Megatubarão | Crítica

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Afiado em efeitos especiais, Megatubarão (The Meg, 2018) navega por mares perigosos mas entrega um filme simples e divertido que na briga homem vs tubarão mostra que Jason Statham é um dos vencedores nessa época do ano chamada de temporada dos blockbusters.

Statham faz tudo que The Rock tentou e não conseguiu nos seus últimos dois filmes e mostra uma super-produção que se garante com um roteiro um pouco mais realista e que não insulta quem assiste ao jogar as informações na tela e rezar para que o público morda a isca.

Os roteiristas Dean Georgaris e Jon Hoeber conseguem criar uma história onde sabemos o motivo daquilo tudo acontecer (o tubarão gigante aparece!), como devemos superar esse obstáculo (morte ao tubarão gigante!) sem precisar embarcar no, já cansativo e bem preguiçoso, recurso de aconteceu, ponto, é isso.

Megatubarão crítica
Foto: Warner Bros Pictures

MegaTubarão tem em seus personagens um de seus destaques. Esqueça o animal de mais de 20 metros criado digitalmente, no filme o carrancudo Jason Statham, a não muito expressiva mas bem no papel, Li Bing-Bing e a fantástica garotinha Shuya Sophia Cai são aqueles que tem o talento de um mega animal. Statham e Bing-Bing tem uma química bem interessante juntos mas realmente quem tem quase todas as melhores tiradas e bons momentos no filme é Cai. 

A trama, como falamos, é simples, no filme acompanhamos a tripulação do Mana One, uma base super tecnológica comandada por Mac (Cliff Curtis) que estuda o fundo do oceano pacífico com uma equipe que é patrocinada por um bilionário excêntrico (Rainn Wilson, hilário).

Até aí nada de novo. O time acaba por encontrar uma camada do mar desconhecida abaixo do local onde se esperava ser o limite do oceano. Assim, temos novos lugares, novas criaturas e eles acabam por encontrar o megalodonte, um megatubarão pré-histórico que viveu há milhares de anos e foi um dos maiores predadores do mundo mas que esta bem vivo.

MegaTubarão começa com um tom até mesmo um pouco sério, como se afirmasse “quero ser um filme com um animal gigante diferente dos outros” mas quando a luta entre os humanos e o monstro começa, o longa embarca em seu lado mais divertido e faz cenas bem dosadas de ação em barcos pequenos e mares gigantes, com um suspense enorme. MegaTubarão é aquele tipo de filme que vale ver na maior tela possível e quem sabe até arriscar um 3D. Afinal, outro ponto de destaque do filme e que impressiona bastante é a qualidade dos efeitos utilizados tanto nas cenas dentro da água quanto fora.

Trama e trio principal de lado, o restante do elenco de apoio completa bem o filme. Mesmo com muito personagem para pouca história cada um tem seu papel para ser desenvolvido, como por exemplo, a ex-esposa que é super inteligente e agora amiga do principal (Jessica McNamee), o funcionário do escritório que vai parar na ação e tem tiradas espirituosas e pontuais (Page Kennedy), o cientista mais velho que precisa transmitir seu conhecimento para os outros (Winston Chao) e claro aquela pessoa que está ali por estar e que não agrega nada para a trama como a personagem de Ruby Rose.

The Meg (2018) Megatubarão crítica
Foto: Warner Bros Pictures

As cenas no mar aberto conseguem mostrar o sentimento de grandiosidade que o diretor Jon Turteltaub quer transmitir, principalmente quando vemos o megatubarão à solta pelas águas, seja para atacar os membros da tripulação, uma praia cheia de banhistas em boias estilosas ou até mesmo um cachorrinho que pulou de um iate onde se realizava um casamento.

As câmeras acompanham os embates homens versus (mega)tubarão de uma forma que deixa quem assiste nervoso pela grandiosidade do monstro em questão. O filme se garante também em suas pequenas doses de humor (Ei, maluco!) e tem um arzinho de suspense aqui e ali com aqueles momentos de “quando será que o tubarão vai atacar?”

Assim, entre uma braçada e outra, MegaTubarão faz um filme com boas cenas de ação, tem um personagem principal carismático e claro, capricha muitos em seus efeitos especiais. No final, ele não chega a ser um megafilme mas também faz não faz feio, numa semana parada, a máxima o mar tá peixe (tubarão no caso) é super bem aplicada aqui.

Nota:

MegaTubarão tem previsão de estreia no Brasil para 9 de Agosto.

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