domingo, 20 julho, 2025

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Predador: Assassino de Assassinos | Crítica: Uma animação matadora de linda

Com O Predador: A Caçada (2022), a animação Predador: Assassino de Assassinos (Predator: Killer of Killers, 2025) que chega agora no Disney+, e também o inédito Predador: Terras Selvagens que chega nos cinemas em novembro, a propriedade intelectual que é a franquia Predador, talvez, seja a melhor tem se dado bem após a compra da 20th Century Fox pela Disney e que depois se tornou uma divisão dentro do guarda-chuva gigante da empresa cheia de outras vertentes (e muitas bem lucrativas como a Marvel Studios).

E diferente de Alien, ou Planeta dos Macacos, que até foram sucessos, mas nada muito assombroso, Predador segue firme e forte como um bom investimento para o estúdio nessa nova empreitada pós fusão. E isso se dá muito da IP estar nas mãos de Dan Trachtenberg que tem arquitetado esse canto da 20th Century Studios de uma forma que não só apela para o lado comercial que a franquia sempre teve, mas que também consegue entregar boas e novas histórias para esse universo. 

Trachtenberg foi o responsável pelo retorno de Predador dentro da Disney com o competente Predador: A Caçada (que foi lançado no streaming, mas muitos achavam que valia um lançamento nos cinemas na época) e aqui no formato de animação não só entrega um novo e empolgante capítulo, como também faz um longa matador de bonito. Visualmente, Predador: Assassino de Assassinos é impecável de se assistir, num trabalho de animação primoroso e que se destaca muito mais do que a narrativa que até soa simples num primeiro momento, ao ser contada em três etapas, e que deixa a trama com um ritmo um pouco mais lento, mesmo que com curta duração. 

Photo courtesy of 20th Century Studios. © 2025 20th Century Studios. All Rights Reserved.

São 3 capítulos, três aventuras que aparentemente são isoladas entre si, mas que se juntam e ganham um fôlego sem tamanho lá para os momentos finais. É como se fosse uma corrida contra uma ameaça de um monstrengo, oras invisível, mas extremamente mortal, que está atrás desses personagens. E contar suas aventuras de forma individual, nos ajuda a entendermos mais da narrativa, quando as tramas se conectam e conseguimos ter um contexto maior sobre as decisões que os personagens tomam depois são colocados, os três, juntos, na trama.

Mas como isso acontece? Afinal, Predador: Assassino de Assassinos acompanha as histórias de uma guerreira nos primórdios da civilização (e talvez a melhor dos três personagens) que embarcou numa jornada de vingança, um samurai que vive com o irmão no Japão Feudal e que também precisa se conectar com o passado, e também um jovem piloto latino nos anos de guerra em 1941 que precisa mostrar seu valor no meio de preconceitos sobre sua origem e descendência. Então a pergunta acima, acaba por ter uma resposta em que Predador: Assassino de Assassinos cuidadosamente prepara o espectador para receber. 

E no meio disso, coloca esses três personagens em combate com a figura monstruosa, violenta e ameaçadora do Predador. E mesmo por ser uma outra mídia, Trachtenberg consegue dar para Predador: Assassino de Assassinos uma qualidade até diria cinematográfica para o filme. Para fãs de vídeo game, a ação desenfreada está presente, e acaba por ser bem-vinda no filme, afinal, é muito mais bem coreografada por ser animada, e não se sobrepõe à narrativa que é bem desenvolvida e construída aos poucos e que como falamos não só engrena nos momentos finais, quando todas os questionamentos sobre os personagens, as linhas do tempo que eles estão, e como tudo aquilo que vemos é possível de acontecer, são respondidos. É como ouvir um clique, quando o quarto capítulo do filme começa e você começa a ver sentido em tudo que foi apresentado naquela quase 1 hora anterior. 

Photo courtesy of 20th Century Studios. © 2025 20th Century Studios. All Rights Reserved.

Definitivamente não um filme para crianças, Predador: Assassino de Assassinos brinca com esse jogo de gato e rato entre predador e presa e mostra que, às vezes, ser mais inteligente que uma criatura alienígena com presas mortais e uma cara feia pode ser mais perigoso do que enfrentar a tal espécie. As cenas de combate são extremamente gráficas e pesadas, e que ajudam a contar essa história e dar um sentimento de urgência que é imposto pela narrativa lá pelos 20 minutos finais. E como já conhecemos como cada um desses heróis trabalham, o que eles passaram, a forma como eles já enfrentaram o Predador antes e quem eles são, a trama não perde tempo em não só ampliar o escopo narrativo, mas também mandar ver na ação e na porradaria. 

E as técnicas visuais do longa são o maior triunfo desta história. Os traços parecem que foram feitos pintados à mão, e você consegue ver as camadas e tudo mais quando o sangue jorra, e as armas são colocadas na mesa. No final, Predador: Assassino de Assassinos é mais um capítulo azeitado de Predador que Trachtenberg tem construído ao longo dos anos e mostra que nas mãos do diretor, o universo Predador está mesmo em boas mãos e quem sabe conectado. Mas silêncio, se eu falar mais, o Predador vem atrás de mim.

Avaliação: 3 de 5.

Predador: Assassino de Assassinos está disponível no Disney+.

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Miguel Morales
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Com Predador: Assassino de Assassinos, o diretor Dan Trachtenberg não só entrega uma animação matadora de linda, mas constrói mais um pedaço desse Universo da franquia. Predador: Assassino de Assassinos | Crítica: Uma animação matadora de linda