir na cabeça de quem assiste, como por exemplo “a escolha do corpo é aleatório?” ou “as pessoas lembram de ter sido possuídas pela entidade ?” e até “o que acontece quando A fica mais de 24 horas no corpo de alguém?”

Assim, o roteiro adaptado por Jesse Andrews não é nada complexo e talvez isso nem seja a idéia da produção aqui, afinal a história consegue, na medida do possível, deixar as coisas divertidas e fluidas. Isso fica claro enquanto Rhiannon (a atriz cheia potencial Angourie Rice) descobre A no corpo de uma nova pessoa e mesmo quando vemos a entidade pular de pessoa em pessoa temos que a trama se desenvolve seus problemas de uma forma bem rápida mesmo que a própria mitologia do filme nos impeça de nos aprofundarmos em cada uma delas. Como fica a história do rapaz gay que dirigiu quilômetros para encontrar a menina? Ou o caso da garota com pensamentos suicidas?

Angourie Rice and Jacob Batalon in Every Day (2018)
Foto: Paris Filmes

Todo Dia tem uma leveza bastante interessante em abordar questões complexas mesmo que de uma forma simples e às vezes bastante rasa. Mas isso tudo vem embalado numa trilha sonora animada e cenas bastante bonitas com cores que casam com o humor dos personagens. Como falamos, o ritmo ágil do filme ajuda a história ser contada de uma forma que temos poucas barrigas na trama é como se estivéssemos na linha do tempo no feed do instagram onde com um toque do dedo pudemos rolar vídeo por vídeo rapidamente na tela do celular mesmo que no final a produção perca a chance se aprofundar aqui e ali em algumas tramas e personagens.

No final, Todo Dia é um filme encantadoramente intrigante. Sua história nos cativa para querer saber mais e mais sobre o que acontece com Rhi e A e o lado bom que longa até consegue escapar um pouco dos clichês de filmes teen.

O lado ruim é que mesmo assim, quando vemos o filme de uma forma geral, Todo Dia acaba por ser mais uma história padrão como a que vemos por aí quase todos os dias.

Nota:

Todo Dia tem data de estreia para 26 de julho.

 

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