Queer as Folk | Primeiras Impressões: Série homenageia original e traz mais diversidade a comunidade LGBTQIA+

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Quando Queer as Folk estreou lá no início dos anos 2000 não sabíamos direito o que esperar. A série que contava a história de quatro amigos que viviam as desventuras de serem gays a beira do novo milénio despertou interesse de muitos e se tornou um marco da TV mundial. A série, baseada no homônimo da TV britânica, ganhou estrelato em cinco temporada através de sua versão americana. A partir daí, Bryan, Justin e os demais amigos que passavam suas noites na famigerada Babylon começou a ser acompanhada de perto pelos olhos atentos da comunidade gay, que já estava cansada de ser retratada como personas de humor e deboche. Agora, quase duas décadas após sua estreia mundial, a série ganha uma nova roupagem através do serviço de streaming Peacock e chega aqui no Brasil pela StarzPlay.

Mas será que conseguiu respeitar o legado daquela que se tornou um dos maiores shows focados na comunidade gay da época? Vamos descobrir…

Já adianto que comecei a série querendo odiá-la. Contudo, a nova versão de Queer As Folk representa exatamente sua temática e melhor, expande seu universo se tornando uma série realmente inclusiva. Nada de gays e lésbicas brancos que representam uma fatia do mundo LGBTQIA+. Agora, realmente falamos de uma comunidade com gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e não binários, Drag Queens e toda a turma. Não lidamos apenas com os dramas pessoais, agora, os crimes de ódio também ganham palco, não que eles nunca haviam sido mencionados na série original, contudo, aqui tudo tem um viés mais realista, com pessoas e corpos reais. É fácil de se identificar com os personagens e seus problemas. Conseguimos ver além dos corpos nus e cenas de sexo. Temos nuances pré-estabelecidas.

O programa sempre levantou bandeiras e aqui não é diferente. Nos dois primeiros episódios apresentados pelo StarzPlay, num total de 8 desta primeira temporada, vemos que os roteiristas não dormiram no ponto, acertando em cheio nos problemas enfrentados por nossa geração, independente se você tem 17 ou 67. A série continuou relevante aos problemas que lidamos diariamente.

Sua homenagem à série original é brilhante, com tons e enredos que os fãs mais aficionados entenderão na mesma hora. Desde a abertura do primeiro episódio a falas e contextos.

Se tratando de personagens, a narrativa teve que evoluir com o tempo. Hoje em dia, não temos mais espaço para um protagonista ativo e egocêntrico como Bryan Kenny. O mesmo deu lugar a um personagem mais fluido, que tenta lidar com suas qualidades e defeitos. Ao mesmo passo, o núcleo que antes era das lésbicas ganhou mais representatividade. Vemos um casal mais heterogêneo, mantendo sempre o cuidado de respeitar o original.

Não há como negar o legado que Queer As Folk deixou para todos da comunidade que cresceram nos anos 2000, com quase nenhuma referência de conteúdo. Acaba que a série, para muitos, se tornou a bíblia do mundo gay, mostrando suas qualidades e defeitos. A releitura chega como uma atualização da linguagem utilizada na série de 2000, porém, sem se esquecer do glitter, clamour e claro, do sexo.

Queer as Folk tem seus episódios de sua1ª temporada disponíveis no StarzPlay.

DISPONÍVEL NO(S) SEGUINTE(S) STREAMING(S):

*Crédito da Imagem em Destaque: Peacock / StarzPlay

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