O Retorno de Mary Poppins | Crítica

SE ENCANTEM COM EMILY BLUNT...

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A Disney tem apostado em suas sequências e remake para seus principais clássicos já algum bom tempo. Começou ao adaptar suas as animações como Mogli, Cinderela, A Bela e Fera para a versões em live-action e 2018 prometia uma aposta ainda mais arriscada, uma nova versão de Mary Poppins, a babá com poderes mágicos interpretada por Julie Andrews nos anos 60.

Andrews não retorna para esse novo filme, onde o estúdio escalou uma das novas queridinhas de Hollywood, a competente Emily Blunt para o papel título. Mas, como fazer um novo filme sobre a babá sendo que o primeiro filme é tão icônico e marcantes? E em O Retorno de Mary Poppins (Mary Poppins Returns, 2018), a Disney faz, até o impossível ser possível.

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O Retorno de Mary Poppins Crítica – Foto: Walt Disney Pictures

Mesmo que essa nova versão dirigida pelo experiente Rob Marshall acabe por se apoiar na fórmula do primeiro filme, a Disney consegue retornar com uma produção que passa o mesmo sentimento de esperança e leveza do primeiro Mary Poppins, tão marcante na figura de Mary Poppins.

Aqui, em O Retorno de Mary Poppins, mesmo que sem uma grande mudança na história ou até mesmo uma abordagem diferente na trama e dos personagens, o clássico é homenageado e respeitado. A figura de Blunt consegue brilhar sem tamanho, onde a atriz cai como uma luva no papel e está perfeita (em todos os sentidos!) como a babá voadora.

Em O Retorno de Mary Poppins temos a personagem de volta para novamente salvar os Banks de sérios problemas financeiros. Agora adulto e viúvo, Michael (Ben Whishaw) vive com os três filhos Anabel (Pixie Davies), John (Nathaneal Salen) e Georgie (Joel Dawson) na grande casa da família que está prestes a ser confiscada pela banco, onde temos, em uma boa escolha para o papel, o ator Colin Firth como a figura vilanesca central da vez. Assim, Mary Poppins retorna e (tenta!) trazer os ventos da mudança com um toque de esperança, uma dose de sequências musicais encantadoramente divertidas e boas animações feitas no estilo tradicional.

Viu? A fórmula bate e é repetida, e mesmo que tenha dado certo nos anos 60, o filme acaba por ser uma aposta arriscada em pleno anos 2018, onde os roteiristas (David Magee, Rob Marshall e John DeLuca) ao honrar a obra original, também, acabam por não adicionar tantas novas camadas. O peso de se mexer num clássico como Mary Poppins é gigante e acaba por ser sentido em O Retorno de Mary Poppins.

Mas, como falamos, tudo é possível até mesmo o impossível e tão difícil quando dizer supercallifragilistic rapidamente a narrativa do filme te envolve com as músicas Can You Image That?, The Place Where The Lost Things Go e Nowwhere to go but up e a presença do carismático e talentosíssimo Lin Manuel-Miranda, uma das melhores descobertas de Hollywood nos últimos tempos, para driblar todos esses problemas.

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O Retorno de Mary Poppins Crítica – Foto: Walt Disney Pictures

O Retorno de Mary Poppins ainda usa a presença do trio de veteranos Meryl Streep (sempre um destaque!), Dick Van Dyke (uma lenda viva!) e Angela Lansbury (encantadora!) para dar ao filme aquele ar de super-produção com o velho e bom toque Disney mesmo que eles tenham pouca participação na história.

No final, mesmo com algumas ressalvas, O Retorno de Mary Poppins é um prazer visual. Assim, segurem no seu guarda-chuva, arrumem seu vestido e se encantem com Emily Blunt que faz de um papel tão marcante como Mary Poppins, um ponto alto em sua carreira mesmo que o filme em si nunca chegará no mesmo nível de delicadeza e inovação da sua versão lançada lá no longínquo ano de 1964.

Nota:

Nota:

O Retorno de Mary Poppins em cartaz nos cinemas.