Homeland | 6×05 – Casus Belli

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A consequências da bomba no meio de Nova Iorque são devastadoras, mesmo com um número pequeno de vítimas, só que a grande questão debatida é até onde os Estados Unidos deixar para lá essa guerra que acontece do outro lado, pode ser saudável para ele, que já bateu tanto. Homeland é sempre atual em seus temas e nos faz pensar, somando aí atuações excelentes e grandes teorias do que vem por aí…

ALERTA DE SPOILER: Este artigo contém informações sobre os principais acontecimentos do episódio. Continue a ler por sua conta e risco.

Como eu disse, começamos a temporada de teorias. Já tínhamos visto Peter invadir o apartamento do homem da frente do apartamento de Carrie e compreender que ele a vigiava, aí para piorar a situação, ela foi até Roger e descobre que não foi ele quem lhe conseguiu as gravações de Conlin com seu informante sobre Sekou… No meio disso tudo é impossível não imaginar Dar Adal envolvido nisso de alguma forma por conta das atitudes da presidente-eleita Keane.

Como Carrie representou Sekou, sua casa ficou emboscada por repórteres e Peter se viu na obrigação de proteger Frannie até que Latisha chegasse, mas o problema é que a manifestação na porta fica mais agressiva e ele é obrigado a proteger com uma arma, dando um tiro em um homem que atirava pedras na janela. A partir daí vira uma confusão com polícia e equipe tática querendo invadir o lugar. Gostei da forma como tudo isso foi mostrado, mas principalmente por mostrar Peter mais focado, agora é ver até onde Carrie acreditará nele, já que tem um celular com as fotos do caminhão de Sekou que explodiu sendo mexido após Peter seguir o homem da porta a frente.

Política internacional é algo muito complicado e a CIA pelo jeito não quer perder espaço para o terrorismo temendo ataques externos. Saul deixou claro a Dar Adal que algo está acontecendo, mas não consegue ainda ligar os pontos, tanto por conta de Nafisi, e o fato dele já ter estado na sala em que foi, por conta do cigarro no lixo, quanto pelo encontro com Mossad, acreditando que tudo aquilo foi armado.

O problema é que Keane quer evitar tais desgaste e há dois anos faz campanha para finalizar essa ode ao terror e o atentado em Nova Iorque desestabiliza tudo, pois coloca o povo contra ela. Se fi mesmo algo da CIA e do FBI, ou uma outra agência no meio, terão poder de controlar as decisões dela e deixá-la em um modo agressivo para reconquistar sua população. Acredito que levá-la para o esconderijo foi uma forma de isolá-la de qualquer comunicação e assim controlar o que ela pode ver e o que deve fazer.

Gosto da forma como Homeland trabalha suas tramas, entregando aos poucos as jogadas e podendo revirá-la a qualquer instante. Uma série com teor político forte, mas que sabe se posicionar sem mexer com convicções. Rupert Friend tem mandado bem demais.

Fico por aqui, comentem e to be continued