Killing Eve | Crítica da 2ª Temporada

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Depois de passar por inúmeras premiações e Sandra Oh ser devidamente recompensada por seu papel como Eve em Killing Eve. Infelizmente Jodie Comer não teve tanto reconhecimento por seu trabalho nas premiações, mas ele foi impecável!

E seu retorno não poderia ser diferente.

ALERTA DE SPOILER: Este artigo contém informações sobre os principais acontecimentos do episódio. Continue a ler por sua conta e risco.

Em “Do You Know How to Dispose of a Body?“, acompanhamos o desespero de Eve (Oh) em imaginar que matou Villanelle (Comer), enquanto a mesma busca uma forma de simplesmente sobreviver, já que além da facada, a máfia russa está atrás dela.

Impossível não ficar empolgado com Eve querendo entender o que houve com a assassina viciada nela, enquanto precisa lidar com o marido. É então que no segundo episódio ela descobre que Villanelle está vida e que pode estar em perigo, mas o mais interessante é a forma como ela se reencontra com Carolyn (Fiona Shaw) e Kenny (Sean Delaney) filho dela. Só que o pior é ver que Carolyn está em contato com Konstantin.

Agora, “Nice and Neat” foi ótimo por nos mostrar Villanelle em uma situação bem complicada, pois depois de matar um garoto, ela acaba sendo presa a um homem que coleciona boneca e a deixa bem enroscada, já que ela precisa fugir para sobreviver. Problema é que ela é pega por seus antigos contratantes.

The Hungry Caterpillar” então mostra uma Eve ainda mais obcecada, vendo sinais de Villanelle em todos os cantos, mas o pior é que todos estão certos, só que ela não percebe que Konstantin é uma falha em seu plano e perde novamente sua querida. O fato é que Villanelle também está obcecada, ficando de olho até em Niko e na professora que o deseja.

Esse ponto no desenvolvimento na relação de Eve e Niko é importante, e o desejo dela por Villanelle diz muito sobre suas ações, até mesmo com Kenny, que sempre lhe foi fiel. Ficar cega quanto a Niko só o afasta e vemos isso em “Desperate Times, que ele começa a demonstrar cansaço das atitudes omissas de Eve.

Ela anda omissa, e mesmo pensando muito em Villanelle, ela começa a focar em Ghost e consegue ir até uma pessoa, depois que ela faz mais uma vítima, e todas de alguma forma ligam a Aaron Peel. Ghost parece ter uma vida normal com filhos e todo o drama que podem ser seu álibi.

Konstantin não percebe o quanto Villanelle quer chamar a atenção de Eve, matando um homem e enviando um cartão que faz ligações, mas o cartão é interceptado por Carolyn. Essa ausência de informações apenas deixa Vilanelle mais maluca, e esse desenvolvimento mostra o quanto ela é apegada.

Smell Ya Later” nos traz uma nova dinâmica, pois Eve conseguiu se aproximar de Villanelle e ambas não conseguem disfarçar a tensão entre elas. Niko inclusive entra na história e sente ciúmes da relação da duas e em “I Hope You Like Missionary!” ele chega a confrontar a esposa, mas ficou faltando algo na reação dos dois.

O mais interessante é a forma como Carolyn e Konstantin vão se aproximando e mexendo na cabeça das duas. A forma como ligam Aaron Peel, Ghost e os 12 vai crescendo muito bem, só que a melhor forma é ver Ghost falando para Eve que ela é um monstro, nos deixando curioso para saber o que Villanelle a disse.

Só que é na aproximação com Amber e Aaron Peel que Villanelle se mostra ainda mais confusa. Aaron é extramente irritante, e enquanto ela busca uma forma de afetá-lo, Eve teme que ela possa perder a mão, só que ela acaba batendo nele.

Gosto da forma como ambas parecem completamente perdidas, onde Eve precisa correr para ter Niko, mas o vê perdido com sua amiga professora, enquanto Villanelle precisa de distrações para a sua sede de chamar a atenção com mortes. Eve e Villanelle estão perdidas…

Quando “Wide Awake” começa e Eve demonstra preocupação por Villanelle ir para Roma com Aaron, não imaginamos o quao manipulador ele pode ser, até vermos ele ficar intrigado até com o cinto que a assassina resolve usar, e isso a intriga ainda mais. Aaron mostra seu poder, quando usa sua arma para expor o inimigo, e é não ter esse conhecimento sobre Billie, no caso o perfil de Villanelle, que o deixa irritado, pois ele precisa criar as coisas por si.

Niko não entende esse fascínio de Villanelle sobre Eve, mas acaba vendo Gemma assassinada. Quando temos Eve e Villanelle se confrontando no final de “You’re Mine“, onde a agente decide voltar para sua família, esperei que a assassina fosse jogar isso em sua cara.

You’re Mine” ainda nos faz lembrar de como Kenny ainda tentou fazer Eve e Hunt não irem para Roma, que tem algo muito errado ali, mas não esperava que tudo fosse uma jogada tão baixa de Carolyn ao lado de Konstantin para derrubar Peel, que eles queriam vivo ou morto, deixando o trabalho sujo para Villanelle, que não acreditou quando entendeu o que foi feito.

Eve sujou as próprias mãos sem saber de nada, apenas sendo usada e a gente espera mais do confronto dela com Carolyn, e até mesmo um encontro com Kenny, mas tudo é muito rápido, pois os momentos demandam urgência e isso nos empolga.

É maravilhoso ver Eve e Villanelle fugindo dos Twelve, que enviam Raymond à Roma para dar cabo da situação, mas é ali que Eve sente a frieza em matar uma pessoa.

Se no final da 1ª temporada é Eve quem deixa Villanelle entre a vida e a morte, aqui o padrão se inverte, pois a agente decide por não seguir o caminho da amada assassina e acaba com um tiro. Villanelle acreditou e sonhou que Eve fosse segui-la, agora que ela está suja, mas não, a temporada mostrou que Eve tinha tudo para ser uma psicopata, mas ao inal deu um passo atrás e isso lhe rendeu um tiro no meio do confronto.

Com este final, a série consegue manter o ritmo e o interesse para sua 3ª temporada, e Killing Eve tem um elenco sensacional para manter tudo no lugar, e as tramas são conduzidas de forma admirável. Será que vem mais prêmios? Esperamos.

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