Castlevania | Crítica da 1ª Temporada

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Uma das gratas, e curta, surpresas da Netflix este ano foi Castlevania, animação baseada nos jogos da Konami, de 1986. Com produção de Adi Shankar, que também está envolvido na produção de uma animação para Assassin’s Creed, esta produção norte-americana segue os eventos do 3º jogo da franquia, Castlevania III: Dracula’s Curse, do videogame de 8bits da Nintendo, lançado em 1989.

Castlavania mostra então a origem da rivalidade mais ferrenha entre Vlad Dracula e a humanidade depois de ver sua esposa ser assassinada em praça pública. A animação desenha bem a relação entre Vlad e Lisa Tepes, mostrando nela a única capaz de lhe amar pelo o que realmente era e se encher de admiração pelos seus dons com a ciência e o lado oculto.

ALERTA DE SPOILER: Este artigo contém informações sobre os principais acontecimentos do episódio. Continue a ler por sua conta e risco.

O ritmo lento da produção nos faz adentrar nas rivalidades e pormenores de Vlad com os humanos, mas também serve para compreendermos a motivação de Trevor Belmont, último de sua linhagem onde seus familiares estavam empenhados em acabar com os monstros da Terra. Em seus quatro episódios vamos send apresentados a estes personagens, suas batalhas e muito sangue.

A tama vai sendo aberta a medida que outros vão entrando no caminho de Belmont quando os humanos não conseguem honrar os 100 anos de reclusão que Vlad os deu para repensar o que fizeram a Lisa e assim não morrerem, mas neste tempo não fizeram nada que merecessem uma segunda chance aos olhos de Vlad, que até contra Alucard, seu próprio filho, foi contra.

Belmont também conhece Sypha, uma Oradora que o ajuda com magia em seu primeiro encontro com Alucard, o filho de Vlad e Lisa. A medida que ambos vão lutando após entrarem em sua tumba atrás de uma forma de derrotá-lo, eles vão ligando as suas vontades e vendo que eles tem um inimigo em comum que precisa ser derrotado antes que ele elimine a humanidade.

O mais interessante de Castlevania, e aqui farei uma contradição, é que mesmo tendo um ritmo lento em sua narrativa, as cenas de ação são bem ágeis, com movimentos que fluem muito bem, além de não se esforçarem em esconder o horror das batalhas. A animação também tem a seu favor a excelente trilha sonora que embala muito bem essas cenas.

A produção de Shankar trabalhou próxima a Konami, o que lhe garantiram um bom desenvolvimento da história e a animação ficou a cargo da Frederator Studios e Powerhouse Animation Studios, buscando como inspiração os traços de Ayami Kojima com ideias de Satoshi Kon, das animações Cowboy Bebop e Bersek.

Castlevania já tem uma 2ª temporada, agora com 8 episódios, encomendada pela Netflix, mas ainda sem uma data de estreia anunciada.

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