43ª Mostra SP | Nimic – Resenha

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Curta escrito e dirigido pelo grego Yorgos Lanthimos que lançado no Festival de Locarno 2019 e no TIFF 2019.

Com 12 minutos é estrelado por Matt Dillon.

Sinopse:

Neste curta, um violoncelista profissional encontra um estranho no metrô. Essa reunião gera ramificações inesperadas e de longo alcance em sua vida.

O que achamos:

Você tem horas? O diretor Yorgos Lanthimos retorna para as telas com esse curta que ao mesmo é rápido em sua proposta, mas por outro lado, acaba por ser mais do mesmo em termos de estéticos e de narrativo do que o diretor já veio trabalhando nos últimos projetos. 

Nimic tem todo o DNA de Lanthimos, grandes nomes de Hollywood, uma história confusa em sua concepção, e claro, muitas tomadas abertas, onde o diretor abusa de cenas “ângulo olho de peixe” em diversos momentos.

O curta se apresenta como mais uma história maluca, perturbadora, e com toques de surrealismo, saída da cabeça do diretor. Em Nimic as coisas são jogadas em tela, onde o espectador que se vire para tirar alguma interpretação sobre aquilo que o diretor quis passar.

A figura do personagem de Dillon se mistura com a do espectador, onde o simples encontro do protagonista com uma moça que lhe pergunta a hora é o fio da meada para a trama acontecer.

 O único problema que quando a história engrena, ela acaba. Nimic abusa de expressões faciais, de dor, sofrimento, e indignação do personagem de Dillon para mostrar uma sociedade futurista onde as pessoas são substituídas por outras num passe de mágica.

A troca de personagens, onde a figura robótica da mulher do metrô troca de lugar com o personagem de Dillon é extremamente ousada em sua ideia, pena que mal desenvolvida, talvez, pela falta de tempo, 12 minutos é pouca coisa para uma concepção dessa magnitude. Nimic faz um mini-episódio de Black Mirror, cercado de tensão e que nos deixa querendo mais. 

Nota:

Curta visto na  43ª Mostra Internacional de São Paulo.
Sem previsão de estreia no Brasil

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