Dragon Ball: a verdadeira busca pelo mais forte

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    Dragon Ball

    Dragon Ball é um daqueles exemplos que a fama chega antes do produto. Nos anos 90, revistas como a Herói e a Animax (que saudades) usavam e abusavam da história de Goku para ilustrar animes bem-sucedidos e que mereciam estar na TV brasileira. Incontáveis foram as vezes que a série animada foi anunciada para a TV por estes periódicos e, na edição seguinte, vinha a notícia que alguma emissora havia voltado atrás e posto a produção na geladeira (seja lá o que isso significa). Por isso, foi um espanto ver sua estreia no SBT, junto com as Guerreiras Mágicas e Fly (Dragon Quest para os mais íntimos).

    Na verdade, as esferas do dragão não me pegaram a primeira vista. Gostava do anime, mas nada comparado ao surto psicótico que tive ao acompanhar Os Cavaleiros do Zodíaco. E quando a primeira exibição foi encerrada, no capítulo 60, o ânimo esfriou. Voltei a acompanhar as sagas anos depois, com a chegada de Dragon Ball Z pela Band, mas a impressão era a mesma: Goku sempre treinando, sempre em busca de oponentes mais fortes.

    CRIANDO TENDÊNCIA

    Não podemos negar o grande sucesso da franquia criada por Arika Toriyama e como ela foi importante para a história do próprio gênero. Além de ser responsável por criar estereótipos e curvas dramáticas usadas até hoje (olá Naruto e One Piece). Foi Dragon Ball um dos responsáveis pela popularização dos animes no ocidente.

    Dragon Ball Z

    Com mais de dez filmes em seu currículo e quatro séries televisivas (Dragon BallDragon Ball Z, Dragon Ball GT e a atual Dragon Ball Super – sim, Kai está de fora por motivos óbvios), a produção entrega o que o público do gênero Shonen tanto ama: porradaria e muito humor.

    Contudo, mesmo tendo o sucesso que possui, Dragon Ball está longe de ser o supra sumo das histórias animadas. A inconsistência do roteiro persiste a cada arco, onde o vilão mais poderoso do universo aparece para derrotar os guerreiros Z, que perdem de primeira, treinam durante meses e conseguem vitórias fenomenais. Outro ponto fraco de Dragon Ball é o fato de a história explorar pouco a personalidade de seus heróis. Goku, Gohan, Piccolo e Vegeta são levemente aprofundados (sendo que o último tem mais destaque neste quesito), mas os outros se mantém no mesmo pé desde o início das sagas.

    PONTOS POSITIVOS

    Mas há pontos extremamente positivos na obra. A história acompanha seu público e, através de várias passagens de tempo, transforma o mimado Gohan em um jovem promissor, por exemplo. Crianças aparecem e crescem, os personagens envelhecem e a impressão que se dá é que o tempo passa dentro da série. As cenas de batalhas também merecem menção honrosa, principalmente as das fases Cell e Majin Boo.

    Dragon Ball Z

    Se você gosta de muita ação e cenas de pura adrenalina, Dragon Ball pode ser uma série ideal para você. A fase Z envelheceu pouco e ainda se mantem interessante. Mas sem reviravoltas mirabolantes e um roteiro surpreendente. O bom de Dragon Ball é que entrega o que promete, sem mais nem menos.

    Para os fãs do mangá, a Panini, pelo selo Planet Mangá, irá lançar um box exclusivo e limitado com todas as edições de Dragon Ball até a fase Z. Além disso o anime estreará no final do mês no Canal Brasil.

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