Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola | Crítica

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Como se Tornar o Pior Aluno Da Escola (2017) definitivamente é um filme que nem deveria ter sido feito. Mas já que fizerem poderia ser chamado Como Ser o Pior Filme do Ano. E nem é por conta de humorista A ou humorista B, mas pelo fato de ser uma comédia com piadas realmente muito, muito ruins. É como se fosse um grande episódio das Vídeo Cassetadas do Faustão, mas incluem fluidos, secreções e uma linha que não devia ser cruzada. Mas antes de mais nada, vamos elogiar as (poucas) boas partes: o filme é até bem feito e bem produzido.

As cenas, tanto externas quanto internas na escola, são as pouquíssimas coisas boas que essa comédia non-sense nacional tem de positivo e assim ainda espremendo bastante esse caldo amargo que te acompanhará ao longo do filme. Isso se você for corajoso o suficiente para pagar o ingresso (pipoca e estacionamento) para assistir.

como se tornar o pior aluno da escola gentilli
Foto: Paris Filmes

Pensando até mais profundamente nem Carlos Villagrán, o eterno Quico do seriado Chaves, consegue salvar a produção. Como o diretor Ademar que preza pelas regras e pelo bom funcionamento da escola o ator se embola todo no português e suas falas as vezes ficam difíceis de se acompanhar. O personagem acaba também não sendo lá essas coisas e realmente nem chega a ser aquilo tudo que o ator merece.

O plot do filme é até bem básico, os amigos Bernardo (Bruno Munhoz com ótimo timing de comédia) e Pedro (Daniel Pimentel) vivem suas vidas escolares como bons alunos que tiram notas boas. Mas à medida que as políticas da escola começam a mudar para transformar o local em um Colégio-Modelo a dupla percebe que precisam mudar suas atitudes. Até que Pedro encontra uma caixa de sapato com um caderno com várias instruções como criarem planos infalíveis para “causarem na escola” e assim a dupla parte em busca do dono do livro para ajudar eles a não repetir de ano. Num mix de Harry Potter encontrando o livro do Principe Mestiço em Harry Potter e o Enigma do Príncipe Mestiço, o filme segue uma cartilha tirada do livro de Danilo Gentili com o mesmo nome do filme e nem isso ajuda a produção a ficar interessante.

Tudo no filme chega a ser exagerado, sem motivo nenhum para muitas coisas, grande parte das situações cai em algum tipo de estereótipo como o aluno gordinho, o professor paz e amor, a prova final como último obstáculo a ser enfrentado e etc etc. O filme não entrega nada de novo, não agrega nada e parece que só usa suas piadas (ruins) para tentar ser polemico só por ser. Mesmo com efeitos visuais bacanas, com destaque para a explosões de privadas e cenas de perseguição, a produção não tem mais nada de positivo.

como se tornar o pior aluno da escola
Foto: Paris Filmes

O roteiro também não faz muito sentido em vários momentos e inclui personagens que realmente não precisam e (não deviam) estar ali, como o caso da participação de Fabio Porchat, que faz uma das piores e mais ridículas cenas do cinema nacional. E para não bastar, o filme entra novamente na lista com uma segunda cena tão bizarra quanto aquela que citamos acima, onde o personagem de Gentili briga com um dos meninos com um roupão. Já dá para imaginar a bomba que o filme é não é mesmo? Imaginou? Agora aumenta 10x.

Como se Tornar o Pior Aluno Da Escola é isso, um emaranhado de cenas constrangedores, piadas inúteis que não vale a pena ser vistas nem para o apoio ao cinema nacional. O filme consegue ainda unir um elenco um pouco sumido, só que de peso, como Joana Fomm, Raul Gazolla e Moacyr Franco que fazem participações pequenas e parecem envergonhados de estarem ali.

Definitivamente este filme chega a ser um insulto as outras produções nacionais em um ano em que o Brasil conseguiu mostrar produções tão bonitas e com histórias fantásticas. Mas a gangue dos Gentílicos deve ir em peso aos cinemas e você, se não curte este tipo de produção, se possível fique em casa.

Avaliação: 0.5 de 5.

Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola dia 12 de Outubro nos cinemas.

8 COMENTÁRIOS

  1. Acabei de assistir e achei muito bom, engraçado e com ótimas participações, me lembrou muito as merdas que fazia no colégio e aqueles filmes doidos dos anos 80. Hoje em dia estamos tão cheios de não me toque, não faça piada de mim, sou tadinho que chega a dar no saco.
    Filmes nacionais geralmente são um saco, ou são dramas dos infernos ou comédias copiando os filmes americanos, pra mim foi um bálsamo assistir a algo desse tipo.

  2. Me desculpe, mas quando se dá meia estrela para um filme dessa qualidade não tem como ter sido imparcial, ainda mais quando você compara a outras obras nacionais!!! Que obras que assistiu e viu toda essa qualidade que você insinua no texto? O que essas obras te “agregaram de novo”? Está sendo no mínimo hipócrita, pois o cinema brasileiro, ainda mais comédia, não é reflexivo. Bom, se você gosta do que vê em 90% do cinema nacional tá explicada a “crítica”. Outra coisa, o texto tem vários erros de português, conserta aí, dá nervoso de ler. Para mim quando se faz uma crítica de filme se analisa roteiro, fotografia, direção, atuação… não se piada é boa ou ruim, isso é muito pessoal, fica a dica.

    • Oi Ana!

      Primeiro não sou crítico e outra querendo ou não qualquer texto vem com a opinião de quem escreve e esse como não foge a regra acaba sendo um artigo de opinião, que no caso é a minha. Sobre as obras nacionais citadas sugiro você procurar os ótimos Bingo – O Rei Da Manhã, As Duas Irenes e Entre Irmãs. Na parte de comédia a dica desse ano são os filmes Duas de Mim e Um Tio Quase Perfeito.

      Meus textos focam mais nas impressões que EU tive e no que o sentimento todos esses tópicos que vocês falou sobre “se fazer uma crítica” estão ai. E lembrando que eu já vi o filme! E você? Ele estreia dia 12/10, fica a dica. E volte sempre =) bjs

      • Ah vá, vem com essa de não sou crítico mas no título do texto está escrito “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola | Crítica” se fez uma crítica é pq se considera crítico, senão colocaria algo como, “minha opinião” ou “o que achei”. Está sendo desonesto com os leitores. No seu texto você não analisa o filme não, apenas parte do princípio que o leitor terá as mesmas impressões que você, mesmo que ainda ele não tenha visto o filme “Já dá para imaginar a bomba que o filme é não é mesmo? Imaginou? Agora aumenta 10x.” Pelos filmes que citou, vou considerar os de comédia, pois estamos falando de uma comédia, entendo porque escreveu esse texto. Você esperava algo além, quando o filme se auto nomeia besteirol. Não há mensagem, não há nada a agregar e nem todo filme tem que fazer isso. Ou todo mundo em pânico e american pie te ensinaram algo? “Como se tornar o pior aluno da escola” é uma comédia”, não há lição, tem o intuito apenas de fazer rir e na minha opinião tem sucesso, pois ri do começo ao fim. Eu assisti o filme e discordo completamente da sua crítica, única coisa que concordo é quanto o personagem do Fábio Porchat, achei desnecessário, não por ser um pedófilo ou polêmico, mas por não ter sido bem explorado, ficou insignificante, um papel qualquer para ele participar. Se coloca “crítica” no título de seus textos, saiba que pessoas como eu virão ler esperando encontrar um crítica! Se quiser dar sua opinião especifique, pois crítica e opinião são coisas bem distintas. Não espero que alguém julgue se o humor presente em um filme agrade ou não a mim por exemplo, isso é uma opinião pessoal.

          • Filha, vergonha eu teria se fosse você, passando vergonha na internet. Não sabe nem escrever certo o nome da pessoa que denomina lixo humano. O que é um “Danillo Gentile”? Não espero que saiba a história e a pessoa que é Danilo Gentili. O que também não vem ao caso, pois estou falando sobre o filme. Tá doída? Não sei o motivo, pois não envolvi escória como você na minha conversa com o autor. Se limite a sua insignificância, por favor.

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