Marvel – Manto e Adaga | Primeiras Impressões

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Estreando depois de muito tempo após o seu anúncio e já com uma 2ª temporada garantida, Marvel – Manto e Adaga chega com tudo, mostrando uma história adolescente, cheia de rebeldia e que compõe muito bem o portfólio da Freeform, antiga ABC Family, emissora jovem da Disney.

ALERTA DE SPOILER: Este artigo contém informações sobre os principais acontecimentos do episódio. Continue a ler por sua conta e risco.

O maior acerto nestes dois primeiros episódios da nova série que permeia o Universo Marvel Cinematográfico, trazendo inclusive mais informações sobre a Roxxon Corp, é que a série foca em Tyrone e Tandy, em seus monstros e desejos, deixando os poderes deles completamente de lado, mesmo que se complementem.

Os dois adolescentes vem de uma vida confusa e complicada, e no mesmo dia em que sofreram o acidente com a explosão radioativa dos produtos da Roxxon, que acaba por ter a culpa do pai de Tandy e com isso sua vida virou um inferno, os dois acabam vendo a escuridão e a luz no fundo do canal, onde Billy (irmão de Tyrone) e o pai de Tandy acabam morrendo e os dois ganahndo os seus poderes. Anos mais tarde o passado ainda os assombra…

Se escondendo ainda no manto de seu falecido irmão, Tyrone tem raiva do policial que atirou nele e guarda essa raiva como um veneno em suas veias, e com isso traz a escuridão de um desejo oculto, que acaba vendo o pior pesadelo das pessoas que acaba tocando, como ele vê o de sua mãe em “Suicide Sprints“. Sua jornada aqui é se manter equilibrado e ir atrás daquele que começou tudo isso, o tal policial ruivo que matou seu irmão.

Ao mesmo tempo Tandy tem a luz em suas mãos… E isso quase que literalmente. Mesmo que os poderes deles sejam algo que fica a parte a sua trama, vê-la criando as adagas de luz é sensacional, mas o ponto alto é ela ver a luz das pessoas, o lado bom, os anseios e desejos, enquanto ela mesma luta para ter o que quer. Sua mãe, após a morte de seu pai, acaba perdida em escuridão, se drogando, pulando de emprego e se envolvendo com homens casados, enquanto ela vive de pequenos furtos.

Com a premissa básica muito bem exposta pela série, logo vemos Tyrone e Tandy se cruzando por conta de sua ligação, mas os dois não podem se tocar que logo são repelidos, mas como isso irá funcionar? Como as adagas surgem? Como Tyrone se transporta pela escuridão? Nada disso importa neste momento, pois a trama criada para a série é tão mais interessante que queremos ver mais o lado furtivo de Tandy e como ela irá escapar de seus golpes, ou como Tyrone lidará com o encontro com o assassino de seu irmão.

Agora quero ver onde a detetive O’Reilly entrará nessa trama para chegar até Tandy, e a forma como ela pensa rápido para iniciar seus golpes é muito legal. Assim como Tyrone faz o possível para fugir de problemas, mas acaba sempre onde não deve. A cena dele aparecendo para matar o policial e sumindo bem na hora do tiro foi bem foda.

Outra conexão entre os personagens acaba sendo o fato de Adina, mãe de Tyrone, trabalha na Roxxon, assim como o Sr. Bowen.

Olivia Holt e Aubrey Joseph levam muito bem suas cenas. Holt tem carisma, nos envolve em seus problemas, assim como Joseph mantém forte e coloca doses fortes de introspectividade em seu Tyrone. Outro ponto bacana para a série acaba sendo sua trilha sonora jovem e que embala bem suas cenas.

Marvel – Manto e Adaga entrega o que prometeu desde o início de sua produção, é uma série jovem, com altos dramas e como eu disse, o poder não é o ponto principal. A jornada heroica dos personagens não será algo que importe neste momento, mas é interessante vê-los interagindo com o drama que os envolve por conta dos poderes.