43ª Mostra SP | O Garçom – Resenha

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O Garçom, filme grego, tem direção e roteiro de Steve Krikris.

Sinopse:

Renos é um garçom experiente que tem uma rotina meticulosa. Ele vive sozinho e é ávido por coletar informações. Seu dia a dia repetitivo o protege da agonia do desconhecido, mas eventos inesperados ocorrem em sua vida, escondendo muitas surpresas. Será que os acontecimentos o mudarão?

O que achamos:

O Garçom (The Waiter) faz um daqueles filmes onde só pela sinopse já dá para achamos uma coisa, e depois ao assistir ao filme, percebemos que temos uma experiência completamente diferente. E isso que é a melhor parte do curioso drama grego, sua imprevisibilidade. 

A princípio parece que veremos apenas uma história simples sobre Renos (Aris Servetalis), um garçom de um café que vive uma vida simples, mas ao longo do filme, vemos que nosso protagonista irá embarcar numa jornada maluca que envolve seu vizinho, uma certa obsessão, e claro mortes e assassinatos. A vida pautada e regrada do nosso protagonista, no melhor estilo Sheldon de The Big Bang Theory, começa a mudar quando ele percebe que o apartamento da frente do seu mudou uma nova pessoa, e seu vizinho Milan (Antonis Myriagos) sumiu.

Quando Renos fica amigo dos novos e misteriosos inquilinos, O Garçom flerta com diversas hipóteses sobre o que teria acontecido, algumas bem polêmicas, outras mais tradicionais, mas sempre se mantendo com uma fotografia escura que aumenta o clima de mistério e do suspense.

O Garçom se apoia em diversas e surreais reviravoltas que acabam por movimentar a trama de uma forma completamente intensa e bastante sombria, mesmo que lá nos seus momentos finais a trama se perca um pouco.

No final, vemos nosso protagonista tentar sair com vida de uma grande enrascada que ele mesmo se coloca, quando no fundo ele queria mesmo era continuar com sua vida comum, seus desenhos e suas plantas. 

Nota:

O Garçom não tem previsão de estreia no circuito.

Filme visto na 43ª Mostra Internacional de São Paulo