Conheça os dubladores por trás do longa Como Cães e Gatos 3: Peludos Unidos! da Warner Bros

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    Como Cães e Gatos

    Como Cães e Gatos 3: Peludos Unidos!, terceiro filme da franquia Como Cães e Gatos, da Warner Bros. Pictures, chegou aos cinemas brasileiros na última quinta-feira. Dirigido por Sean McNamara, a aventura para toda família que envolve animais no mundo da espionagem, possui uma rede de grandes dubladores brasileiros que levam ao público diversão e boas risadas.

    Na dublagem nós só temos a voz para conseguir passar toda a emoção do personagem, ao contrário de outros trabalhos que fazemos como ator em que podemos usar o corpo e as expressões faciais“, explica Renan Freitas, 35, que é o grande responsável por dublar Roger, o cão protagonista do filme. “Eu amei o convite, primeiro porque já sou fã da franquia, assisti aos outros dois filmes com minha família. E segundo porque eu amo demais cachorro, sempre criei“, conta.

    Para Renan, a parte de encontrar a voz do personagem é a mais interessante. “É o momento em que viro uma chave e o Renan Freitas não está mais ali. Tento pegar os trejeitos e a forma de falar do personagem. Tento ir o mais próximo da voz original e o Max Greenfield (voz original do Roger) fez um ótimo trabalho, o que me ajudou muito, além dos efeitos especiais no qual nós conseguimos ver expressão humana nos olhos e na boca“.

    Renan já dublou animais em desenhos animados, live actions, games e até o conhecido Ursinho Catatau no filme do Zé Colmeia, mas foi a primeira vez que dublou um cão protagonista. “O Roger é um daqueles personagens que não tem como não se apaixonar, ele é determinado, um grande amigo, divertido e tem espírito de liderança. O maior desafio de dublar um cachorro foi deixá-lo o mais humano possível na forma de falar e expressar os sentimentos“, conta.

    O dublador também explica que a dublagem não ficar 100% igual ao original é o que faz toda diferença para que o público possa se identificar ainda mais com o filme. “Na versão brasileira conseguimos colocar elementos da nossa língua no filme, ajudando no entendimento, na identificação e no divertimento do público“.

    Renan não só se divertiu na experiência de dublar um cão, e na troca com os colegas dubladores, o filme teve um significado mais do que especial para ele. “No primeiro dia de dublagem do filme minha filha me mandou uma foto de um filhote de cachorro dizendo que tinha aparecido na casa da tia dela. Ela se apaixonou e já deu o nome de “Chocolate”. Assim que vi a foto eu tive a certeza de que devíamos adotá-lo. O filme ajudou na minha decisão. Nesse mesmo dia nossa família aumentou“, conta.

    Nós nunca sabemos com antecedência para qual papel somos escalados ou qual produção iremos dublar, sempre é uma surpresa boa“. Mesmo sendo fã do “time dos cães”, o dublador Hércules Franco, 60, afirma que foi um grande presente ser chamado para dublar a ave Pablo, o líder do POPÓ – Pets Originais sem Pedigrees Ordinários .

    Eu seria um vilão, com uma voz forte de vilão e que no fim, é uma pequena cacatua, não tem como não ser mais divertido do que isso“, afirma.

    Para Hércules os “bons moços” são chatos e a voz do personagem vem totalmente da interpretação do dublador. “Adoro dublar os vilões, são os melhores personagens, e também os mais divertidos com diversos desafios para trabalhar a voz. A maior dificuldade foi achar o tom da Cacatua em seus gritos durante a gravação“, explica. Com mais de 30 anos dedicados ao trabalho de dublagem, Hércules traz em seu currículo grandes dublagens como a dos atores Hugh Jackman, Kevin Bacon, Luke Evans, Woody Harrelson e Bruce Willis.

    Aline Ghezzi, 56, é quem confere não somente a voz, mas toda a graça, elegância e inteligência de Gwen, a gata que divide o protagonismo com os outros personagens.

    Fiquei extremamente feliz com convite, estávamos voltando aos estúdios, com todos os rigorosos protocolos de segurança, nossa rotina de trabalho mudou. Então, poder dublar um longa tão fofo, foi muito especial nesse período“.

    No caso da gata Gwen, a dubladora explica que no movimento labial, o processo é o mesmo que usamos para personagens humanos. “O nosso objetivo é sincronizar as falas, sempre, de modo que você esqueça que é dublador. O maior desafio acontece quando você tenta imaginar qual a voz os animais teriam, caso falassem. Quando dublamos, seguimos o que ouvimos, para ficar o mais fiel possível ao original“, conta.

    A preparação vocal é extremamente importante na rotina de um dublador, para Aline, não faz diferença se você irá dublar um ator ou animal. “Eu tenho o hábito de fazer um aquecimento vocal e exercícios de dicção, antes de qualquer trabalho, independente de qual seja. Mesmo dublando animas eles têm personalidades muito humanas na voz“, explica.

    O maior desafio nesta dublagem foi respeitar o limite entre a gatinha fofinha e a gata poderosa e independente, decidida e determinada. Foi uma experiência maravilhosa! Além do filme ser muito legal, contracenar com colegas tão talentosos, e dublar em um estúdio pelo qual tenho tanto carinho, como a Cinevideo, é um privilégio! Espero que todos que assistam ao filme sintam o carinho dos dubladores em cada personagem e se divirtam“.

    Além de dubladora Aline é cantora, diretora musical e de dublagem e mãe. Mesmo com 18 gatos, Aline diz que é não é nem do time dos Cães e nem dos Gatos, mas sim dos animais, e incentiva aos que podem, que realizem a adoção e castração de cães e gatos abandonados para que possam ter um lar.

    O elenco de dubladores conta ainda com Isabelle Cunha (Zoe), Dudu Drumond (Max), José Leonardo (Ollie), Eduardo Borgerth (Velho Ed), Malta Júnior (Schnauzer), Oziel Monteiro (Zeek), Marcio Simões (Buck), Isis Koschdoski (Suzan) e Jackie Melo (Tarântula).

    O filme acompanha a trama depois do filme de 2001, e da sequência de 2010, e irá se passar 10 anos após a Grande Trégua, que estabeleceu um sistema de vigilância de espécies conjuntas, projetado e monitorado por cães e gatos.

    Mas um papagaio diabólico (voz de George Lopez) ameaça essa paz, e manipula cães e gatos em um novo conflito, ao invadir as redes sem fio para usar frequências que apenas eles podem ouvir. Cabe a Gwen, a gata (Melissa Rauch), e Roger, o cachorro (Max Greenfield), unir uma equipe de agentes inexperientes e restaurar a ordem.

    Como Cães e Gatos 3: Peludos Unidos! já está nos cinemas.

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