Silicon Valley | Crítica da 5ª Temporada

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    Silicon Valley sempre foi muito boa em satirizar o mercado de tecnologia e região que dá o nome para a comédia e mesmo que apoiada na fórmula de sempre entregar episódios com os mais surreais plots. E nessa quinta temporada, não foi diferente, mas o novo ano também deu espaço para os personagens coadjuvantes ganharem o protagonismo.

    Mesmo com Richard Hendricks (Thomas Middleditch) tendo suas próprias storylines, o CEO da Pied Piper teve sua trama com a internet descentralizada um pouco mais próxima dos outros colegas mudando um pouco do ritmo da última temporada.

    Foto: Ali Paige Goldstein/HBO

    A cada novo ano de Silicon Valley parecia que os roteiristas não queriam mudar muito o formato dos episódios e toda nova temporada da comédia o desafio era que os problemas iam ficando maiores mas sempre na mesma constante: a Pied Piper conseguia atingir seus objetivos para logo em seguida aparecer novos problemas, mas  sempre deixando aquela sensação de urgência de que a start-up pudesse acabar. Por mais que os episódios acabassem em ganhos fantásticos, tudo mudava no próximo deixando a trama um pouco corrida.

    Nessa 5ª temporada, a questão principal era o lançamento da chamada nova internet e se eles iriam conseguir desenvolver a plataforma descentralizada, aberta e para todos de uma forma competir com a gigante Hooli e as outras empresas de tecnologia. Silicon Valley sempre usou a inteligência e inocência de seus personagens para amplificar a competitividade do mercado do Vale do Silicio.

    Parte do novo ano, com o combo 5×01 – Grow Fast or Die Slow, 5×02 – Reorientation e 5×03 – Chief Operating Officer, mostra os personagens de mudança para um novo local de trabalho, a competição para contratar bons funcionários que consigam desenvolver os códigos para o lançamento da nova internet e claro lidar com a investidora formada pela dupla, a robótica Lauren (Suzanne Cryer) e bom coração Monica (Amanda Crew) e pela competição acirrada de Gavin Belson (o talentoso Matt Ross) o lançamento da sua Hooli-Box-3 e em formato fálico, da gigante Hooli,

    Silicon Valley continua com suas piadas até mesmo duvidosas como vista no episódio 5×04 – Tech Evangelist  com a trama de religião no mundo corporativo, para contar de uma forma surreal o dia-a-dia da cidade. Mesmo com um início arrastado e lento como se estivesse travado em uma atualização de software, a comédia ganha força em seus episódios finais (graças ao robô de inteligência artificial Fiona visto no episódio 5×06 – Facial Recognition e as tramóias corporativas para tentar garantir novos usuários para o lançamento da plataforma (5×07 – Initial Coin Offering).

    Foto: Ali Paige Goldstein/HBO

    Mesmo bastante pré-formatada, os novos episódios ainda acertam na dinâmica entre Dinesh (Kumail Nanjiani) e Gilfoyle (Martin Starr),  dá a oportunidade tanto de Jared (Zach Woods) crescer na trama, sendo promovido para Chefe de Operações quando do ator conseguir mostrar seu melhor. No novo ano, a presença de persona non-grata T.J. Miller nem é sentida, mesmo que seu personagem seja citado algumas vezes devido ao fato de Jian-Yang (Jimmy O. Yang) ainda ter direitos sobre alguns bens do personagem coisa que é bem trabalhada ao longo desse ano

    Com uma temporada reduzida em 2 episódios, Silicon Valley pega carona nas questões do momento como vazamento e venda de dados, cultura corporativa na era #MeToo e claro mostra de uma forma bastante divertida situações completamente irreais mas completamente dentro da realidade do seriado e do mundo das tech company.

    Uma série de nicho bastante interessante de se acompanhar.

    Silicon Valley retorna para um novo ano na HBO em 2019.

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