Resgate (Netflix) | Crítica

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E Resgate (Extraction, 2020) nada mais é um desses filmes de ação super genéricos que vemos todos os anos pipocar por aí… mas aqui, a Netflix soube criar um com cenas de ação de tirar o fôlego, e com momentos super frenéticos. Afinal, se o personagem do ator Chris Hemsworth já consegue resgatar o filho do traficante indiano com 20 minutos de filme, então o que esperar das próximas 1 hora e pouco que Resgate tem para oferecer? O combo básico de tiro, porrada, e bomba. 

Chris Hemsworth and Rudhraksh Jaiswal in Extraction (2020)
Resgate | Crítica | Foto: Netflix

Para os fãs de jogos de vídeo-game, Resgate faz um delírio em tela, e a trama por mais batida possível, entrega uma reviravolta aqui e ali, afinal todos querem o garoto Ovi Mahajan (Rudhraksh Jaiswal) para si, mas com propósitos bem diferentes. A missão é tentar salvar o menino, e para isso o mercenário Tyler Rake (Chris Hemsworth, bem e com sangue nos olhos) vai colocar a cidade de Daca de cabeça a baixo para tirar Ovi com vida do lugar dominado pela facção rival comandado por Amir Asif (Priyanshu Painyuli).

E para isso, Resgate funciona realmente como um jogo de vídeo-game em primeira pessoa, onde vemos os personagens lutarem para conseguirem sair com vida de cada obstáculo que o mundo do crime de Daca tem. Com roteiro de Joe Russo, da franquia Vingadores, Resgate acaba então por levar o espectador nessa jornada sanguinária e violenta para salvar a vida do jovem Ovi, e claro, para isso também criar uma camada a mais para o personagem de Chris Hemsworth que se vê no meio de uma crise por conta da morte de seu filho. 

Randeep Hooda and Chris Hemsworth in Extraction (2020)
Resgate | Crítica | Foto: Netflix

Resgaste mostra uma cultura indiana realista e brutal, sem deixar de mostrar uma certa ostentação, e claro, um choque entre a realidade gigante entre ricos e pobres e que assola o país. Mas claro que o foco aqui fica nas grandiosas sequências de explosões, e nas lutas corporais que acabam por serem muito bem coreografadas e que mostram os personagens literalmente dando o sangue por elas. O diretor Sam Hargrave, que trabalhou como Coordenador de dublês em diversos filmes da Marvel Studios como Vingadores e Capitão America: Soldado Invernal ainda presenteia o espectador com um plano sequência bastante impressionante onde a câmera acompanha os movimentos dos personagens durante uma alucinante fuga de carro que realmente dá uma certa elevada no longa. 

Mas nem mesmo as surpresas como a desnecessária sequência envolvendo o ator David Harbour que aparece lá pela metade do filme conseguem sustentar as quase 2 horas que o longa acaba por ter. Nem mesmo o seu final em aberto, que acena lá de longe uma possível sequência, consegue fazer isso.

No final, vemos Chris Hemworth usar seu star power acumulado por conta dos filmes da franquia Thor e Vingadores para protagonizar e fazer um típico filme de ação que não chega a efetivamente empolgar, pois fica engessado em diversos ângulos e momentos que já vimos muitas vezes por aí. Mas para os fãs do gênero, Resgate deve fazer uma boa opção para se assistir em época de quarentena. 

Nota:

Resgate disponível na Netflix.

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