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Sorria 2 | Crítica: Naomi Scott sorri, canta e dança enquanto lida com traumas

Naomi Scott sorri, canta e dança enquanto lida com traumas em Sorria 2, uma das grandes e positivas surpresas do ano. Nossa crítica.

“Você só precisa sorrir e ler o telepronter”  Sem dúvidas nenhuma dá para dizer que Sorria 2 (Smile 2, 2024) faz uma das grandes e positivas surpresas do ano. E isso muito se dá pelo fato que temos a atriz Naomi Scott (Aladdin, As Panteras, da série Anatomia de Um Escândalo) no papel principal da sequência do longa lá de 2022. Ela dá o nome ao filme enquanto sorri, canta e dança e lida com os traumas de sua personagem.

E fica claro a intenção de Parker Finn aqui com a sequência de querer aumentar o escopo, seja da narrativa, seja dos novos nomes no elenco e até mesmo em expandir a mitologia apresentada no primeiro filme comandado também por ele.

E isso dá muito certo, afinal, Sorria 2 faz isso de uma forma extremamente eficaz e bem feita. Finn se solta das amarras orçamentárias e faz a festa sorrindo aqui, ao colocar a maldição do sorriso em uma cantora pop badalada, cheia de fãs, stalkers e fama. Pense em Lady Gaga com Taylor Swift e Britney Spears, todas aqui juntas.

Naomi Scott em cena de Sorria 2. Photo by Photo Courtesy of Paramount Pict – © 2024 PARAMOUNT PICTURES.

Com esse novo longa, o diretor apenas amplifica tudo aquilo que já conhecíamos sobre essa história e dá uma roupagem ainda maior, mais brilhante e colorida, igual o collant que Skye Ridley (Scott, ótima) usa no seu grande show de retorno da turnê que foi cancelada depois que ela sofreu um acidente com o namorado Paul, um ator queridinho de Hollywood e em ascensão, e aqui, interpretado por Ray Nicholson.

E na medida que vamos por conhecer mais sobre Skye e descobrimos que ela passou 1 ano lidando com seu trauma, e está com um novo visual, ela está de volta. Pronta para dar entrevistas em talk shows, aqui o de Drew Barrymore em uma participação especial com o seu próprio programa, fazer meet & greets, ensaios com os dançarinos, aparições em eventos, tudo isso para voltar com a turnê mundial que a gravadora dela investiu milhares de dólares, como gosta bem de lembrar sua mãe super controladora (interpretada pela incrível Rosemarie DeWitt) e seu assistente puxa saca Joshua (Miles Gutierrez-Riley, visto essa semana no novo episódio de Agatha Desde Sempre).

Então fica claro então Skye é sim um prato cheio para ser uma das próximas vítimas da maldição que conhecemos lá no primeiro filme. É isso que realmente acontece. O mais interessante é a forma como Finn (que também cuidou do roteiro) constrói a figura de Skye antes de vermos ela ser efetivamente consumida pelas pirações, alucinações, e doideiras que a maldição coloca as pessoas que se hospeda.

Afinal, não é logo de cara que a bola está com Skye e vemos a maldição parar em outras pessoas antes de chegar na cantora pop e efetivamente fazer a ponte do primeiro filme com esse novo. E, talvez, é aqui que seja o momento que Sorria 2 deixe alguém brilhar além de Scott. É o caso do ator Luke Cage que aqui interpreta um zé droguinha que se vê em apuros com a maldição e tem cenas bastante divertidas com Scott ao mesmo tempo que também bastante assustadoras.

Se tem uma coisa que dá para tirar de lição com Sorria 2 é nunca mais vou olhar para uma anilha de academia e uma água VOSS da mesma maneira depois desse filme. Finn não poupa esforços para chorar e causar estranheza com suas cenas, muitas delas bem gráficas, e violentas, mas que ajudam a dar o tom mais caótico, e imprevisível para o longa e para a trama.

Na medida que a vida pessoal, ela tenta desesperadamente voltar a falar com uma antiga amiga (Dylan Gelula), e a profissional, é o grande retorno aos holofotes de Skye e não vai existir uma nova chance para ela (coisa que seria diferente se ela fosse um homem, vamos deixar claro) entram em combustão a jovem precisa lidar com essa questão e tentar descobrir o que é real e o que é fruto da sua mente. Finn, como roteirista, estabelece ainda mais as regras dessa maldição, onde por conta de um novo personagem que é introduzido e interpretado por Peter Jacobson, descobrimos que existem pelo menos 8 outros casos da maldição antes de Skye.

Lukas Cage em cena de Sorria 2. Photo by Photo Courtesy of Paramount Pict – © 2024 PARAMOUNT PICTURES

E a forma como a narrativa se encaminha para seu final, dá para perceber que com Sorria 2, os produtores podem ir agora para diversos caminhos, seja em continuar essa história, ou voltar no passado. Quem está realmente sorrindo são os executivos do estúdio que finalmente notaram que tem alguma coisa interessante com essa história e que o primeiro filme valeria a pena ser lançado nos cinemas e não ser jogado no streaming como o plano original era para o primeiro filme. Aqui, o estúdio definitivamente abraça essa oportunidade depois que o primeiro filme fez sucesso com a crítica e o público, e estão rindo de terem encontrado uma nova franquia para fazer par com os filmes de Um Lugar Silencioso.


E quem sorri também somos nós, afinal, Sorria 2 entrega um filme infinitamente mais superior que o primeiro filme,  abraça o lado pop, o lado galhofa, que ficou faltando no anterior que mirou alguma coisa um pouco mais conceitual e artística e que agora vai pelo caminho natural de expandir sua história  e que dá muito certo termos a história de um novo  filme de terror se passando nos bastidores de um show de uma cantora pop.

E tudo isso é liderado pela a atuação fantástica, e talvez, em seu melhor papel até agora, de Scott, onde Sorria 2 nos entrega um filme bastante divertido de se assistir e um que ainda capricha na dose de suspense e terror. Confesso que enquanto me divertia com as nonsense dessa estrela pop de Scott eu tomava uns sustinhos e dava uns pulinhos na cadeira com as passagens mais gore. Como falei, uma grata surpresa e que me fez sair com um sorrisinho no rosto pós-sessão.

Nota:

Sorria 2 chega em 17 de outubro nos cinemas nacionais.

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Miguel Morales
Miguel Moraleshttp://www.arrobanerd.com.br
Sempre posso ser visto lá no Twitter, onde falo sobre o que acontece na TV aberta, nas séries, no cinema, e claro outras besteiras.  Segue lá: twitter.com/mpmorales

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