Space Jam: Um Novo Legado | Crítica: Divertido, novo longa faz uma cesta de 3 pontos em se diferenciar do original

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Confesso que minha memória emocional com Space Jam: O Jogo do Século (1996) é gigante, e sim, eu fiz um bico quando a Warner Bros. anunciou que faria um novo filme com a mesma temática. Eu pensei “para que mexer em time que tá ganhando, não é mesmo?“, mas antes de atirar a munhequeira, a camiseta do Tune Squad, e julgar o filme sem antes ver, eu aguardei pacientemente o material de divulgação. 

Achei interessante na época. E agora tendo visto o longa posso dizer que Space Jam: Um Novo Legado (Space Jam: A New Legacy, 2021) entrega uma divertida aventura com o retorno dos Looney Tunes para um novo jogo do século, onde o filme faz uma cesta de 3 pontos em se diferenciar do original e se firmar com uma coisa única mesmo que beba e muito da Fórmula Secreta do Michael… Digo do original. 

Space Jam: Um Novo Legado | Crítica
Foto: Warner Bros. Pictures

Space Jam: Um Novo Legado garante que quem nunca viu o filme anterior possa curtir e embarcar nessa aventura, que em sua essência continua a mesma: um jogador de basquete acaba parando em uma Terra Mágica Animada onde precisa usar suas habilidades para, ao lado do Looney Tunes, tentar vencer o vilão do filme. Mas também o roteiro do longa, escrito por várias pessoas (Juel Taylor, Tony Rettenmaier, Keenan Coogler, Terence Nance, Jesse Gordon e Celeste Ballard) consegue ir além e deixar a história um pouco mais robusta e mais complexa do que o longa original. É melhor que o filme de 1996? Não, mas também temos o fator nostalgia envolvido, né? Para aquela época, e para os recursos, o longa da década de 90 cumpria seu papel.

Aqui, Space Jam: Um Novo Legado se apoia exclusivamente na tecnologia utilizada, cheia de efeitos especiais e que parece que efetivamente estamos dentro de um jogo de vídeo-game, e nas diversas piscadelas que o texto faz para o grande Universo de Personagens e propriedades intelectuais da Warner Bros. Pictures. Space Jam: O Jogo do Século e Space Jam: Um Novo Legado se mantém como filmes que falam e passam uma mensagem super bacana e estão separados apenas pelo grande servidor do estúdio onde o jogador LeBron James (que interpreta ele mesmo) e seu filho Dom (Cedric Joe) vão parar depois de uma discussão sobre sonhos e o que cada um que fazer com seu futuro para o desespero da mulher (ficcional) dele, a jovem Kamiyah James (Sonequa Martin-Green) e seus outros filhos.

Claramente vemos que James não é um ator profissional, mas se garante em boa partes das cenas, sem dúvida nenhuma. Sequestrados por uma inteligência artificial com planos megalomaníacos chamada Al G. Rhythm (Don Cheadle, ótimo e parece ter tirado o maior proveito do papel), LeBron e Dom se veem em times opostos nessa nova disputa. Pessoalmente, como a relação pai e filho entre os personagens não me cativou, eu acabei por aproveitar a aventura e me divertir com a versão animada de James que encontra com o espevitado Pernalonga, onde eles navegam de Universo por Universo (ou por cantos do servidor da Warner Bros.) para recrutar diversos outros jogadores Looney Tunes. De uma forma bem ágil, vemos os personagens em diversos outros lugares que eles não deveriam estar seja Themyscira, Metropolis, Kansas, ou na Hollywood antiga dos filmes preto e branco.

"Space Jam"
Space Jam: Um Novo Legado | Crítica
Foto: Warner Bros. Pictures

Pessoalmente vejo que o grande mérito de Space Jam: Um Novo Legado é de fazer um filme extremamente vibrante, mega colorido e cheio de easter-eggs e que consegue nos fazer rir de diversas situações que apresenta, seja uma executiva non-sense do estúdio Warner (a comediante Sarah Silverman), ou até mesmo, da participação de outros jogadores da NBA como monstros animados do time rival. E claro, sobre se Michael Jordan vai ou dar as caras no longa.

Space Jam: Um Novo Legado não é tanto sobre o jogo, quem vai ganhar, ou como eles vão ganhar, e sim sobre a relação entre esse pai e esse filho e como tudo isso deu pano de manga para a intromissão dessa tecnologia. Claro, a cena do jogo em si é divertidíssima com destaques para Lola Bunny (voz de Zendaya no original), Pernalonga, a Vovô, Ligeirinho e o Piu-Piu que saem de suas formas animadas e ganham uma nova roupagem. Todos eles tem seus momentos, suas piadinhas, e tudo mais e realmente dão o ar da graça. Mas efetivamente o novo filme não é mais sobre eles, mesmo que boa parte da graça fique neles.

No final, Space Jam: Um Novo Legado consegue se diferenciar do longa original e presta uma homenagem para a famosa obra. É melhor? Não. É mais maluco e feito para deixar as crianças vidradas por 2 horas quando ele entrar na HBO Max? Definitivamente. Arremesso de 3 pontos para a WarnerMedia.

Avaliação: 3 de 5.

Space Jam: Um Novo Legado chega em 15 de julho nos cinemas nacionais.

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