Romance | Crítica #TBT

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Quero falar de um dos filmes mais lindos do cinema nacional. Romance (2008), narra a história de amor entre Pedro (Wagner Moura) e Ana (Letícia Sabatella).

Pedro é diretor de teatro e se apaixona por Ana ao contracenar juntos a peça Tristão e Isolda, uma história trágica de um Cavalheiro e a Princesa da Irlanda. Alí eles iniciam o romance.

Os caminhos de Pedro e Ana se perdem quando a moça recebe um convite de um importante diretor de TV, Danilo (José Wilker), para participar de uma novela em uma das emissoras mais importantes do país.

Enquanto Ana conversa com sua empresária Fernanda (Andrea Beltrão), Pedro acaba ouvindo a e interpreta tudo de forma errada.

Sem conversar com a moça para esclarecer os fatos, em uma sugestão de Ana para conciliar os dois trabalhos (teatro e TV), Pedro briga com ela e diz que não dá pra fazer os dois e interrompe o relacionamento.

Após três anos, os dois se encontram para um trabalho. Ana será atriz do filme Tristão e Isolda, e indica Pedro para escrever e dirigir o longa que foi gravado no sertão da Paraíba.

Para interpretar Tristão, eles não querem um ator, mas sim um morador da região, um nordestino. Eles começam a fazer a seleção dos atores e Orlando (Vladimir Britcha), que é ator se infiltra nos testes, fingindo ser nordestino e ganha o papel.

Ana fica encantando por Orlando e começa a viver uma relação com ele. O que deixa Pedro visivelmente abalado.

O longa tem aproximadamente duas horas e você não vê o tempo passar. Tudo no filme é muito bom. Os atores, a direção de Guel Arraes (Alto da Compadecida, Lisbela e o Prisioneiro), a produção é de Paula Lavigne, e a trilha sonora tem músicas lindas, uma delas a canção de Caetano “Nosso Estranho Amor“, que embala o romance de Pedro e Ana.

Romance abre uma discussão sobre os atores de teatro e televisão. O que escolher, a arte ou a fama? O filme também não é só um filme de amor, de relação, mas também um filme que fala sobre o amor, com cenas intimas e deliciosas de Pedro e Ana.