BGS 2019 | Avenida Indie foi um show à parte

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A Brasil Game Show 2019 no quesito Indies sempre nos surpreende e traz ao nosso conhecimento muita coisa interessante, e este ano não foi diferente.

Com jogos para todos os gostos e idades, a Avenida Indie, patrocinada pelo Banco do Brasil, veio recheada de games nos mais diferentes estágios de produção, mostrando o potencial e criatividade dos desenvolvedores indies brasileiros.

Magnolia: Chronicles Of The Nexus da Bloody Moon Game Studio (foto: @Diesel_PQ )

Conversando com alguns dos desenvolvedores, pude constatar que um dos maiores problemas apontados é que no Brasil o financiamento e o incentivo para que estes possam levar seus projetos adiante é bem complicado. Mas os ventos vem mudando e aos poucos começam a surgir iniciativas com o objetivo de ajudar estes pequenos desenvolvedores a transformarem os seus sonhos em realidade e assim tirar os seus jogos do papel.

Outro ponto em que muitos deles concordam é que a produção de games em nosso país é algo que exige muita persistência e amor, já que é algo trabalhoso, tortuoso e um tanto quanto frustrante, mas que a recompensa em ver o seu jogo finalizado e sendo jogado por adultos e crianças é extremamente gratificante.

Os estúdios e desenvolvedores que estiveram na Avenida Indie da Brasil Game Show 2019 deste ano são de várias partes do Brasil, o que demonstra que o potencial para o surgimento de bons games está por todas as partes do país, “do Oiapoque ao Chuí”.

Dentre as desenvolvedoras participantes tivemos: 12 Studios; Ancestral Robot; Behold Studios; Betagames Group; Biotec – Gamer Studios; Birdy Studio; BloodyMoon; Brother Hood; Dead Inside Studio; Diverte Games; Double Hit Games; Estúdio Dark Phoenyx; Finalboss; Inn Hell; JF Games | R8 Games; Myridian Entertainment; Oktagon Games; Pink Array; Our Life on Mars INXF; Sebrae RN/ Pong – Potiguar Indie Games; Seize Studios; SOFTWARE WA; Studica Solution; The Game | Culture App; The Light of the Darkness Quarto Mundo; Toy Box Lab; United Games; Vortex Games e Yang Studios.

171 da Betagames Group (foto: @Diesel_PQ )

E em cada estande você via o amor e o brilho nos olhos dos desenvolvedores e representantes enquanto estes apresentavam os seus jogos para cada visitante que se aproximava. Deixando claro que mesmo com as adversidades e limitações que todos eles encontram em seu dia a dia, tudo pode ser superado, mostrando assim a garra e a determinação de cada um deles, e a razão do porque devemos valorizar os desenvolvedores de games indies brasileiros.

E durante os dias que visitei o evento também notei o grande volume de pessoas passando pela Avenida Indie e se empolgando com jogos que estes nem faziam ideia que existiam, e se divertindo enquanto experimentavam e jogavam cada um dos games.

E até o grande Hidetaka Miyazaki, atual presidente da From Software, e que esteve envolvido no desenvolvimento de jogos como Dark Souls, Bloodborne e Sekiro: Shadows Die Twice, fez questão de passar em cada estande indie para conhecer cada jogo, além de oferecer palavras de incentivo aos desenvolvedores.

O pessoal do game Apostasy Shadow Eras e John Romero (foto: @ApostasySE )

Além dele, passaram também pela Avenida Indie John Romero, o cara que é uma simpatia de pessoa e responsável por games como Doom, Wolfenstein 3d, Quake, e Yoshinori Ono que está sempre acompanhado de seu bonequinho do Blanka e aquele sorriso maroto estampado no rosto.

Anthropomachy da Toy Box Lab

Vale dizer que outra coisa que é sempre bacana na área indie é que você pode conversar com os desenvolvedores, dar feedback do que achou do game e ter mais tempo para experimentar os jogos do que tem em outros estandes do evento.

E foram tantos games legais que estiveram presente no evento. Jogos como The Path of Calydra da FinalBoss, The Light of The Darkness da Quarto Mundo, Psikodelya da Infinity Green, Space Bomb da Diverte Games, Out of Space da Behold Studios, Myridian: The Last Stand da Myridian Entertainment, Pacer da R8 Games e tantos outros que pretendo ficar de olho.

E é evidente que existem jogos melhores que os outros, mas é um fato que o mercado é grande e existem os mais diferentes tipos de nicho. Um jogo que talvez não lhe atraia, talvez agrade outra pessoa. Um jogo que alguém considere como ruim, para você pode ser extremamente divertido. A variedade é que faz a diferença nos indies.

Por esta razão que admiro o incentivo adequado a estes profissionais e desenvolvedores pequenos, médios ou já consolidados no mercado indie brasileiro. Um mercado ávido por novidades e que deve continuar a crescer nos próximos anos.

Dolmen da Massive Work Studio

Marcelo Tavares, CEO da Brasil Game Show, em um evento fechado a imprensa ressaltou que vem buscando implementar melhorias e oferecer a cada nova BGS, um ambiente e espaço digno para todos os desenvolvedores indies que participam do evento.

E para garantir um incentivo aos participantes, durante a BGS 2019, rolou uma premiação para o melhor jogo independente, que foi escolhido pelos próprios visitantes do evento.

As três desenvolvedoras indies mais votadas pelos visitantes levaram cartas de crédito com valores variados para que estas possam adquirir equipamentos e materiais necessários para a produção de seus jogos.

O concurso foi exclusivo para os estúdios participantes da 12ª edição da BGS e os vencedores foram:

1º Lugar: RIO – Raised in Oblivion / First Phoenix

2º Lugar: Eternal Hope / Double Hit Games

3º Lugar: 171 / Betagames Group.

Quanto a BGS Jam, quem ficou com o prêmio foi o pessoal da Blackhole Studio com o jogo The Valiant Warrior. Eles levaram R$ 6.000,00 oferecidos como prêmio pelo Banco do Brasil e de quebra vão poder estagiar por um mês na Skullfish Studio.

Se você pretende ir a Brasil Game Show em 2020, não perca a oportunidade de passar e conhecer a Avenida Indie, garanto que você não vai se arrepender.

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