Killing Eve | Crítica da 3ª Temporada

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Killing Eve
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E na ansiedade eis que Killing Eve chegou a sua 3ª temporada, mas o que nos fez ficar instigado nas temporadas anteriores, aqui as coisas ficaram mais mornas, e suas tramas não foram tão envolventes assim… Lógico que há exceções, como a busca de Villanelle, ou a esperança de Eve.

O que não perdemos nessa 3ª temporada de Killing Eve foi o talento de seu elenco… Sandra Oh continua sensacional, Jodie Comer consegue roubar a cena até mesmo em momentos pequenos, e a maravilhosa Fiona Shaw mostra o reencontro de Carolyn com pontos cruciais de sua vida como agente.

ALERTA DE SPOILER!

Este artigo contém informações sobre os principais acontecimentos da série/filme.
Continue a ler por sua conta e risco.

O retorno da temporada prometia mais para Kenny, filho de Carolyn, mas mesmo que ele se animasse em desenvolver e querer entender mais sobre os 12 e a forma como eles agiam, o final de “Slowly Slowly Catchy Monkey” o tira da jogada com seu assassinato misterioso, o que acaba movimentando Eve para esse mundo novamente.

O início da temporada também nos mostra como Villanelle queria viver uma vida longe de tudo isso, em Roma, com uma mulher ao seu lado, mas sua treinadora Dasha ressurge para lhe recolocar nos 12. Enquanto Eve segue trabalhando em um restaurante coreano e tentando se aproximar de Niko.

A morte de Kenny mexe muito com Carolyn e ainda tem que lidar com Konstantin ressurgindo em sua vida bem quando Geraldine (Gemma Whelan) reaparece para buscar uma conexão com a mãe, além de descobrirmo que ela tem sentimentos por Konstantin.

Gosto da forma como ligam os acontecimentos de um assassinato de Villanelle e o de Dasha em “Still Got It“, mostrando a ferocidade das duas mulheres. Dasha quer Villanelle mais ativa nos Doze, mas de uma forma de diferente e ainda a coloca para ir atrás de novos membros. E Eve acaba vendo um assassinato de Villanelle que remete o de Dasha, que matou um homem e depois jogou um saco de pó que ela usava para garantir que ele se sufocasse.

Eve ao tentar se aproximar de Niko acaba vendo que Dasha está querendo destruir tudo o que Villanelle tem para fazê-la focar no que ela precisa fazer. Niko fica no meio do caminho, então ele acaba sendo atacado e sendo enviado para o hospital, e finalmente ele coloca um basta em sua relação com Eve.

Enquanto isso Villanelle tem ajuda de Konstantin e acaba encontrando sua família… “Are You From Pinner?” quando começa e coloca Villanelle na Rússia chegando a uma fazenda e encontrando o novo marido de sua mãe e seus filhos, ela fica sem reação, principalmente quando seu irmão Pyotr a reconhece, ou quando ela fica encantada com seu meio-irmão apaixonado por Elton John, Bor’ka. A série a mostra feliz, e curtindo aqueles momentos até que sua mãe joga em sua cara que ela é maluca… E só resta ela matar quase todos daquela casa, deixando só seus meio-irmãos vivos.

A série vai aos poucos desconstruindo todos, inclusive Konstantin, que acaba vendo sua filha Irina completamente fora de si. Ela mata seu padrasto atropelado e ainda volta 2 vezes para passar por cima dele com o carro. Vendo que não tem saída ele começa a correr contra o tempo para pegar uma grana e sumir, mas Eve e Villanelle acabam entrando em seu caminho.

O desenrolar, com a morte do contador dos Doze, e até quando conhecemos Helene, quem promove Villanelle, a série promete diversas mudanças, mas é quando no fim “Are You Leading or Am I?” coloca Eve, Villanelle e Carolyn frente-a-frente com Konstantin e Paul. As duas que correram as temporadas uma atrás da outra, ficam sem reação ao ver o ódio em Carolyn pela morte de Kenny.

Konstantin deixa claro que para salvar Kenny ele tentou recrutar o rapaz para os Doze, mas ele desequilibrou e caiu do telhado, mostrando que sua morte foi um acidente. Só que Paul demonstra estar dentro dos Doze, e durante a temporada o agente do MI6 tirou ela do sério e em um momento ela acaba matando-o…

Killing Eve termina com Villanelle e Eve assumindo que elas tiram o pior uma da outra, e resolvem novamente seguir caminhos diferentes.

Infelizmente essa temporada, que esteve nas mãos de Suzanne Heathcote não manteve o mesmo nível das anteriores, que esteve com Phoebe Waller-Bridge e Emerald Fennell. As personagens estiveram ali, sua essência e como cada uma se desenvolve, mas não foi tão atraente quanto as outras. Agora é espera para ver como Laura Neal comandará o quarto ano de Killing Eve.

Só que mesmo assim, fico na torcida para que Oh, Comer e Fiona possam ganhar suas devidas indicações por suas personagens, que são fortes e marcantes.

Killing Eve tem suas duas primeiras temporadas disponível no Globoplay.

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