Animação indicada ao Oscar, Flee – Nenhum Lugar para Chamar de Lar, chega aos cinemas nesta quinta

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    Flee – Nenhum Lugar para Chamar de Lar, longa dinamarquês que combina animação e documentário para contar a extraordinária história de um refugiado afegão, chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 21 de abril, com distribuição da Diamond Films.

    O filme entrará em cartaz, em mais de 30 salas, nas cidades a seguir:

    • AL – Maceió;
    • BA – Salvador;
    • DF – Brasília;
    • MG – Belo Horizonte;
    • PE – Recife;
    • PR – Curitiba;
    • RJ – Rio de Janeiro;
    • RS – Porto Alegre;
    • SC – Florianópolis;
    • SP – Campinas e São Paulo.

    A programação está sujeita a alteração e poderá ser consultada nos cinemas locais.

    Documentarista e radialista conhecido na Dinamarca, o diretor de Flee – Nenhum Lugar para Chamar de Lar, Jonas Poher Rasmussen, é amigo de um refugiado do Afeganistão desde a adolescência, mas desconhecia os detalhes dessa história. Os anos se passaram e, quando adultos, ele propôs a esse amigo fazer um filme sobre sua jornada.

    Porém, o rapaz, que é identificado pelo pseudônimo Amir, não estava pronto para se abrir. Sua trajetória incluía traumas e riscos – especialmente para parte de sua família que voltou para o Afeganistão – então, como uma maneira de proteger a identidade do protagonista e de seus entes, o diretor recorreu à animação, o que permitiria criar personagens com feições diferentes dos verdadeiros.

    O cineasta e sua equipe pensaram em diferentes estilos de animação para o longa, cada um refletindo momentos e estados emocionais do protagonista. “Queríamos fazer os eventos e as experiências de Amin serem mostrados por meio de cenas ao invés de depoimentos. A animação leva esse tipo de narrativa para outro nível em termos de criatividade e possibilidades”, conta Rasmussen.

    Boa parte do filme emprega a técnica convencional de animação para mostrar acontecimentos do passado de Amin, como lembranças vívidas de sua juventude. Outras sequências, com estilos mais gráficos e abstratos, estão ligadas a eventos traumáticos de sua vida dos quais ele tinha dificuldade de se lembrar, incluindo cenas angustiantes da família fugindo de Moscou – para onde foram quando conseguiram sair do Afeganistão, nos anos de 1990.

    Como uma pessoa em constante movimento, sempre mudando de uma cidade para outra, Amin ainda não havia encontrado um lugar para chamar de lar. “Enquanto fazíamos o filme, percebi que ele ainda procurava onde poder se instalar de uma vez por todas. Mas, finalmente, ao conseguir se abrir, contar toda sua história para o filme, ele conseguiu fazer as pazes com o seu passado e superar a culpa que sentia pelos sacrifícios que sua família fez por ele”, conclui Rasmussen.

    Kenneth Ladekjær, diretor de animação de Flee – Nenhum Lugar para Chamar de Lar, explica como representou os personagens e suas emoções: “Eu queria expressar os sentimentos de maneira realista e nada tradicional para as animações. O que me aproximou do filme foi a mensagem que ele traz – as outras animações que participei tinham o objetivo de ser apenas entretenimento. Aqui, temos uma história emocionante e importante”.

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    Flee – Nenhum Lugar para Chamar de Lar estreia nesta quinta.

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