Sherlock | 4×01 – The Six Thatchers

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Afiada e instigante, Sherlock retorna para sua 4ª temporada mostrando fôlego, roteiro e elenco cada vez mais forte e nos fazendo ficar ainda mais ansiosos pelos próximos episódios. Com seu retorno arrasador, com mais de 8 milhões de audiência só nos Reino Unido, Sherlock vem para mudar completamente a relação entre seus personagens, principalmente entre Sherlock e Watson.

ALERTA DE SPOILER: Este artigo contém informações sobre os principais acontecimentos do episódio. Continue a ler por sua conta e risco.

A grande confusão feita neste episódio é o excesso de problemas que Sherlock fica na cabeça por conta do aparecimento ou não de Moriarty. O cara é O inimigo de Sherlock, e esperamos que ele tenha mais momentos em tela, mas pelo jeito não será neste episódio, que foi bem mais maternal, por assim dizer. Ver Sherlock perdido em seus vícios e fazendo o possível para se manter limpo nos remete ao episódio The Abominable Bride, e nos mostra que ele superou ao menos esse trauma, mas precisa focar em investigações e casos que o tirem de si.

Sua ligação com Mycroft continua sensacional. Os dois irmãos discutindo problemas corriqueiros como se fossem grandes causas da humanidade é sensacional, reforçando o quão excepcional é a relação dos dois. A forma como eles abordam os casos também traz mais envolvimento com a situação em si.

Sherlock

E tivemos também o nascimento de Rosie, filha de Mary e Watson, em uma situação que coloca todos fora da “caixinha” trazendo mais até mesmo de Sra. Hudson para próximo a eles. A chegada da bebê traz mais coração para a série, trabalhando o inusitado na vida de Watson e Sherlock. Espero que desenvolvam bem isso mais adiante, pois ficou apenas na ponta da trama aqui.

As 6 Thatchers

Então temos o caso do episódio. Sherlock começa a ligar os pontos de uma morte sem explicação de um jovem e o fato de um busto de Elizabeth Thatcher, a primeira-ministra do Reino Unido, estar desaparecido. Esta é a ponta do icebergue para trazer mais informações de Mary para a ação. Por trás dos bustos, os 6 do título, em um deles há o pendrive igual o que Mary destrói, nos expondo mais de seu passado no AGRA.

Com o desenvolvimento e a crescente de Mary nas tramas, Amanda Abbington mostra uma força incrível para sua personagem, que vê o seu passado retornar para cobrar dívidas. Com isso temos a relação de Watson exposta e desenvolvida, enquanto vemos a dificuldade em serem pais, e os casos em que se envolvem. Mary viu um caso antigo vir matando seus amigos e ela se tornar então o principal alvo.

Sherlock

No meio desse jogo inteiro, a pessoa mais ignorável se torna a vilã, a maestra por trás de tudo e também a que traz a maior dor a Watson e a Sherlock, que precisará ficar no encalço do amigo. Ele jurando que Moriarty retornaria para lhe trazer seus queba-cabeças para lhe atormentar, e ele mesmo foi o criador do seu maior e mais difícil caso: Salvar Watson.

Sherlock trouxe um roteiro que se completará nos 3 episódios a sua real trama, mas mesmo forte e instigante, os excessos das tramas e as reviravoltas, as vezes um pouco desconexas, saíram um pouco cansativas, enquanto a direção abusou dos efeitos visuais para exemplificar pesquisas e escritas. Não que tudo isso atrapalhe o prazer de termos Sherlock de volta, muito pelo contrário, Martin Freeman, Benedict Cumberbach, e todo o elenco, com mais espaço até para Lestrade, mostram a grandiosidade da série.

Fico por aqui, comentem e to be continued

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