Cavaleiro da Lua | Review: 1×03 – O Tipo Amigável

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Estamos de volta para um novo episódio de Cavaleiro da Lua. Depois de sermos introduzidos para as figuras de Marc, Steven, o Cavaleiro da Lua e Khonshu, o terceiro episódio coloca todos eles em viagem para o Egito. E nesse meio tempo a corrida para tentar vencer Arthur Harrow e impedir que ele liberte a Deusa Ammit começa e nos entrega uma grande movimentação para a trama.

E é isso que o 1×03 – O Tipo Amigável entrega, além também de uma baita aula de História Egípcia, uma turma avançada vamos dizer, muito interessante e claro marcada pela atuação (atuações?) incríveis de Oscar Isaac que navega com maestria pelas personalidades do nosso protagonista.

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Na medida que episódio se aprofunda na mitologia dos Deuses egípicios e nas suas complexas relações, vemos que o caminho de Harrow para conquistar o que ele pretende fica cada vez mais curto, mesmo com o bonde de Isaac, aliado com a astuta Layla (May Calamawy) ao seu lado vão tentar fazer de tudo para impedir.

ALERTA DE SPOILER!

Este artigo contém informações sobre os principais acontecimentos da série/filme.
Continue a ler por sua conta e risco.

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Foto: Marvel Studios

A chegada de todos os personagens no Egito trouxe um gás para a temporada que agora chega em sua metade e pronta para iniciar seu arco final de episódios. A ida para o deserto na busca da localização da onde a Deusa que devora as almas daqueles que ela não considera não dignos é quase um Thanos antigo e dentro da escala da série, uma grande ameaça.

Assim, Laya e Marc (Steven, e etc) partem em busca de tentarem achar essas pistas antes que o personagem de Ethan Hawke consiga colocar suas mãos nela. Hawke continua muito bem aqui também.

Com uma crítica super interessante e super direta sobre uma discussão que tem sido bem presente nos últimos anos, aquela sobre retornar objetos antigos nos museus para seus verdadeiros países de origem, Cavaleiro da Lua se mostra muito mais do que apenas uma produção onde temos um cara vestido com um uniforme branco e que bate nos outros.

A discussão presente nesse episódio se torna uma que serve para mostrar algumas realidades um pouco fora da que algumas pessoas, do lado ocidental, vivem. E isso fica claro, na medida que o casal precisa visitar Anton Mogart (Gaspard Ullie), um “colecionador” de objetos antigos do país que reúne as mais diversas peças.

Mogart também é conhecido como Homem da Meia Noite (um personagem que também apareceu nos quadrinhos do Cavaleiro da Lua), um mercenário que gostava de viver confortavelmente ao roubar objetos de arte e que cruzou o caminho do Cavaleiro da Lua. Aqui no seriado, o personagem foi bem representado por Ullie, o ator que faleceu no começo do ano por conta de um acidente ao esquiar e que foi notícia em tudo que é canto. O episódio presta suas homenagens ao ator ao seu final.

No meio do esconderijo (não tão escondido assim, cheio de luzes e uma forma de pirâmide luminosa), Layla e Marc se veem obrigados a pedirem a ajuda de Steven para tentarem decifrar uma tumba antiga que dizia ter detalhes sobre onde a Deusa estava enterrada.

A conveniência de Marc achar espelhos por aí é muito interessante na medida que Cavaleiro da Lua se apoia nessa dualidade entre os personagens, seja as personalidades de Marc, as intenções deturpadas de Arthur, toda as questões dos Avatares dos Deuses em Terra e tudo mais. E aqui fica claro que talvez nem Marc, nem Steven estejam 100% no controle do corpo, afinal, ambos surgem e ressurgem em tela, mas em um determinado momento do episódio, ambos parecem confusos sobre quem estava realmente no controle. Com uma terceira personalidade envolvida, talvez, tenhamos novidades para os próximos, onde vamos precisar esperar para ver quais são as intenções dessa outra “pessoa”.

Lembrando que nos primeiros episódios, tivemos uma cena onde Marc se olhava no espelho vimos o seu reflexo triplicado por conta dos três espelhos que cena tinha. Então as pistas para o surgimento dessa terceira pessoa já foram dadas. E isso só comprova o talento de Isaac com o personagem, onde aqui o ator pula e navega por Marc, Steven, Cavaleiro da Lua, o Mr. Knight muito bem.

A cena onde no meio da luta contra os capangas de Mogart e que Steve surge começa a apanhar até que finalmente devolve o controle para Marc é incrivelmente boa. O mesmo vale para a cena que em eles precisam voltar o céu para 2000 anos atrás para encontrar a posição das estrelas na noite que foi feita o tal mapa que os personagem encontraram.

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Oscar Isaac em cena do episódio 3 – O Tipo Amigável
Foto: Marvel Studios

Com a ajuda de Khonshu para mudar o tempo, eles entregam passagens visualmente incríveis e que são um prazer de se assistir. Com a localização correta de onde eles podem achar a Deusa, Cavaleiro da Lua então coloca Layla e Marc um passo a frente de Arthur, mas o personagem também não fica de escanteio na medida que ele consegue fazer com que a figura da Divindade egípcia que ele uma vez compartilhou o corpo fique presa em uma pedra depois de pedir uma reunião com o Conselho dos Deuses dentro da Pirâmide de Gize. Foi muito legal vermos todos os Avatares de outros deuses reunidos e a forma de como eles se comunicaram, em um outro momento que Isaac se destacou com um trabalho corporal sensacional misturado com a voz de F. Murray Abraham como o Khonshu.

“Steven, quando os deuses me aprisionarem, diga a Marc para me libertar” afirma o Deus enquanto o capítulo termina, onde talvez o personagem deva ainda dar as caras até o final da temporada.

Os próximos episódios prometem uma incursão ainda maior para as entranhas do Egito na medida que os personagens prometem se confrontarem mais uma vez. Quais personalidades que vão dar as caras no próximo capítulos? E o que vocês esperam da atração?

Cavaleiro da Lua exibe seus episódios as quartas-feiras no Disney+.

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